Avançar para o conteúdo principal

GEOGRAFIA REGIONAL

GEOGRAFIA REGIONAL

Critérios da Zonagem Geográfica

De acordo com SILVA (2011:12) “considera critério da Zonagem geográfica como uma espécie de condição subjectiva que permite optar, isto é, fazer uma escolha dos aspectos a serem estudados. Sendo assim, este autor explica que existem dois tipos de critérios:

Critério natural

O critério natural é aquele que predominam os critérios descritivos e deterministas do meio natural. Exemplos diferença de vegetação, clima relevo, hidrografia fauna etc.

Critério sociocultural

Sociocultural, é possível subdividir o espaço geográfico através da especialização, por exemplo, das diferentes civilizações actuais, línguas, religiões, manifestações culturais e, especialmente, os sistemas políticos e económicos.

Geografia Regional

Segundo LUIS (2009:20) olha na geografia regional como sendo “estudo das regiões ao redor do mundo na busca de compreender e definir as características únicas de uma região em particular, que consistem de elementos naturais e humanos.”

Geografia Local

Para  SCHAEFER apud LUIS (1999:40) vê a geografia regional como “uma abordagem do estudo das ciências geográficas de forma semelhante à geografia quantitativa ou às geografias críticas.”

O caráter científico da Geografia decorre da existência e aplicabilidade de seus princípios, os quais constituem sua própria metodologia. Todo o trabalho científico em Geografia só o é quando obedece a certos princípios que esta disciplina tem como orientador das suas investigações. Dos principais princípios a observar destacam-se os seguintes:

Extensão: princípio segundo o qual deve o geógrafo, ao estudar um facto, ou área, proceder a sua localização e delimitação, utilizando para tal os recursos da Cartografia (Frederico Ratzel).

Analogia ou Geografia Geral: Princípio segundo o qual, delimitada e observada a área, o Geógrafo deve compará-la com outras áreas buscando as semelhanças e diferenças existentes (Karl Ritter e Vidal de La Blache).

Causalidade: Princípio segundo o qual o Geógrafo deve explicar as causas do facto ou factos observados (Alexandre von Humboldt).

Conexão ou Interação: Princípio segundo o qual os factores físicos e humanos nunca agem isoladamente, mas em extreita relação uns com os outros (Jean Brunhes).

Actividade: Princípio segundo o qual a paisagem possui um caráter sempre dinâmico, as coisas estão em constante transformação. (Jean Brunhes).

Observação geográfica: Princípio segundo o qual o geógrafo pode visualizar os fenómenos geográficos, tomando como referência que tem a sua origem na superfície e no espaço sideral.

 

FUNDAMENTOS DO SURGIMENTO DOS ACTUAIS CONTINENTES

Conceitos Continente

Segundo Vesentini & Vlach (2013) definem continente como "imensas massas sólidas na superfície terrestre, diferentes das ilhas, que são terras emersas menores".

Os continentes originaram-se da história geológica da Terra, da divisão da superfície terrestre em partes líquidas (oceanos e mares) e partes sólidas (continentes e ilhas).

A história do planeta e a origem dos continentes

A história da Terra tem início há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Provavelmente a terra começou com uma poeira cósmica que mantinha em movimento correntes de convecção em seu interior, quando por volta de 3000ºC, determinadas substâncias começaram a liquefazer. Primeiro o ferro liquefeito começou a formar o núcleo, por ser mais pesado, depois vieram o silício, óxidos metálicos dando origem ao manto.

Várias teorias tentaram explicar a formação dos actuais continentes, mas no acto da sua interpretação sempre levantam-se muitas questões que em certas ocasiões não encontram respostas cabais. Tudo leva a crer que seja a teoria da “Deriva dos Continentes”, complementada com a teoria da Tectónica de Placas, que vai mais de acordo com a realidade.

Foi o alemão Wegner, que em 1912, formulou a teoria da Deriva dos Continentes na qual ele admite que “durante toda a era Paleozóica os continentes se encontravam ligados formando um único e imenso Continente, o denominado Gondwana. Durante o final da era Paleozóica este continente começou a fragmentar-se.

Evolução dos continents

Período Mesozoica

Os animais terrestres tiveram sua origem a partir do momento que algumas espécies de peixes saíram da água dando origem aos anfíbios e posteriormente aos répteis.

No início da era Mesozóica houve a formação de um grande oceano como resultado da fissura ocorrida na Pangéia. A Pangéia era a grande massa de terra que unia todos os continentes da época em uma única superfície terrestre. A racha da Pangéia fez nascer a Laurásia e a Gondwana, raízes dos continentes actuais.

