De
acordo com ERNEST HAECKE (s/p) A Ecologia é a ciência que estuda as interacções entre os
organismos e seu ambiente, ou seja, é o estudo científico da distribuição e
abundância dos seres vivos e das interacções que determinam a sua distribuição.
As interacções podem ser entre seres vivos e/ou com o meio ambiente.
Segundo
manual da (UCM p/73) Ecologia
é a ciência que estuda os ecossistemas.
Factores
do meio Ecológico: abiótico (A = ausente, BIO = vida) - Factores biótico (BIO = vida) -
factores ocasionados pela presença de seres vivos ou suas relações.
1.1 Factores Abiótico
Os factores
abióticos do ambiente marinho: luz, temperatura,
concentração de sal, e pressão dos líquidos. Quanto maior a profundidade, menor
será a iluminação. Devido à isso, são encontradas regiões distintas, que são
divididas em: eufótica, Disfotica e Afotica.
Zona eufótica: é a área com mais luminosidade, podendo atingir até 100 metros.
Zona disfótica: nesta área a
luminosidade chega com mais dificuldade, podendo atingir até 300 metros.
Zona afótica: esta área não recebe a luz, totalmente escura, ficando
abaixo dos 300 metros.
Os seres do meio aquático são classificados em três grupos
distintos: plâncton, nécton e bentos.
1.2.1.Plâncton
Designa o conjunto de
seres vivos que se locomovem na superfície da água através dos movimentos dela,
ou seja, são seres flutuantes.
Fito plâncton: conjunto formado pelos seres autotróficos, representados
–algas. Zooplâncton: conjunto
formado pelos seres heterotróficos - protozoários, peixes.
Trata-se de seres
que vivem se arrastando ou fixos nas profundezas do mar. Os seres que vivem
fixos no fundo do mar são denominados cesseis e são representados pelas algas
vermelhas, corais, espongiários, etc.
São os seres que nadam livremente pelos mares e oceanos,
representados por polvos, tartarugas, peixes e mamíferos marinhos.
É o conjunto dos relacionamentos que a
fauna, flora, microrganismos (factores
bióticos) e o ambiente, composto pelos elementos
solo, água e atmosfera (factores
abióticos) mantém entre si. Todos os elementos que
compõem o ecossistema se relacionam com equilíbrio e harmonia e estão ligados
entre si. A alteração de um único elemento causa modificações em todo o sistema
podendo ocorrer a perda do equilíbrio existente. Se por exemplo, uma grande
área com mata nativa de determinada região for substituída pelo cultivo de um
único tipo de vegetal, pode-se comprometer a cadeia alimentar
dos animais que se alimentam de plantas, bem como daqueles que se alimentam
destes animais.
A palavra tem origem no grego
"oikos", que significa casa,
e "logos", estudo.
Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou, de forma mais genérica,
do lugar onde se vive. O cientista alemão ERNEST HAECKEL
usou pela primeira vez este termo em 1869 para designar o estudo das relações
entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.
De acordo com
RICKLEFS,
R.E (2009. P. 388-405) Sucessão
ecológica é o nome dado à sequência de comunidades,
desde a colonização até a comunidade clímax, de determinado ecossistema.
Estas comunidades vão sofrendo mudanças ordenadas e graduais.
Sucessão Ecológica significa
alterações graduais, ordenadas e progressivas no ecossistema resultante da
acção contínua dos factores ambientais sobre os organismos e da reacção destes
últimos sobre o ambiente.
As
primeiras plantas que se estabelecem (líquens, gramíneas) são denominadas pioneiras, e vão gradualmente sendo
substituídas por outras espécies de porte médio (arbustos), até que as condições ambientais chegam uma comunidade clímax (árvores grandes), apresentando uma diversidade compatível com as características daquele ambiente. Nesta fase, o ecossistema apresenta um equilíbrio com o
meio.
Alguns factores são importantes para
a dinâmica da sucessão. As condições ambientais locais e as interacções entre
as espécies são factores que contribuem para as mudanças ecológicas.1
A sucessão ecológica passa por três
fases:
- Comunidade
pioneira
ou cesse;
- Comunidade secundária, intermediária ou seral;
- Comunidade
clímax.
Existem
quatro tipos de sucessões: primarias, secundarias, antotroficas e hepotróficas.
