Conceitos Básicos
Desenvolvimento
Sustentável
NOBRE (1999, 139) afirma que, o
desenvolvimento sustentável significa, de um lado, a concretização de alianças
em tomo de um consenso mínimo a respeito da problemática ambiental, e, de
outro, a arguta tentativa de aproveitar um ambiente mundial de relativa
distensão e de intensa mobilização social em torno das questões ecológicas,
para levar a questão ambiental para o primeiro plano da agenda política
internacional.
De acordo com FERREIRA (1998), Sustentabilidade ambiental – refere-se
à manutenção da capacidade de sustentação dos ecossistemas, o que implica a
capacidade de absorção e recomposição dos ecossistemas em face das agressões
antrópicas.
Economia
ambiental
Na luz de Mayapud Da SILVA (2010) salienta que, a Economia Ambiental procura assegurar bom uso dos recursos naturais no tempo, ou seja, vias viáveis para seu escoamento. Ainda o autor salienta que, como os recursos possuem quantidade fixa, há necessidade de incluir a dimensão intertemporal.
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
No
dizer de Rabelo apud NASCIMENTO,
(2012: 37):
O
desenvolvimento sustentável precisa ser economicamente sadio, socialmente
justo, ambientalmente responsável e politicamente fundamentado na participação
da sociedade, isto é: mais crescimento e mais riqueza, compartilhados por
todos; modernização produtiva e competitividade, além da inserção mais ampla e
dinâmica, nacional e internacional; mais educação e qualificação e mais saúde e
habitação, para uma vida mais produtiva e para mais bem-estar; menos pobreza e
menos desigualdade, condição para mais liberdade, mais democracia, mais justiça
social; e mais desenvolvimento hoje e mais amanhã, ou seja, desenvolvimento
ambiental e culturalmente sustentável.
Diante
de todos estes factores, percebe-se a complexidade para um efectivo
desenvolvimento sustentável. Não se pode ignorar as políticas internacionais,
as dificuldades dos países em desenvolvimento e os diversos interesses de poder
que movem a sociedade, as necessidades humanas são diferentes para indivíduos e
para culturas e o modelo de Desenvolvimento Sustentável proposto, não tem como
objectivo administrar o meio ambiente, mas, sim, as actividades humanas que
afectam e até inviabilizam os diversos processos ambientais.
3. Breve Abordagem Sobre os Movimentos Ambientais
As
primeiras manifestações organizadas em defesa do meio ambiente remontam a
meados do século XX no pós II Grande Guerra, quando o homem comum tomou
consciência de que poderia acabar definitivamente com o planeta e com todas as
espécies, inclusive a própria. Após a explosão das bombas de Hiroshima e
Nagasaki, iniciaram-se na Europa manifestações pacifistas contra o uso da
energia nuclear em função das consequências desastrosas para a humanidade e o
meio ambiente. Antes destas os registos ficam por conta de filósofos e
pensadores, geralmente com variações sobre o mesmo tema: Deus e a Natureza, ou
com os naturalistas e os cientistas ligados às chamadas ciências naturais,
buscando uma melhor descrição e compreensão dos fenómenos da vida.
3.1. Os
Movimentos Ambientalistas: Trajectória Histórica
Segundo HERCULANO (1992: 9), sustenta o
seguinte:
Remontam
ao século XVI os primeiros questionamentos do homem sobre o meio ambiente, com
as grandes navegações e a ampliação das fronteiras mundiais para novos
continentes, contrapondo a cultura e a civilização europeia aos costumes e a
relação com o meio ambiente dos habitantes do novo mundo. A carta de Perro Vaz
Caminha ao rei de Portugal, no ano de 1500 é um dos marcos dessa dicotomia
ambiental. Com a revolução industrial e científica no século XVIII,
estabeleceu-se definitivamente um divisor de águas entre a sociedade do homem
"desenvolvido" e sua cultura peculiar em contraponto dissonante à
Natureza. O surgimento de uma ideologia consumista nas linhas de produção
capitalistas, deu origem às primeiras reflexões quanto a actuação danosa do
homem sobre a Natureza.
Os
movimentos ambientalistas surgiram da crescente consciência social de que, em
vez de vida e bem-estar social superiores e apesar de vários benefícios, a
industrialização, baseada na ciência e nas tecnologias modernas, provoca
doenças e desastres ecológicos, podendo, inclusive, inviabilizar a vida no
planeta, pois degrada e polui o meio ambiente. Ao habitar e utilizar o ambiente
natural, todos os seres humanos o alteraram. (GONÇALVES, 1993, 18-21).
·
A
Conferência de Estocolmo
De acordo com CARNEIRO,
(2003:18):
O
ano de 1970 é marcado pelo agravamento dos problemas ambientais, pois é o
período das grandes transformações no mundo. Realiza-se em 1972, a Conferência
de Estocolmo, com o objectivo de criar novas políticas de gerenciamento
ambiental. Por força das denúncias e debates sobre o assunto, a ONU promoveu em
1972, em Estocolmo, uma reunião mundial.
A conferência gerou uma declaração de
princípios concernentes a questões ambientais, estabeleceu um plano de acção
mundial, pelo qual convoca todos os países, os organismos das Nações Unidas e
todas as organizações internacionais a cooperarem para a busca de soluções para
uma série de problemas ambientais.