Período Triássico

Triássico (ou Triásico) é um período geológico que se estende desde cerca de 250 a 200 (milhões de anos atrás). É o primeiro período da Era Mesozóica e fica entre o Permiano e Jurássico. O início e o fim do período são marcados por eventos de extinção em massa. Durante o Triássico, quase toda a massa de terra do planeta foi concentrada em um único super continente centrado mais ou menos na linha do equador, chamado Pangeia ("todas as terras").

O supercontinente Pangaea foi rifteado durante o Triássico, especialmente no final do período, quando ainda não havia começado a separação.

  Período Jurássico

O tempo em que o planeta Terra ficou povoado por grandes répteis, os dinossauros, foi chamado de Período Jurássico. Um meteoro atinge o planeta jogando toneladas de poeira na atmosfera impedindo as plantas de fazerem fotossíntese. Sem plantas os animais herbívoros não comiam e os carnívoros, consequentemente, também não. É o fim da era dos Dinossauros. Os mamíferos iniciam seu reinado. O período Jurássico sucedeu o período Triássico, também da era Mesozóica e fase inicial das transformações ocorridas na nova era. O período Jurássico se divide ainda em três épocas: Inferior, Média e Superior.

Período Cretácico

Iniciou aproximadamente 144 milhões de anos e durou 65 milhões de anos. Durante o cretaceo o supercontinente Pangea completou a sua separação tectónica dando origem os continentes como conhecemos actualmente, embora estivesse em posições bem diferentes naquele período. O supercontinente Gondwana que fazia parte da Pangea continua o seu processo de separação em iniciado no jurássico superior.

Período actual ou cenozoica

O Cenozoico é a era geológica que iniciou há 65,5 milhões de anos e que se estende até os dias atuais. Antigamente, era dividida nos períodos Terciário e Quaternário. Posteriormente, eles passaram a se chamar Paleogeno (o Terciário) e Neogeno (o Quaternário). Foi no Cenozoico que a superfície da Terra assumiu sua forma actual.

Região

Segundo Hachette (1978) apud Garrido & Costa (1996), define região como um "território ou parte de território possuindo uma certa unidade geográfica, politica, económica, social, e cujos limites não coincidem necessariamente com as fronteiras nacionais".

Região Formal

Em uma região uniforme é cerca de um fenómeno. Esta pode ser uma região de trigo, região argila marinha, na região de protestantes, etc. A região com uma característica é uma funcionalidade conhecida como região única por Whittlesey.

Região Funcional

A região funcional define-se pela existência de um pólo (nó) que preside a teia de relações que dá substância à região. Nesse caso, o carácter da funcionalidade é estabelecido a partir de múltiplas relações que criam fluxos de naturezas diversas (mercadorias, informações, pessoas, decisões, ideias etc.), articulando um espaço que é internamente diferenciado.

Região integrado

Esta região consiste de vários fenómenos que espacialmente relacionados. Whittlesey chamado uma região característica múltipla. Assim, existem regiões subdesenvolvidas ou regiões despovoadas.

 

TEORIAS DE MOVIMENTOS DAS PLACAS TECTÓNICAS

Tectónica de Placas

Na luz de CORDANI (2012:327) “A teoria da tectónica de placas tem a sua origem no inicio do século XX com a ideia da derivados continentes proposta por Alfred Wegener. Na base desta teoria esteve a observação de que os continentes africanos e sul-americano se podiam ajustar como peças de um “puzzle” (Qualquer problema cuja solução exige trabalho de paciência).

Na versao de JOAQUIM, (2007:49) A teoria proposta por Wegner foi sobretudo atacada por não conseguir explicar como se podem mover os continentes ao longo de tantos quilómetros. Durante cerca de 30 anos esta teoria quase que foi abandonada devido ao cepticismo em seu redor, e só nos anos 60 inicia-se o renascimento destas ideias, transformadas agora numa nova teoria baptizada com nome de tectónica de placas.

Nesta teoria o que se move é a litosfera, isto é, os primeiros 100 km e o seu movimento é possível devido à existência das camadas viscosas da astenosfera. A separação dos continentes é levada a cabo pela criação de nova crusta oceânica que vai ocupando o espaço que fica entre os continentes que se separam. Devido ao facto de nesta teoria se formar nova crusta oceânica na separação dos continentes, de início denominou-se esta teoria por "alastramento oceânico".

