1. A
excursão geográfica como forma de organização de PEA de Geografia
1.1.Algumas
abordagens sobre a excursão geográfica
Segundo
NICOLAU (1991:174), “excursão geográfica
é uma forma de organização de ensino que permite a visualização de objectos,
fenómenos, processos geográficos no seu meio. Ela concretiza a observação
directa, ligando os aspectos abstractos com a realidade”.
Mas
não se trata de uma observação ingénua ou passiva. Trata-se sim de uma observação
problematizada pelas questões geográficas de cariz natural, social, político e económico
que circunscrevem estas realidades. Tal problematização faz parte intrínseca do
método de uso das excursões no PEA da Geografia.
Ela
constitui um grande potencial pedagógico de formação de adolescentes e jovens,
pois, permite a vinculação da escola
com a vida, a teoria com a prática e a assimilação de conhecimentos mediante a observação de objectos e
fenómenos geográficos em seu
próprio ambiente; ou seja, que converte a realidade em meio de ensino.
Na óptica de FELTRAN e
FILHO, (2003:126) “esta forma de
organização de ensino permite a observação directa, complementa os métodos de
ensino em Geografia e minimiza a carência dos meios de ensino para uma efectiva
realização do PEA desta disciplina escolar, além de dar densidade empírica às problematizações
feitas”.
As excursões ajudam a aumentar a expectativa da Geografia no seu desenvolvimento como Ciência, pois sendo ela social, não se presta a experiências laboratoriais para testar fenómenos e, por isso as excursões servirão para a efectivação das referidas experiências ao permitir a observação de fenómenos no seu ambiente natural.
Este procedimento pedagógico aumenta o interesse pelo conhecimento sobre os factos, fenómenos e objectos ao nosso redor e, incentiva a cultura de ligar o processo lectivo à aplicação na vida quotidiana. A observação directa ocorre no meio. O meio não é, nem pode ser, apenas objecto de estudo distante da escola. É a sua própria realidade, o seu mundo, “onde se vive” e onde a escola existe, é a sociedade que se deseja transformar.
Isto
impulsiona a vontade de manter o contacto directo com ele, a ponto de estimular
atitudes de afecto, valorização e preservação dos recursos à sua volta. A
observação directa desde os primórdios da humanidade constitui uma das fontes
de acumulação de experiências que se foram traduzindo em conhecimentos que, à
medida que o tempo se sucede, são transmitidos de geração para geração.
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