Com
a pressão do governo da Suécia sobre a ONU, por motivo do desastre ecológico da
Baía de Minamata, no Japão, realizou-se em 1972 a Conferência de Estocolmo, uma
reunião internacional sobre o meio ambiente. A partir desta surgiram mais duas
correntes do pensamento ambientalista: os Zeristas
e os Marxisttas.
·
Os
Zeristas
Os
Zeristas servindo-se da trincheira do Clube de Roma e com as armas fornecidas
pelo relatório de MEADOWS et al (1973), que focavas aspectos relacionados com
os Limites do Crescimento, propunham o crescimento zero para a economia mundial
respaldados em projeções computacionais sobre o crescimento exponencial daa
população e do capital industrial como ciclos positivos, resultando em ciclos
negativos representados pelo esgotamento dos recursos naturais, poluição
ambiental e a fome. Assim previam o caos mundial em menos de quatro gerações.
·
Os
Marxistas
Já
os marxistasembaçados na
contribuição no mesmo ano de Goldsmithet al e o Manifesto pela Sobrevivência,
atribuíam a culpa ao sistema capitalista e ao consumismo da ideologia do
supérfluo, provocando a banalização das necessidades e a pressão irresponsável
sobre o meio ambiente, obtendo como subproduto do crescimento industrial a
degradação ambiental. Os marxistas franceses a mesma época propõe a mudança do
modo de produção e consumo, fundamentados em uma ecologia com óptica
socialista, que abandone a produção de gadgetspela
produção de bens necessários transformando o trabalho árduo em trabalho
criador, reduzindo este para aumentar o lazer cultural e a relação ecológica do
homem com o meio ambiente, (SIENA apudRABELO, 2008).
Segundo CARVALHO
(1992), os movimentos ambientalistas contemporâneos são classificados em quatro
vertentes:
Antropocentrismo tecnocêntrico neoliberal,trata-se do ambientalismo
optimista e acomodado, que acredita na superação da crise ambiental através do
desenvolvimento da ciência e da tecnologia. O ambiente é valorizado para o ser
humano, considerando a geração contemporânea. Possui irrestrita confiança na
tecnologia e nenhuma restrição aos consumidores ou mercados, pois, o progresso
tecnológico asseguraria a ultrapassagem de qualquer barreira estabelecida por
limites de suporte do ambiente.
Antropocentrismo tecnocêntríco "verde":está
voltado para a economia "verde", ou seja, direccionada às
necessidades e não para o lucro, que não agrida o equilíbrio ambiental e que
seja voltada para o bem comum em lugar do enriquecimento pessoal. Têm como
principais características a sustentabilidade e a justiça social. Acreditam
na necessidade de existência de limites a serem impostos pela negociação
social, considerando o interesse das futuras gerações.
Ecocentrismo comunalismo:
aceitam
a hipótese Gaia (a Terra é Gaia, um ser vivo, e a espécie humana é apenas uma
forma de vida dentre as demais); reconhecem o valor do ambiente como suporte à
vida. Possuem o princípio da economia do estado estacionário: a escala de
desenvolvimento não deve diminuir nem aumentar; aumento populacionais zero; o
capital naturaldeve ser
mantido constante por ser insubstituível. Lutam pela imposição de padrões
ambientais normativos para garantir a qualidade ambiental às gerações actuais e
futuras. Os interesses da colectividade prevalecem sobre os indivíduos.
Ecocentrismo ambientalismo radical:baseia-se
também na hipótese Gaia (sustentam que efeito estufa, a diminuição da camada de
ozónio e as chuvas ácidas indicam que a humanidade) á ultrapassou os limites
de sua sustentabilidade). A escala de desenvolvimento económico deve ser
reduzida, bem como a população: garantem que isto não levará à diminuição do
desenvolvimento (entendido de forma mais ampla), pois as preferências sociais e
valores comunitários aumentarão o capital
moral e cultural. Lutam pela bioética: direitos morais conferidos a
todas as espécies não humanas, mesmo abióticas.
·
RIO
-92
O segundo grande marco
internacional, Foi realizada, em 1992, no Rio de Janeiro, a Conferência das
Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento. Sua realização foi de
extrema importância porque “se constatou que no final do século a questão
ambiental ultrapassava os limites das acções isoladas e localizadas para
tornar-se uma preocupação de toda a humanidade”. O problema é grande, e há
tempo o manifesto está sendo feito em prol do meio ambiente, e ainda sofremos
com o descaso de muitas pessoas, tanto que os impactos ambientais são sentidos
a todo instante. O inverno se tornou um grande outono e no verão há muitas
chuvas e catástrofes em zonas de encostas.
Para GRANZIERA, (2009: 43), O outro
marco foi, a COP 3, realizada em Kyoto, no Japão se aprovou o Protocolo de
Kyoto “seu objectivo consiste na conservação da diversidade biológica,
no uso sustentável de seus componentes e na repartição justa e equitativa dos
benefícios derivados dos recursos genéticos”. Significa que tanto países
desenvolvidos quando países subdesenvolvidos têm a obrigação de mudar regras,
pondo fim aos gases poluentes, evitando que o efeito estufa progrida e que
novas catástrofes ambientais aconteçam. É conscientizando que alcançaremos
metas plausíveis.