Actualmente, as evidências mais citadas corroborando a tectónica de placas são:

a)      Cristas Mesoceânicas ou Dorsais oceânicas; 

b)       Dados de paleomagnetismo, com orientação para os pólos e paralelas nos dois lados das dorsais;

c)      A falha de San Andrews na Califórnia;

d)      O Rift Valley na Costa Leste Africana;

e)      A distribuição disjunta de Mesosaurus spp. na América do Sul e África;

f)       A distribuição disjunta de Glossopteris spp . (América do Sul, África, Índia, Austrália, Antártica);

g)      Distribuição da flora de coníferas no Leste da América do Norte e Oeste da Europa;

h)      A distribuição disjunta de Archeopteris spp. na Rússia, Irlanda, Canadá e Estados Unidos.

A litosfera encontra-se dividida em placas que se movimentam sob uma camada com características plásticas (Astenosfera)

Correntes de convecção do manto:

Motor que gera as correntes: calor interno da Terra.

Tipos de fronteiras de placas

No ponto de vista do CARVALHO, (1977:64) “Existem três tipos de fronteiras de placas: as fronteiras divergentes, as fronteiras convergentes e as fronteiras transformantes”.

Os três tipos gerais de fronteiras de placas (linhas espessas). (a) As placas crescem nas fronteiras divergentes. (b) são destruídas nas fronteiras convergentes e (c) deslizam uma pela outra, sem criação o destruição, nas fronteiras transformantes.

Geodinâmica Interna

Para o CORDANI, (2012”s/p) geodinâmica interna é o conjunto de processos internos (calor, fluidos de circulação, pressão, que produzem alterações na crosta terrestre. Os agentes da geodinâmica interna são também conhecidos como os agentes construtores de relevo, pois são os responsáveis pela criação da maioria das formas de relevo terrestre - cadeias montanhosas, paisagens geológicas.

 

 

Agentes internos

 

Tectonismo: Segundo JOSÉ, (1998:30) O movimento das placas tectónicas traz, em sua dinâmica, resultados que podem ser observados na superfície.

Esses movimentos são denominados tectónicos e são classificados em dois tipos:

A Orogênese ou dobramento caracteriza-se por movimentos horizontais de grande intensidade que correspondem aos deslocamentos da crosta terrestre. Quando tais pressões são exercidas em rochas maleáveis, surgem os dobramentos, que dão origem às cordilheiras. O movimento orogenético é relativamente rápido e, quando se manifesta, geralmente deforma, dobrando e falhando as camadas rochosas. Os terremotos são os movimentos orogenéticos mais rápidos de que se tem conta. Associados ao vulcanismo, correspondem a sinais anteriores ou posteriores de um tectonismo orogenético mais amplo. A epirogênese ou falhamento consiste em movimentos verticais que provocam pressão sobre as camadas rochosas resistentes e de pouca plasticidade, causando rebaixamentos ou soerguimentos da crosta continental.

Geodinâmica externa 

No âmbito de JOAQUIM, (2007:65) geodinâmica externa é o conjunto de processos externos que conduzem a alteração da superfície da crosta terrestre. Os agentes da geodinâmica externa, constituem os agentes modeladores de relevo ou agentes erosivos, pois modelam o relevo que os agentes da geodinâmica interna criam através da erosão”.

Agentes externos ou exógenos Existem agentes externos, na superfície terrestre, que modificam o relevo, não tão rapidamente como os vulcões ou terremotos, mas sua acção contínua transforma lenta e ininterruptamente todas as paisagens da Terra. A acção dos ventos, do intemperismo e da água sobre a crosta terrestre determinam a erosão.

A intensidade da erosão é determinada pela resistência das rochas e pela acção e energia do agente erosivo. Assim, por exemplo, certas regiões desérticas são submetidas a enormes diferenças de temperatura. Durante o dia ela chega a alcançar mais de 40ºC e à noite, devido à perda de calor, menos de 0ºC. Essas mudanças bruscas produzem finas aberturas nas rochas, que pouco a pouco, dividem-se em partes e destroem-se.

 

CARACTERÍSTICAS DOS CONTINENTES AUSTRAIS (ÁFRICA)

 

Para ANTUNES (1996:141) “O continente africano é formado por uma massa de terras contínuas compacta com cerca de 30,1 milhões de km2, o que corresponde a 22% das terras emersas do globo”.

Situação Geográfica e Astronómica

O continente africano é formado por 53 países, limita-se, a oeste, pelo oceano Atlântico; a leste, pelo oceano Índico; ao norte, pelo mar Mediterrâneo; e a nordeste, pelo mar Vermelho. O território africano distribui-se pelos dois hemisférios do planeta Terra, e está compreendido em apenas duas zonas climáticas: a zona inter-tropical (equatorial e tropical norte e sul) e temperada do norte e do sul.