Ø Primárias,
quando a evolução se dá a partir da rocha
nua ou solo
desprovido de organismos.
Ø Secundárias, ocorre quando estas se dão após um desastre ambiental,
como por exemplo um desabamento,
derramamento de lava,
uma inundação ou por acção antrópica e também ocorre num ambiente que foi
anteriormente ocupado por outras comunidades e que sofreu algum tipo de perturbação, como forças naturais (vendavais, inundações,
deslizamentos, furacões, etc.), ou perturbações provocadas pelo homem ou
animais (fogo, áreas cultivadas, corte de florestas, etc).
Ø Autotróficas,
quando um ambiente, oferecendo componentes abióticos necessários; sais minerais;
água, sedia o desenvolvimento de comunidades auto tróficas.
Ø Heterotróficas,
quando um ambiente, oferecendo componentes bióticos necessários; matéria
orgânica, sedia o desenvolvimento de comunidades heterotróficas.
Numa
sucessão, temos inicialmente as comunidades pioneiras (primeiros seres vivos a
ocuparem um substrato),
seguido por comunidades intermediárias que apresentam um nível maior de
diversificação e, finalmente a comunidade clímax,
quando a comunidade atinge seu grau máximo de desenvolvimento e equilíbrio.
Inicialmente, temos um predomínio de seres
autótrofos
e espécies de pequeno porte e de fácil dispersão. Ao atingir o clímax, já temos
uma presença de seres autótrofos e heterodoxos,
com predomínio de espécies
mais complexas e exigentes.
Uma teoria descritiva da sucessão,
proposta por Frederic Clements em 1916,
é hoje vista como uma teoria ecológica clássica, e de acordo com o autor, o
processo envolve várias fases:
- Nudação – A sucessão começa com o acontecimento de uma
perturbação e o surgimento de um sítio nu, desprovido de vida.
- Migração – Chegada de propágulos ao
ambiente.
- Ecese –
Estabelecimento e crescimento das primeiras plantas (pioneiras).
- Concorrência - Fase em que o estabelecimento
de novas espécies provoca uma competição por espaço, luz e nutrientes.
- Reacção –
Como resultado da concorrência que o habitat impõe, as espécies vão sendo substituídas, de uma
comunidade vegetal para outra.
- Estabilização – A comunidade se estabiliza após as fases de reacção, e
surge o desenvolvimento de uma comunidade
clímax.
Segundo
O manual da UCM (p:69) Areais - são zonas ou áreas da superfície
terrestre onde as espécies habitam.
As
alterações tectónicas, climáticas, hidrológicas, que a terra sofreu desde a sua
formação exerce influência sobre organismos vivos principalmente sua
distribuição. De acordo com as características dos areais as espécies são
agrupadas.
Existem
três tipos de areais que são:
Cosmopolita, disjuntiva e vicariantes.
No processo da deriva
dos continentes, animais e plantas foram separadas e evoluíram em condições
diferentes e ao mesmo tempo de menor área de dispersão, ficando completamente
isoladas dos outros continentes, constituindo actualmente as espécies
endémicas.
Cosmopolitas são
consideradas as áreas de distribuição geográficas das espécies podem ser
pequenas ou grandes conforme os factores de multiplicação e disseminação, por
ex: o Homem, mosca, vivem em todas as latitudes.
As
vicariantes são as que durante o processo do seu
desenvolvimento foram substituídas por outras de constituição vizinha.
As
disjuntivas
são
restritas a certas áreas porque se conservaram durante muito tempo, ou
introduzidas recentemente constituindo bolsas dentro dum conjunto maior. As
suas respectivas áreas chamam – se de areais disjuntivas.
Stauffer, R. C.. (1957). "Haeckel, Darwin and ecology.". The
Quarterly Review of Biology 32 (2): 138–144. DOI:10.1086/401754.
Ecology, genetics and evolution
of metapopulations.. Burlington,
MA: Elsevier Academic Press, 2004. ISBN 0-12-323448-4
Ricklefs, R. E. A economia da
Natureza. Ed. Guanabara Koogan, 5ª Ed.- Rio de Janeiro, 2009. P. 388-405
Frederic
Clements em 1916 _ecologica_print.htm/ USP - Sucessão Ecológica
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