·
RIO
+ 10
Na luz de BEHRENDS,
(2011: 31), O Rio + 10, terceiro marco internacional: No ano de 2002 foi
realizada a Cúpula Mundial do Desenvolvimento Sustentável ou Rio + 10, para que
os acordos firmados no Rio 92 fossem avaliados. As atitudes dos países
envolvidos na conferência são de extrema relevância na caminhada sócio ambiental.
Já temos toda a base, a estrutura foi sedimentada, o acordo foi feito,
portanto, a Rio + 10 serve apenas como impulso de pormos a teoria na prática.
4. Sustentabilidade Ambiental
De acordo com FERREIRA (1998), Sustentabilidade ambiental – refere-se
à manutenção da capacidade de sustentação dos ecossistemas, o que implica a
capacidade de absorção e recomposição dos ecossistemas em face das agressões
antrópicas.
Sustentabilidade
ambiental, assim, implica o uso dos recursos renováveis de forma
qualitativamente adequada e em quantidades compatíveis com sua capacidade de
renovação, em soluções economicamente viáveis de suprimento das necessidades,
além de relações sociais que permitam qualidade adequada de vida para todos.
4.1.
Os indicadores de Sustentabilidade Ambiental
De acordo AQUINO et al, (2015: 115)
afirma que:
Os
indicadores de sustentabilidade representam o futuro previsível a partir do
conhecimento disponível, considerando as variáveis do contexto no qual um grupo
vive, as actividades desse grupo e as decorrências dessas actividades para todo
o sistema. Também têm o papel adicional de informar e orientar indivíduos,
empresas, ou grupos a reconhecerem que o comportamento e escolha de cada um têm
efeitos sobre o estado da sustentabilidade que se busca.
Estes
também comunicam o progresso em direcção a uma determinada meta de uma forma
simples e objectiva, bem como objectivo retratar a realidade, enfatizando os
fenómenos que tenham ligações entre a acção humana e suas consequências, pois
tem a capacidade de abordar os diferentes segmentos: social, ambiental e
económico de forma conjunta.
Desde fins da década de 80 os indicadores de desenvolvimento
sustentável, vêm sendo construído, a partir da Rio-92, a segunda conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que reconheceu sua
importância por meio da Agenda 21, com objectivo de guiar as acções e monitorar
o progresso em direcção ao desenvolvimento sustentável. Os Indicadores de
Desenvolvimento Sustentável analisam as condições ambientais, sociais,
económicas e institucionais de um local, enfocando de forma multidimensional o
desenvolvimento sustentável.
5. Economia Ambiental
Para JR., et al,
(2004: 573) salienta:
Os
desejos humanos são ilimitados, mas os recursos disponíveis para os satisfazer
são insuficientes. Torna-se necessário, pois, geri-los de modo a obter máximo
de satisfação com o mínimo de recursos. Para tanto, os economistas
desenvolveram todo o material teórico e modelos que auxiliam na compreensão dos
factores e dos mecanismos envolvidos na geração da riqueza e da sua
distribuição.
Ao longo do
tempo o homem ignorou o facto de que esses recursos eram escassos, simplesmente
porque imaginava essa escassez algo distante da sua vida. O ar, a água, os rios
e os oceanos, o solo e o subsolo, os mineiros, as espécies vegetais e animais,
os ecossistemas, a atmosfera, tudo isso era chamado pelos economistas de bens
livres, pois eram tidos como bens abundantes, disponíveis e acessíveis a todos,
sem custo.
De
forma geral, o campo de estudo d economia ambiental surgiu com mais força ao
final da década de 1950 e início da década de 1960 nesta década ganha um
impulso importante. A economia ambiental passou a tratar dos aspectos
relacionados a efeitos da actividade económica sobre o meio ambiente, e da
importância dos recursos naturais para economia e da forma pela qual devem ser
reguladas.
IIo Grupo
1. Descrição Geral dos Recursos
naturais
Segundo
LIPPI (2001, p. 6) Recursos Naturais é
tudo o que existe na natureza e é útil ao homem. Mas, nem todos os recursos que
a natureza oferece ao ser humano podem ser aproveitados em seu estado natural.
A
palavra recurso significa algo a que o Homem recorre para ultrapassar uma
dificuldade. Para RESS (2001:14) assinala que:
O conceito de recurso natural fundamenta-se na visão
particular dos homens, que continuamente estão examinando seu meio ambiente
físico para avaliar os elementos orgânicos e inorgânicos existentes e suas
utilidades correspondentes. Para fazer este exame, diz ela, é preciso que
exista uma arte ou tecnologia para sua extração ou transformação e uma demanda
por estes materiais ou serviços produzidos. Dessa forma, nem todos os elementos
da natureza são catalogados com recursos naturais; alguns deles, que não
cumprem os requisitos assinalados, passam a ser substâncias neutras.
Os
recursos naturais são bens susceptíveis de aproveitamento económico ou de
utilização pela Humanidade e que, por princípio, não são produzíveis pela acção
humana. A sua importância só recentemente tem vindo a ser assumida, dado o seu
papel reciclador, decompositor e de filtro da água e do ar, num quadro em que o
seu uso nem sempre tem sido feito de forma sustentável.