O Relevo do continente africano

Segundo ANTUNES, (1996:142) O relevo da África é, em sua maioria, formada por planaltos. É apresentada pelo continente uma altitude média de mais de 750 metros”. As formas de relevo que ocupam todas as regiões centro e oeste são planaltos que se erodiram com intensidade.

Sua estrutura geológica é bastante antiga (arqueo proterozóica), representada por um extenso planalto, com altitude média de 800 metros, estando bastante aplainado pela acção da erosão.

O relevo apresenta-se mais elevado no litoral, perdendo altitude em direcção ao interior do continente. As planícies são pequenas e estreitas, localizando-se ao longo do curso dos rios e nos litorais.

O clima do continente africano

1-      Zona do Clima Sub-Tropical (Clima Mediterrânico)

2-      Zona do Clima Tropical (Tropical Seco ou Desértico)

3-      Zona do Clima Tropical (Tropical Semidesértico)

4-      Zona do Clima Sub-Tropical (Temperado Marítimo)

5-      Zona do Clima Sub-Equatorial

6-      Zona do Clima Equatorial.

 

Vegetação do continente africano

A vegetação da África acompanha a influência climática. Desta forma, Onde ocorre o clima equatorial há presença de grandes florestas tropicais e equatoriais. As savanas aparecem mais ao sul e mais ao norte das florestas tropicais, onde ocorre a presença de humidade na estação do verão. Na região norte (áreas de clima desértico), quase não são encontradas vegetações. Nos extremos sul e norte do continente africano, aparece a vegetação mediterrânea, marcada pela presença de arbustos e gramíneas.

Hidrografia do continente africano

Segundo MATOS & RAMALHO (1989:236) “Embora o território africano contenha grandes rios, cerca de 40% do continente é desprovido de cursos de água. Sua hidrografia é pobre”. Esse fato ocorre em razão das condições climáticas que provocam escassez de chuvas tanto ao norte quanto ao sul.

Rio Nilo: é o segundo mais extenso do mundo (o primeiro é o Amazonas). Ele nasce próximo à linha do Equador, na cadeia montanhosa de Ruvinzori, atravessa o lago Vitória rumo ao norte, até desaguar no mar Mediterrâneo.

Rio Zaire (ou Congo): nasce no lago Bangueolo, no Maciço Oriental e ruma na direcção leste do continente, atravessando todo o Zaire (a floresta equatorial), e desagua no Atlântico percorrendo 4.348 km.

Rio Níger

Terceiro rio da África em extensão, percorre 4.200 km. Nasce nos Montes Fouta-Djalon, na República da Guiné, atravessa o Mali e o Níger, servindo de fronteira natural entre este e Benin, e desagua, formando um delta, no Golfo da Guiné, na Nigéria.

Rio Zambeze, o Nilo e o Níger têm uma época de cheias, alternando com outra de menor caudal: é um regime periódico, características dos rios que circulam em regiões de clima tropical.

 

CARACTERÍSTICAS DOS CONTINENTES AUSTRAIS (AUSTRALIANO/OCEÂNIA)~

 

De acordo com MANUEL, (1998: s/p) os continentes são porções de terras emersas cercadas de água por todos os lados e que, diferentemente das ilhas, possuem uma ampla extensão territorial.”

SituaçãoGeográfica e Astronómica

Segundo LUÍS (2007:87)a Austrália“é o Continente mais quente no Hemisfério sul.”

Regionalização do continente australiano

Quanto a geologia

A grande semelhança deste continente em relação a África Austral e a Índia deixa patente a hipótese de que em tempos geológicos e recentes as três regiões formavam uma única massa Continental que se denomina Gondwana. Ao longo da sua história geológica o Continente Australiano sofreu várias modificações tectónicas, assim, superfícies foram levantadas e erguidas grandes cordilheiras de montanhas.

Quanto ao relevo

Quanto ao relevo deorograficamente no continente Australiano distinguem de três grandes regiões morfológicas a saber:

A grande Cordilheira divisória também conhecida por Andes Australianos, situam se ao longo da parte Oriental e está desde a Península do Cabo York a Ilha Tasmânia a (Sul); As Planícies Centrais – estendem se na parte central do continente desde o golfo da carpintaria no Norte até a foz do rio Muray no Sul e interrompida a Norte pelo Planalto de Barkly; Os Planaltos de Oeste - Na parte ocidental predominam os planaltos cuja altitude é de 200 a 600m.

Quanto ao clima

O Continente australiano encontra-se dividido em 4 zonas Climáticas a saber:

¾    Zona Sub-Equatorial.

¾    Zona tropical

¾    Zona Sub-tropical.

¾    ZonaTemperada.

