Classificação dos solos zonais
1.1.
Solos zonais
Segundo
ANJOS (2007: 38) “Solos zonais são bem desenvolvidos (maduros), pois houve
tempo suficiente para que o estado de equilíbrio final com a natureza fosse
alcançado; Profundos, com os horizontes A, B e C bem diferenciados e cujas
características são bem mais desenvolvidas em regiões altas com taludes suaves
e boa drenagem”.
O
solo zonal é um solo desenvolvido sob a influência dos condicionantes
climáticos e da vegetação do local. Geralmente trata-se de um solo que se forma
em boas condições de precipitação, drenagem, acção prolongada do clima e da
vegetação.
Este
compreende alguns tipos de solos, abaixo mencionados:
1.1.1.
Solos latossolos
Solos latossolos são solos de coloração avermelhada,
amarelada ou alaranjada, muito profundos, porosos e com alto teor de alumínio e
ferro. Situam-se em áreas de topografia suave, dominadas por um clima quente
fertilidade natural baixa, assegurada pela vegetação. Derrubada a cobertura
vegetal, os solos ficam expostos a erosão hídrica, o que determina o seu
empobrecimento. (PINHO, 2010: 192) e húmido. Possuem uma
Na estação seca, a intensa evaporação promove
a subida e a precipitação química dos óxidos de ferro, que acabam por se
concentrar no horizonte B, gerando autênticas carapaças ferruginosas mais ou
menos duras (laterização);
1.1.2.
Solos Podzólicos
De
acordo com PINHO (2010: 192) Solos
podzólicos são solos nascidos na podzólização, isto é, de um processo de
acidificação acentuada de húmus, gerador de grandes quantidades de compostos
orgânicos solúveis, que se deslocam para aparte inferior do perfil. São poucos
profundos, mais férteis apesar da elevada acidez. São condições favoráveis a
podzolização um clima frio e húmido, uma vegetação acidificante e uma rocha mãe
muito permeável e pobre em elementos alcalino-terrosos.
Nos
climas frios e sobretudo a baixa temperatura media anual, que conduz a uma
decomposição muito lenta e à acidificação da matéria orgânica. Em climas
marítimos, pelo contrario, e a elevada pluviosidade, ligada a grande
nebulosidade, que indirectamente favorece a podzolização, que tem então de ser
auxiliada por outros factores ecológicos, tais como a vegetação, a rocha mãe ou
uma evolução especial de húmus florestal. Formam-se em regiões de relevo
aplanado ou côncavo;
1.1.3. Brunizem (solos de pradarias)
Segundo
SILVA (1989: 14) Solos brunizem
São solos que variam de rasos a muito profundos, apresentando seqüência
de horizontes A, B e C. Possuem um horizonte superficial mólico e horizonte 8
textural, com transiçao clara. São argilosos, permeáveis, com estrutura superficial
qranular no horizonte A, escurecido de matéria orgânica. O horizonte A
apresenta estrutura fortemente desenvolvida e coloração vermelha escura. A
actividade de argila é alta, o índice de acidez é próximo do neutro; a
saturação de bases trocáveis é alta e a saturação com alumínio é zero ou muito
baixa.
Ocorrem em área de relevo dissecado, suave ondulado e, foram
desenvolvidos a partir de folhelhos, siltitos ou rochas ferro-magnesianas.
Segundo ANJO (2007:38) “são ricos em cálcio e matérias orgânicas, por
isso, são extremamente férteis. Estão presentes em regiões subúmidas de clima
temperados”
1.1.4. Brunos não-cálcicos: marrons, férteis e pedregosos; semi-árido (arbustos).
1.1.5.
Solos desérticos
Segundo
PINHO (2010: 193) ”Solos desérticos
são solos pouco férteis, constituídos por areia e rochas. São típicos de
regiões de clima quente e seco. Possuem uma espessura reduzida e um horizonte A
arenoso”.
Estes
são solos arenosos vermelhos e pobres em húmus, ocorre nos desertos quentes de
fraca precipitação e vegetação praticamente nula. Este tipo de solo é muito
pobre. Só ocorre em terras férteis e no oásis.
1.1.6.
Solos de Tundra
Solos de tundra
são solos típicos de climas frios. São também chamados de permafrost, que numa
tradução literal significa “sempre congelado”, já que na sua composição
encontra-se gelo. Apresentam uma espessura pouco superior a um metro. São
impermeáveis, o que faz com que surjam áreas lamacentas no verão quando a
camada do gelo superficial derrete. (PNHO 2012: 193)
Os
solos de tundra desenvolvem-se em clima de fraca precipitação, temperatura
sempre baixa, subsolo permanentemente gelado, baixa evaporação, fraca vegetação
solo empapado de água, horizontes fracos com turfas e muita lama gelada no
inverno, são solos pobres.
Referência bibliográfica
ALMEIDA,
Gil Carvalho Paulo, Caracterização Física e Classificação dos Solos. U.F.J.F.
2005
ANJOS,
António. Módulo do Curso de Licenciatura em Ensino de Geográfica de
Pedogeografia, editora U.C.M. Beira, 2007
PINHO,
Hélio, Geografia 11a Classe, Plural Editores, Maputo, 2010.
SILVA,
Fernando Morreira, et al. Geografia
Física II. 2009.
SILVA,
Benedito Nelson Rodrigues, Solos da Área do programa grande Carajás, Belém, EMBRAPA-CPATU,
1982.
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