Recursos
naturais são bens que estão à disposição do Homem e que são usados para a sua
sobrevivência, bem-estar e conforto.
2. Classificação dos Recursos Naturais
Os
recursos naturais são classificados em dois grupos distintos: os recursos
naturais não renováveis e os recursos naturais renováveis.
2.1.Recursos Naturais Renováveis
Os
recursos naturais renováveis, como o próprio nome indica, são recursos que
podem ser renovados, ou seja, não se esgotam. Como exemplo disso temos a
energia eólica, obtida através do vento. Também existe a energia solar, que
pode ser acumulada com a utilização de equipamentos especiais, como painéis
solares.
Alguns
recursos importantíssimos como a água, solo e florestas (providenciam madeira e
outras coisas) são descritos como potencialmente renováveis, porque dependem
muito da actuação do Homem em relação a esses recursos. Por esse motivo, é
essencial cuidar desses recursos.
Há
situações nas quais um recurso renovável passa a ser não renovável. Essa
condição ocorre quando a taxa de utilização supera a máxima capacidade de
sustentação, renovação e força do sistema.
2.2.Recursos Naturais não Renováveis
Na
perspectiva de RESS (2001:16)Recursos não
renováveis seriam os bens da natureza cujos estoques não se podem regenerar
naturalmente e que se esgotam a uma velocidade que depende do grau de sua
exploração e das leis da entropia.
Os
recursos naturais não renováveis abrangem todos os elementos que são usados nas
actividades antrópicas, e que não têm capacidade de renovação.
Por
sua vez, os recursos considerados não renováveis são limitados na natureza, por
exemplo, os minérios, petróleo, gás natural. Nesse caso, o “tempo” torna-se um
factor essencial de classificação, posto que os recursos não renováveis
(energéticos e minerais), são consumidos de maneira mais acelerada em
comparação ao tempo que levam para se formarem na natureza, ou seja, não
apresentam grande capacidade de renovação e se a fonte for extinta, podem
desaparecer. (JONES & HOLLIER, 1997:54)
Exemplos de
Recursos Naturais não Renováveis
Ø Combustíveis
fósseis;
Ø Pedras
preciosas;
Ø Carvão;
Ø Matéria-prima
do vidro;
Ø Ouro
e prata
De acordo com KAHN (1997) Dentro do conjunto dos recursos naturais
(renováveis e não renováveis) propõe a destrinça entre os naturais propriamente
ditos, os ambientais e os fluxos naturais:
Ø Os
primeiros, que se encontram na natureza, podem ser divididos, de modo
sucessivo, em porções cada vez menores, como o petróleo, a madeira ou a água.
Ø Os
ambientais, são igualmente fornecidos pela natureza, distinguindo-se dos
anteriores por serem indivisíveis, como acontece, por exemplo, com um
determinado ecossistema, estuário ou mesmo com a camada de ozono; não se podem
consumir directamente, mas podem-se utilizar os seus serviços ou benefícios.
Ø Quanto
aos fluxos naturais, como a energia solar ou a força do vento, são, em geral,
classificados como recursos naturais, mas diferenciam-se daqueles por não
poderem ser totalmente consumidos e não possuírem capacidade regeneradora. No
entanto, o seu fluxo contínuo proporciona um consumo que não afecta o stock.
3.
Importância
dos Recursos Naturais e a sua Preservação
Os
recursos naturais têm uma grande importância a nível da economia mundial.
Sem estes recursos seria impossível a sobrevivência do Homem na Terra. O
processo de desenvolvimento socioeconómico de um país deve assentar sobre
os recursos naturais. Pretende-se que essa utilização seja responsável e
sustentável, de modo a que as gerações futuras tenham direito aos mesmos
recursos que nós hoje em dia possuímos.
Por fim, pequenas acções contribuem
para a conservação dos bens oferecidos pela natureza, por exemplo, evitar jogar
lixo em locais inapropriados, utilização de outros meios de locomoção que não
poluam tanto o meio ambiente, por exemplo, bicicletas; diminuição do consumo,
dentre outros.
4.
Utilização dos Recursos Naturais
Na perspectiva de ANTUNES, et al
(1999:45):
Utilização de recursos naturais ou uso de
recursos naturais, é o acto de usufruir dos recursos que estão disponíveis e
podem ser encontrados na natureza, podendo ser utilizados pelo homem em
benefício próprio. Como por exemplo madeira, utilizada na
área de construção civil; água, necessária
para a sobrevivência humana, além de ter várias funções de importância na
manutenção do planeta; solo, recurso mais visado pelo homem (além da água), já que o mesmo
proporciona suporte para as diversas atividades de subsistência humana
Existe um envolvimento entre recursos naturais e tecnologia,
uma vez que há a necessidade da existência de processos tecnológicos para
utilização de um recurso. Exemplo típico é o magnésio, que até pouco tempo não
era recurso natural e passou a sê-lo quando se descobriu como utilizá-lo na
confecção de ligas metálicas de aviões.