As ilhas do continente australiano

Para FERREIRA,(1975:s/p) Ilhassão Terra menos extensa, Dimensão, tamanho, ampliação, aumento, que os continentes são cercados de água por todos os lados ou parte oposta a outra.

O relevo submarino do Pacífico ou redor das Ilhas Oceânicas compreende inúmeras e grandes fossas profundas a destacar a Fossa de Challenger a Sul da Fossa de das marianas com cerca de 110034 m a maior profundidade oceânica mundial que se localiza no Oceano Pacífico.

A maior parte das Ilhas da Oceânia situa-se na zona Intertropical e por isso possui climas quentes Equatorial e Sub-equatorial.

 

CARACTERÍSTICAS DOS CONTINENTES AUSTRAIS (AMÉRICA DO SUL).

Historicamente o Continente Sul Americano e América do Norte foram uma parte do mundo denominado Novo Mundo. Contudo segundo as condições naturais estes dois Continentes representam dois mundos absolutamente diferentes sendo uma das causas da diferenciação a localização geográfica e o desenvolvimento geológico.

Regionalização do continente sul-americano

A maior parte da América do Sul é constituída pela Plataforma Sul-americana que se forma no fim do Proterozóico. Durante o Proterozóico e toda a sua história geológica a plataforma Sul-americana sofreu acções do movimento tectónico intenso. Primitivamente ligada à África, com a qual compunha o continente da Gonduana, a América do Sul era representada, basicamente, por três massas cristalinas: o escudo Brasileiro, o escudo Guiano e o escudo Patogénico.

Condições Climáticas

Quanto ao clima, devido a sua localização maioritariamente na zona Intertropical neste continente predominam Climas quentes. Os alísios trazem do Atlântico massas de ar quentes e húmidas e uma parte considerável dessa humidade perde-se nos Planaltos brasileiro e das Guianas. Um papel importante na formação do clima deste continente desempenham as correntes oceânicas: As correntes quentes do Brasil e das Guianas aumentam a humidade do ar e consequentemente a precipitação nas faixas costeiras por elas banhadas, a corrente Equatorial influi bastante no aumento da queda pluviométrica na faixa costeira do extremo Noroeste.

Quanto ao relevo

Na óptica de MATE, (2007:76) Com relação à bacia Amazónica, o levantamento do bloco andino barrou o escoamento das águas para oeste e, com o aumento da sedimentação, a bacia adquiriu um aspecto lagunar. A evolução da sedimentação da bacia do Orinoco não teve sequência muito diferente da bacia Amazónica.

Quanto à planície do Pampa, pois, ao que parece, a sedimentação, até o final do Mesozóico, ocorreu em ambiente marinho ou em conjunto de grandes lagunas. Mas no Terciário, com a formação dos Andes, o braço de mar que separava o escudo Patogénico do Brasileiro regrediu. De outro lado, no Mesozóico e Paleozóico, os sedimentos provieram das áreas cristalinas das áreas soerguidas do norte (planalto Brasileiro) ou do sul (escudo Patogénico), enquanto no Terciário a planície começou também a receber os sedimentos dos Andes. O relevo dessa área possui características próprias. A planície Amazónica é um imenso funil que desce suavemente em direcção ao Atlântico a partir dos sopés andinos.

Na planície Amazónica, encontra-se a maior rede hidrográfica do mundo, com uma área de cerca de 7.000.000 km².

Hidrografia

Os mais importantes sistemas hidrográficos da América do Sul são constituídos pelas 5 Bacias hidrográficas das quais a do Amazonas é a maior e mais vasta, seguida do Orinoco e do Paraná-rio da Prata que têm a maior parte de suas bacias de drenagem na planície. Os três sistemas, em conjunto, drenam uma área de cerca de 9.583.000 km².

O sistema lacustre da América do Sul é constituído pelos lagos de origem tectónica, vulcânicos, e lagunares, bem como lagos antropogénicos. 

A maior parte dos lagos da América do Sul localiza-se nos Andes ou ao longo de seu sopé. Entre os lagos andinos, destacam-se o Titicaca e o Popó. A mais importante formação lacustre do norte é o lago de Mara caibo, na Venezuela, e na costa oriental salienta-se a lagoa dos Patos, no Brasil.

Vegetação

A cobertura vegetal é complexa, especialmente nos planaltos e nas áreas em que ocorrem diferenças de precipitação pluviométrica. As florestas tropicais húmidas são bastante extensas, cobrindo a bacia Amazónica.

Uma zona semicircular de florestas temperadas de araucária reveste parte do planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria estende-se sobre os Andes centro-meridionais chilenos, e florestas tropicais descontínuas compreendem a região do Chaco.

CARACTERÍSTICAS DOS CONTINENTES AUSTRAIS (ANTÁRCTIDA)

 

Este continente de 14 milhões de Km2 rodeia o Polo Sul e é cercado pelo Oceano Antárctico, que fica entre o Oceano Pacífico e o Atlântico. Devido ao frio intenso com ventos violentos, esta região, permanentemente coberta pelo gelo, possui condições desfavoráveis para quase todo meio de vida, porém, vivem ali os pinguins, que procuram seu alimento no mar, focas e também um grande número de baleias.

Países que tem reivindicações de território na Antárctida e territórios

 - Argentina (Terra do Fogo);

- Austrália (Território Antárctico Australiano);

- Chile (Região de Magalhães e Antártica Chilena);

- França (Terra Adélia);

- Nova Zelândia (Dependência de Ross);

- Noruega (Terra da Rainha Maud e Ilha de Pedro I);

- Reino Unido (Território Britânico da Antártica).

Situação geográfica e astronómica

Antárctida é dominada pela localização do continente, na região polar austral da Terra, e portanto coberto de gelo. O continente antárctico, localizado no hemisfério sul, está centrado assimetricamente ao redor do Polo Sul e a maior parte a sul do Círculo Polar Antárctico.

Características gerais da natureza da Antárctida

Antártica é o mais meridional de todos os continentes. Com uma área de 14,4 milhões de quilómetros quadrados, é o quinto maior continente do mundo; nele se localiza o Pólo Sul, o ponto mais meridional da Terra. Acredita-se que a Antártica tenha se formado através da separação de Gondwana, o supercontinente; seu resfriamento ocorreu ao longo de milhões de anos.

Regionalização do continente Antárctida

Este continente caracteriza-se pela originalidade excepcional e o rigor das suas condições naturais causadas pela sua posição em plena zona circumpolar que inclui o Pólo Sul.As Costas são banhadas pelas águas dos Oceanos Pacífico, Atlântico e Índico. Porém as águas próximas à costa formam mares que se distinguem dos outros pelas suas características particularmente por serem quase doces devido a fusão e expansão dos gelos.

Quanto ao Relevo

Na Antártica Oriental encontram-se os Montes Transantárticos (ou Cadeia Transantártica) que se estendem por 4800 quilómetros, desde a Terra de Vitória à Terra de Coasts. Na Ocidental está a Península Antártica, ao sul da qual se encontram os Montes Ellsworth e o Maciço Vinson, o ponto mais elevado do continente com 5140 metros.

Condições climáticas da Antárctida

A maior parte da Antártica é dominada por um clima extremamente frio e seco, com temperaturas inferiores a 0oC durante todo o ano, excepto na península Antártica, onde as temperaturas alcançam até 15o C no verão, e algumas zonas litorâneas com clima de tundra.

 

CARACTERÍSTICAS DOS CONTINENTES SETENTRIONAIS EUROPA

A Europa encontra-se totalmente no hemisfério norte da Terra, também chamado hemisfério setentrional ou boreal. Somente um dos paralelos mais importantes cruza o continente europeu: trata-se do Círculo Polar Árctico, que passa pelo extremo norte da Islândia, norte da Escandinávia e da Rússia.

Características dos continentes Europa

O continente europeu possui um litoral bastante recortado, o que forma um grande número de penínsulas e mares. Os mares, tanto historicamente quanto na actualidade, têm sido de extrema importância no desenvolvimento desse continente.

Regionalização do continente europeu

Regionalizar o espaço significa dividi-lo, segundo determinados critérios estabelecidos. Para regionalizar o espaço é necessário estabelecer um critério: região natural, sócio económica, fisiográfica etc. Assim, uma cidade, um estado, um país, um continente ou todo o espaço mundial pode ser regionalizado.

Características dos Principais Rios do continente

Segundo ANTUNES s/p Os rios da Europa funcionam como limites, vias de transportes e comércio e fontes de sustento. Muitos rios europeus foram homenageados em canções e poesias e têm desempenhado um papel importante, tanto para o comércio quanto para a história.

Vegetação da Europa

Europa é um continente de solo e clima variados. Em razão disso há uma diversidade vegetacional contundente. Tundra:  Este tipo de vegetação só acontece quando há o degelo, pois o produto deste é o material orgânico a partir do qual surgirá a tundra.Floresta Temperada:  Este tipo de vegetação já foi quase predominante na Europa. Mas hoje devido a grande devastação pela acção humana, está restrito à alguns poucos parques e reservas florestais.