Nem todos os recursos que a natureza oferece ao ser
humano podem ser aproveitados em seu estado natural. Quase sempre o ser humano
precisa trabalhar para transformar os recursos naturais em bens capazes de
satisfazer alguma necessidade humana. Os recursos hídricos, por exemplo, têm de
ser armazenados e canalizados, quer para consumo humano directo, para
irrigação, ou para geração de energia hidroeléctrica.
Como
consequência, temos a extinção de diversas espécies (animais e vegetais) bem
como o desaparecimento de recursos limitados oferecidos pelo planeta,
denominados de não renováveis. Portanto, se a consciência ambiental humana não
estiver voltada para a importância de tais recursos, o planeta entrará em
colapso em breve.
Problemas
como o derretimento das geleiras, consequência do aquecimento global, efeito
estufa, inversão térmica e chuva ácida, tem demonstrado a gravidade do problema
que logo teremos de resolver, se nos for possível.
Observe
que mesmo os recursos considerados renováveis na natureza, devem ser explorados
de maneira sustentável pelo homem.
Ø Grande
impacto negativo sobre o ambiente;
Ø Alteração
e possível desaparecimento dos ecossistemas, com a montagem e a perfuração
das ondas;
Ø Perigo
de derramamento de petróleo no mar; grandes marés negras;
Ø Extracção
do carvão provoca um grande movimento e derrubamentos de terra, deslizamentos,
explosões de gás e há um número muito grande de mineiros que morrem todos
os anos;
PERIODO DEFESO
1.Noções
Gerais do Período Defeso das Espécies
O período de defeso (do termo
latino defensu) é o período em que as
actividades de caça, colecta e pesca esportivas e comerciais ficam vetadas ou
controladas. Este período é estabelecido de acordo com a época em que os
animais se reproduzem na natureza. Visa à preservação das espécies e à fruição
sustentável dos recursos naturais. Os pescadores artesanais recebem, do
governo, proventos em dinheiro durante a época em que não podem obter renda da
pesca por impedimento legal.
1.1 Defeso das Espécies
FERREIRA, 1986: 528.É
a paralisação temporária da pesca para a preservação das espécies (Lei nº
11.959, de 29 de Junho de 2009). Pode ser definida para uma determinada espécie
ou para todo um ambiente, como é o caso da Lagoa de Araruama. Em geral, se
limita a um período fixo anual visando proteger a época de reprodução ou de
recrutamento (período em que os juvenis atingem certo tamanho e maturidade
reprodutiva, e recrutam ao estoque adulto, sujeito à pesca).
1.2 Seguro Defeso
Seguro-defeso é uma modalidade de seguro desemprego
que tem como finalidade promover a assistência financeira temporária do
pescador, no período em que este profissional fica legalmente proibido de
exercer a sua actividade. De acordo com a Lei N° 10.779, de 25 de Novembro de
2003, pode requerer o seguro defeso o pescador profissional que exerça sua
actividade de forma artesanal, individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual de parceiros.
Benefício de um salário mínimo mensal fornecido ao
pescador profissional impedido de pescar durante o defeso. Para ter acesso ao
valor, o requerente precisa atender a uma séria de requisitos, tais como:
Ø Exercer a pesca de forma ininterrupta, sozinho ou em
regime de economia familiar, e ter cadastro activo no RGP (Registo Geral da
Actividade Pesqueira) como pescador profissional artesanal por pelo menos um
ano antes do início do defeso;
Ø Estar impedido de pescar em função do período de
defeso da espécie que captura (ou seja, para a qual está licenciado);
Ø Não ter vínculo de emprego ou outra relação de
trabalho ou fonte de renda diversa da decorrente da actividade pesqueira.
Ø Sistema de integração ambiental.
1.3 Declaração de Estoque
Os pescadores profissionais, frigoríficos,
peixarias, entrepostos, postos de venda, restaurantes, hotéis e similares devem
declarar ao órgão ambiental estadual os estoques de peixes resfriados ou
congelados, das espécies com defesos iminentes, para poder comercializar tais
pescados durante esse período.
1.4 Moratória
É uma estratégia para quando o estoque de uma
espécie está em níveis muito baixos e já não suporta mais a pesca, correndo
risco de extinção. Então, diferentemente do defeso, sua captura é proibida por
um longo período para a recuperação dos seus estoques em níveis sustentáveis.
2.
Sistema de integração ambiental
Para que a gestão ambiental se concretize numa
organização, criaram-se modelos organizados e formais de administração, de
forma a conduzir as acções relacionadas com o gerenciamento ambiental. Estes
modelos, na sua maioria elaborados a partir de sistemas de gestão da qualidade
já existentes, são os sistemas de gestão ambiental.
2.1 Sistema de gestão
Segundo CARVALHO, FROZINI e FRAZÃO (2003):
Um sistema de gestão ambiental (SGA) “constitui
parte integral do gerenciamento total de uma organização, que 30 reconhece a
qualidade de seu desempenho ambiental como um factor-chave para a sua
capacidade de prosperar, arquitectando um sistema para identificar, examinar e
avaliar, sistematicamente, as mudanças ambientais causadas por aspectos ou
elementos de seus produtos, serviços e actividades”.