O relevo da Europa

Segundo FREITAS a Europa é um continente com um relevo pouco acidentado, se comparada com outros continente. Em termos de relevo, podemos considerar que existem três grandes conjuntos morfológico: As planícies, os planaltos e as montanhas.

Clima do continente europeu

Mapa climático da Europa de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger. Existem Seis principais tipos de climas na Europa: Alpino, Temperado continental, Temperado oceânico, Mediterrâneo e polar.

 

CONTINENTE ASIATICO

O Continente Asiático é o mais populoso do mundo com 1/3 das terras emersas e 60% da população do globo. Foi de lá que surgiram as civilizações das quais outras continuam ainda hoje. Nasceram as grandes religiões mais antigas.

O Continente Asiático tem características específicas, ser neste que começaram grande parte das civilizações antigas, ser o continente mais populoso do mundo e o Continente que tem a maior pobreza das populações locais.

Com excepção da China e do Japão, a maior parte dos países desta região são agrícolas, é neste aspecto que as nossas análises se vão basear, devendo também analisar a economia japonesa, a produção energética e as formas de consumo das populações locais.

 

As zonas das altas montanhas desérticas correspondem as de baixa densidade populacional. As grandes concentrações populacionais estão em vales férteis e deltas de rios que cortam o continente.

Grandes Vales:

Vales dos rios Anjos, Bramaputra, Yangtsé Wang Hu Mecong, Tigre e Eufrates, mas com densidades menores que os primeiros, possue grandes concentrações urbanas como Changai 10 milhões Pequim, mais de 10 milhões, Calcutá mais de 6 milhões, Seul com mais de 6,8 milhões Bombain com 6 milhões, Jacarta 5 milhões Tienstsin 4 milhões e Cantão com 3 milhões.

O Continente subdivide-se em Ásia Setentrional, Ocidental, Médio Oriente, Próximo Oriente e Ásia Oriental.

O Continente Asiático é o mais populoso do mundo, com a sua população maioritariamente ocupada na agricultura. Cerca de 1/3 da população encontra-se neste Continente, sendo a China e a Índia os líderes nos números de população.

Os principais petroleiros do mundo estão na Ásia- Médio Oriente, Arábia Saudita, Irão, República Árabe do Yemen, Katar Kweit e Oman.

 

 

CARACTERÍSTICAS DOS CONTINENTES SETENTRIONAIS (AMÉRICA CENTRAL)

Regionalização físico-geográficos do continente americano

BARBIER apud SILVA, (2011:180) diz que, a América é o segundo maior continente do planeta. Sua extensão territorial e de aproximadamente 42 milhões de  o que corresponde a 28,2% das terras emersas. O continente esta completamente localizado no hemisfério ocidental da terra.

Situação geográfica e astronómica da América do sul

Segundo LUÍS (2007:S/p) “América do Sul estende se totalmente no Hemisfério ocidental, O equador atravessado na parte Setentrional ficando a maior parte no Hemisfério Sul”.

Relevo do continente Americano

Os primeiros terrenos formaram-se na era paleozóica, em consequência dos dobramentos caledoniano e huroniano; data dessa fase geológica o escudo canadense, então unido ao continente Norte-atlântico (Groenlândia, América do Norte, América Central e norte da Europa), e o escudo do Brasil e das Guianas, unido ao continente de Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica).

Factores importantes na determinação dos climas

Os factores na determinação dos climas são as correntes marítimas, como as de corrente de Humboldt e das Malvinas. A corrente equatorial do Atlântico Sul esbarra no litoral do Nordeste e aí divide-se em duas outras: a corrente do Brasil e uma corrente costeira que flui para o noroeste rumo às Antilhas.

Hidrografia do continente americano

O continente americano possui grandes bacias fluviais e extensas e numerosos depósitos lacustres. A disposição de suas cordilheiras, situadas principalmente na borda ocidental, determina um maior desenvolvimento das bacias para a vertente do Atlântico, enquanto que, na do Pacífico, os rios são em geral curtos, rápidos e mais irregulares.

 

 

CARACTERÍSTICAS DO CONTINENTE NORTE AMERICANO

América do Norte é um subcontinente que compreende a porção setentrional do continente americano.  E composta pelo Canadá,  Estados UnidosMéxico e Groenlândia.

Formação Geológica do Continente Norte Americano 

Montanhas Rochosas é uma cadeia de montanhas que se estende do Canadá até a área central do estado norte-americano do Novo México.  As "Rockies" (como são carinhosamente chamadas pelos norte-americanos) estendem-se por mais de 4830 km desde o extremo norte da província da Colúmbia Britânica, no oeste do Canadá, até o estado do Novo México, no sudoeste dos Estados Unidos.  