2.2 O Sistema de Gestão Integrada
(SGI) é a combinação de processos, procedimentos e
práticas adoptadas por uma determinada organização, para implementar suas
políticas e atingir seus objectivos de forma mais eficiente do que por meios de
múltiplos sistemas de gestão.
O novo cenário comercial mundial,
onde uma das principais características e propostas é a livre concorrência, tem
conduzido as empresas a voltar sua atenção para novas questões.
Segundo CARVALHO, 2005, S/P), a partir do início da
década de 80, começou a ficar evidente que as crescentes exigências do mercado,
os aspectos custo e qualidade, aliados a uma maior consciência ecológica,
geraram um novo conceito de qualidade, holística e orientada, também, para a
qualidade de vida.
Os elementos-chave, ou os princípios definidores de
um Sistema de Gestão Ambiental baseados, através dos quais podem ser
verificados os avanços de uma empresa em termos de sua relação com o meio
ambiente, são: Política ambiental; Planeamento; Implementação e operação;
Verificação e acção correctiva; Análise crítica.
a)
Política Ambiental
REIS & QUEIROZ (2002) consideram a política
ambiental como a grande declaração de comprometimento empresarial, relativo ao
meio ambiente, constituindo a fundação ou base do sistema de gestão. A política
ambiental contém as directrizes básicas para a definição e revisão dos
objectivos e metas ambientais da empresa.
b)
Planeamento
O princípio recomenda que a organização formule um
plano para cumprir sua Política Ambiental. Este plano deve incluir os seguintes
tópicos: aspectos ambientais; requisitos legais e outros requisitos; objectivos
e metas; e programas de gestão ambiental.
Esse princípio recomenda que para que haja uma
efectiva implantação da, empresa deve desenvolver os mecanismos de apoio
necessários para atender o que está previsto em sua política, e nos seus
objectivos e metas ambientais.
d)
Verificação e Acção Correctiva
Cria condições de se averiguar se a empresa está
operando de acordo com o programa de gestão ambiental previamente definido,
identificando aspectos não desejáveis e mitigando quaisquer impactos negativos,
além de tratar das médias preventivas. O sistema deve prever as acções de
monitoramento e controle para verificar a existência de problemas e formas de
corrigi-los.
Após a etapa da auditoria, e considerando possíveis
mudanças nos cenários internos e externos, como novas pressões de mercado e as
recentes tendências do ambiente externo da empresa além do compromisso de
melhoria contínua requerido pela SGA, é o momento da administração identificar
a necessidade de possíveis alterações em sua Política Ambiental, nos seus
objectivos e metas, ou em outros elementos do sistema. Em resumo, aqui o
processo de gestão pode ser revisada, bem como o processo de melhoria contínua exercitado.
4. Finalidade de sistema de gestão
Os sistemas de gestão têm por objectivo prover as
organizações de elementos de um modelo de gestão eficaz que possa ser integrado
a outros requisitos da gestão. Esse factor de integração é o ponto-chave na
gestão da organização.
Os resultados apresentados por um
sistema de gestão extrapolam o carácter financeiro. Os benefícios podem ser
representados por meio de diversos indicadores de qualidade. Como exemplos:
ü Diminuição do impacto das actividades na natureza,
ou, em outras palavras, maior sustentabilidade na utilização dos recursos na
empresa;
ü Maior segurança para os funcionários;
ü Melhoria nos índices de satisfação interna;
ü Aumento da qualidade de vida na comunidade na qual a
empresa atua.
.
1. Resíduos e o seu significado
Ø Resíduos
Resíduos
são matérias resultantes de processo de produção, transformação, utilização ou
consumo, oriundos de actividades humanas ou animais, ou decorrentes de
fenómenos naturais, a cujo descarte se procede, se propõe proceder ou se está
obrigado a proceder.” (SILVA, 2003, p.48).
Ø Resíduos sólidos
Resíduos
sólidos são resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de
actividades da comunidade, de origem: industrial, doméstica, de serviços de
saúde, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Consideram-se também
resíduos sólidos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água,
aqueles gerados em equipamentos e instalações de controlo de poluição, bem como
determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento
na rede pública de esgotos ou corpo de água, ou exijam para isso soluções técnicas
e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. (ABNT,
1987).
2. Classificação de Resíduos Sólidos
Quadro
I:
Classificação dos Resíduos Sólidos
Fonte |
Tipo |
Exemplo |
Domésticos Residências,
- variável em função dos hábitos de consumo e do desenvolvimento dos cidadãos |
Não perigoso |
Papéis;
jornais Embalagens de plástico e de metal, Restos alimentar; resíduos de
jardinagem |
Perigoso |
Pilhas;
baterias; lâmpadas fluorescentes Escritórios serviços administrativo: papéis. |
|
Comércio e serviços Estabelecimentos
de serviço Público |
Não perigoso |
Hotéis
e restaurantes: Restos de comida Supermercados e lojas: Embalagens de cartão |
Público Actividade
humana no espaço público |
Não perigoso |
Varrimento
de ruas e áreas de uso público: Papéis, putrescíveis, plásticos, Excrementos
animais Recolha de entulhos de obras: Inertes Mercados: resíduos verdes e
alimentos. |
Industrial Industriais
Banais -
(equiparados a urbanos) Industriais
Perigosos |
Não perigoso |
Têxtil/Calçado:
Restos tecidos, couro, borracha, filme e cartão Alimentar: orgânicos
putrescíveis |
Perigoso |
Regeneração
de óleos; processos hidro metalúrgicos de metais não Ferrosos Indústria
electrónica; resíduos contendo mercúrio. |
|
Hospitalar Equiparados
urbanos – Grupo I Não perigosos – Grupo II Risco
biológico – Grupo III Específicos
– Grupo IV |
Não perigoso |
Papéis
usados; restos alimentares Resíduos
não contaminados e sem vestígios de sangue |
Perigoso |
Contaminados
ou suspeitos de contaminação Resíduos
de incineração obrigatória. |
Fonte:
(ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, aterro sanitário).
3. Importância da classificação dos resíduos
A variabilidade de substâncias e
materiais que compõem os resíduos demarcam a sua heterogeneidade e complexidade
de gestão. Conhecendo as suas características é possível avaliar que potencial
de aproveitamento dispõem e as consequências resultantes do seu
desaproveitamento. Uma análise do Ciclo de Vida dos mesmos permite aferir
qualitativamente e quantitativamente as consequências – positivas ou negativas
- que imputam ao Ambiente.
Actuar
no sentido da valorização dos resíduos urbanos implica necessariamente a sua
distinção (caracterização), podendo esta ser mais ou menos abrangente em
conformidade com os objectivos que se pretendam alcançar e o tipo de resíduos
que se pretende gerir.
4. Formas de tratamentos e
Destinação dos Resíduos Sólidos
A proposta de um modelo de gestão e de
gerenciamento de resíduos sólidos exige o conhecimento das distintas formas de
tratamento e destinação final de resíduos. O tratamento ou a “industrialização
dos resíduos” envolve um conjunto de actividades e processos com o objectivo de
promover a reciclagem de alguns de seus componentes, como o plástico, o
papelão, os metais e os vidros, além da transformação da matéria orgânica em
composto, para ser utilizado como fertilizante e condicionador do solo, ou em
polpa para a utilização como combustível.
Segundo
JARDIM (1995), as vantagens são de ordem
ambiental e económica. No caso dos benefícios económicos, a redução de custos
com a disposição final é a vantagem económica que mais sobressai. Dentre os
factores que recomendam o tratamento dos resíduos pode-se citar:
ü A
escassez de áreas para a destinação final dos resíduos;
ü A
disputa pelo uso das áreas remanescentes com a população de menor renda;
ü A
valorização dos componentes do lixo como forma de promover a conservação de
recursos;
ü A
economia de energia;
ü A
diminuição da poluição das águas e do ar;
ü A
inertização dos resíduos sépticos;
ü A
geração de empregos, através da criação de indústrias recicladoras.
a) Reciclagem de resíduos sólidos
A
reciclagem é uma actividade económica, que deve ser vista como um elemento
dentro do conjunto de actividades integradas no gerenciamento dos resíduos, não
se traduzindo, portanto, como a principal "solução" para o lixo, já
que nem todos os materiais são técnica ou economicamente recicláveis.
Segundo
REINFELD (1994), a reciclagem não é nova,
pois os comerciantes de sucata, com suas carrocinhas andando pelos arredores
das cidades em busca de materiais para serem reciclados, mostram uma actividade
de reciclagem já muito praticada.
Não
obstante, alguns produtos podem ser produzidos a partir do reaproveitamento
quase que integral do material antigo, ou parte dele, conforme a sua
especificação. O alumínio e o vidro são exemplos desse caso, principalmente
quando esse último é separado em cores diferenciadas.
Um dos caminhos para a segregação
dos materiais recicláveis é a colecta selectiva, que consiste na separação de
papéis, plásticos, metais e vidros na fonte geradora, sendo esses materiais
posteriormente classificados por categoria e encaminhados às indústrias
recicladoras (AMAZONAS, 1992).
A
colecta selectiva pode ser realizada nos domicílios, por veículo de carroceira
adaptada, com frequência semanal, ou através de Postos de Entrega Voluntária
(PEVs), mediante a instalação de caçambas e contentores de cores diferenciadas,
em pontos estratégicos, onde a população possa levar os materiais segregados,
KIEHL
(1979), define compostagem como sendo um
processo de transformação de resíduos orgânicos em adubo humificado.
Dois
estágios podem ser identificados nessa transformação: o primeiro é denominado
digestão, e corresponde à fase inicial da fermentação, na qual o material
alcança o estado de bio estabilização e a decomposição ainda não se completou.
Porém, quando bem caracterizada, a digestão permite que se use o composto como
adubo, sem o risco de causar danos às plantas. O segundo estágio, mais longo, é
o da maturação, no qual a massa em fermentação atinge a humificação, estado em
que o composto apresenta melhores condições como melhorador do solo e
fertilizante.
O
produto final da compostagem, denominado composto, é definido como sendo um
adubo preparado com restos de animais e/ou vegetais. Esses resíduos, em estado
natural, não têm nenhum valor agrícola; no entanto, após passarem pelo processo
de compostagem, podem transformar-se em excelente adubo orgânico (Idem, 1979).