Condições Climáticas de América do Norte

O clima desta extensa região é diversificado. Pode – se  encontrar, no território do continente norte-americano, quase todos os climas do mundo. No norte do Canadá encontramos o clima polar, com temperatura que podem atingir até 30 graus negativos. Já na região da Califórnia  (EUA) o clima é mediterrâneo.

Relevo americano

O relevo americano dispõe-se em sentido meridiano, ou seja, suas montanhas tem direcção norte- sul. No oeste localizam-se cordilheiras jovens e elevadas, no centro, está o domínio das grandes planícies e a leste os sistemas montanhosos mais antigos.

Hidrografia do Continente Americano

Segundo SILVA (2011:189), “A rede hidrográfica de um território constitui um importante elemento na configuração sócio – espacial. Os recursos hídricos desempenham importante função desenvolvimento de todas as actividades humanas”.

Sendo assim na América, rios que banham o continente, assim como lagos são intensamente utilizados, sejam para navegação, geração de energia, irrigação, suprimento das necessidades humanas e demais actividades económicas.

A maior presença dos rios é registada nas porções norte e sul do continente. A energia central, pela própria configuração do relevo acidentado, tanto o continental quanto insular, apresenta rios pequenos e de maneira geral são poucos utilizados na navegação.




BREVEMENTE ACTUALIZO AS REFERENCIAS

Comentários

Mensagens populares deste blogue

HISTORIAL DA PLANIFICAÇÃO EDUCACIONAL E ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE A HISTORIA DE UM CONCEITO

                        1.1 - Planificação Ø   Planificação é um processo que consiste na determinação dos objectivos do desenvolvimento da educação (Matangue 2008). Ø   Planificação é um exercício de se antecipar o futuro da instituição, de traçar o caminho a seguir, de definir rumos, de preparar o desenvolvimento para vencer as condições diversas do mercado 1.2 - Educação Educação é uma componente imprescindível na dinâmica do desenvolvimento do povo, na reprodução social e na formação de ideias na medida em que ensina, ou instrui a sociedade em diferentes níveis de vida económica política e social.   2 . Algumas observações sobre a história de um conceito     Em primeiro lugar, seria necessário recordar sistematicamente os diferentes aspectos de uma evolução que, durante vinte ou vinte e cinco anos, absorveu-se uma boa parte das reflexões e dos esforços consagrados à educação em numerosos países. Mas, sobretudo, seria muito útil proceder uma análise crítica relativam

ANTROPOLOGIA CULTURAL

ANTROPOLOGIA CULTURAL DE MOÇAMBIQUE  1.Conceitos Na luz de MALINOWSKI (2003:s/p), refere que Antropologia “ uma ciência que se dedica ao estudo do ser humano de forma holísta”.   Antropologia é ciência integrada, que estuda o homem no âmbito da sociedade e da cultura a que pertece, combinando perspectiva das ciências naturais, sociais e humanas. A cultura é um conjunto de valores crenças, conhecimentos, instrução, normas, comportamento, produção artistica e técnícos partilhado pelos membros de uma sociedede, transmissivel às gerações seguintes e resultante de interação social (MARCONI e PRESOTO, 2005). Cultura é o conjunto de informação e do conheimento adquirido por aprendizagem social. Para GALLAHER (2008:5), Colonial “é relativo ao colonialismo consiste numa política de exerçer o controle ou autoridade sobre um território ocupado e administrado por um grupo de indivíduo com poder miliitar”. Represetante do governo de um país ao qual esse território não pertencia, contra

SISTEMA SOLAR

O QUE É SISTEMA SOLAR?     Sistema solar é nome se dá ao conjunto formado pelo sol e por todos os astros que orbitam à sua volta. O sistema solar é constituído pelo sol, rodeado por oito planetas e seus   satélites   naturais, os asteróides, os cometas e a matéria interplanetária. O sol move-se como todas as outras estrelas da galáxia. Sol O sol é a estrela central do sistema planetário solar. Em torno dele sabe-se que gravitam oito planetas dos quais quatro menores (anões), 1600 asteróides, 138 satélites e um grande numero de cometas. Planetas Os planetas são astros iluminados que giram em torno do sol, descrevendo uma orbita elíptica pouco alongada. Planetas menores/ telúricos Do ponto de vista físico os planetas: Aqueles que estão entre o sol e a cintura de asteróides, nomeadamente: mercúrio, Vénus, terra e Marte. São pequenos e densos com poucos satélites e sem anéis. Planetas gigantes ou gasosos São localizados após a cintura de asteróides, nomeadamente: Júpiter