A
prática de empilhar resíduos e atear fogo ao ar livre é um costume que vem de
vários séculos. Esta actividade visava principalmente evitar que a parcela
orgânica do lixo entrasse em decomposição, propagando vectores como ratos,
baratas, moscas, além do mau-cheiro.
Com
o crescimento das cidades e o estabelecimento dos serviços de colecta do lixo
esta prática tornou-se inadequada, devido aos incómodos causados às vizinhanças
e aos danos provocados ao meio ambiente. Entretanto, é bastante comum verificar
nos dias de hoje a adopção deste procedimento, principalmente na zona rural e
na periferia das cidades, onde os serviços de colecta de resíduos se mostrem
deficientes (LIMA, 1986).
Já
há algum tempo, principalmente nas grandes metrópoles, em que a existência de
áreas para a construção de aterros sanitários é cada vez mais escassa, a
incineração vem sendo apontada como uma das alternativas de tratamento de
resíduos sólidos.
A incineração de resíduos consiste na sua
combustão, controlada através de equipamentos especiais denominados
incineradores; ela é considerada um método de tratamento de resíduos sólidos,
semi-sólidos e líquidos.
4.1
Disposição final de resíduos sólidos
Segundo
a Associação Brasileira de Normas Técnicas, aterro sanitário de resíduos
sólidos urbanos, consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos
no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando
os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar
os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume
permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada
de trabalho ou a intervalos menores se for necessário (ABNT, 1984).
A aplicação desse processo é difundida
em quase todo o mundo, por se apresentar como a solução mais económica, quando
comparada a outros processos (compostagem e incineração, por exemplo), que
exigem grandes investimentos para a construção e para a manutenção da estrutura
técnico-administrativo de operação (LEITE, 1991).
Embora
em alguns casos a compostagem e a incineração tornem-se viáveis economicamente,
como é o caso das grandes cidades, deve-se ressaltar que tais métodos não
descartam a existência de aterros sanitários em suas proximidades, uma vez que
esses sistemas produzem resíduos de processo que não são aproveitáveis, ou
ainda por factor de segurança, na ocorrência de imprevistos que paralisem as
instalações.
VoGrupo
1. Poluição Ambiental
Pode-se considerar o
homem como o responsável por uma poluição ambiental de formas tão variadas que
uma simples enumeração dos factores individuais se torna impossível. As fontes
de emissão de poluentes primários e dos componentes secundários podem ser as mais
variadas possíveis.
2. Breve Abordagem Histórica da Poluição Ambiental
A
relação homem-natureza ao longo da história da civilização humana se
desenvolveu de modo a (i) satisfazer suas necessidades básicas (alimentação,
defesa, vestuário etc.); (ii) descobrir e explorar as riquezas oferecidas pela
natureza para satisfazer essas necessidades; (iii) transformá-la de maneira a
atender os interesses das colectividades, organizando a vida social (FARIAS,
2010:3).
As
forças económicas foram as principais responsáveis pelo desenvolvimento e
progresso. Inicialmente, as necessidades económicas consistiam na exploração
desenfreada dos bens extraídos da natureza. A economia impulsionou o contacto
entre as antigas colectividades ou cidades, introduzindo novos padrões de
necessidades humanas.
Segundo
FARIAS (2010:3), a Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII é
marcada pelo surgimento do sistema capitalista que tem como principais
características (i) a produção em série; (ii) o acúmulo de capital; e (iii) o
trabalho assalariado.
Para
CAVALCANTE & TIUJO (2012), a Revolução
Industrial é um marco na história da humanidade, pois alterou a técnica
produtiva, ou seja, os produtos deixaram de ser produzido a mão e passaram a
ser produzido por máquinas, que permitiu uma produção em massa.
Concomitantemente, foi a partir da revolução industrial que a poluição passou a
constituir um problema para a humanidade. O grau de poluição aumentou muito com
a industrialização e urbanização, e a sua escala deixou de ser local para se
tornar planetária.
3. Tipologia
de Poluição
Segundo
AMORIM, os tipos de poluição podem ser:
A
atmosfera pode ser considerada como um local onde, permanentemente, ocorrem
reacções químicas. Ela absorve uma grande variedade de sólidos, gases e
líquidos provenientes de fontes, tanto naturais como industriais, que se podem
dispersar, reagir entre si, ou com outras substâncias já presentes na
atmosfera.
Para
PENA, argumenta que a poluição atmosférica envolve a poluição do ar em geral,
causada principalmente pela emissão de poluentes tóxicos pelas chaminés das
fábricas e também pelo escapamento dos veículos. A queima de combustíveis
fósseis, tais como o petróleo e seus derivados, além do carvão mineral, é o
principal causador desse tipo de poluição.
Fontes
de Poluição Atmosférica
A poluição atmosférica pode ser de origem natural ou
antrópica. A poluição natural é causada por processos naturais, devido a
fenômenos biológicos e geoquímicos. Entre as fontes naturais, estão o solo, a vegetação
por meio da polinização, os oceanos pela evaporação da água salina, os vulcões
e fontes naturais de líquidos, gases e vapores, assim como descargas elétricas
atmosféricas, entre outros. A poluição antrópica é provocada pela ação do homem
pela interferência nas condições naturais do planeta. É originada de atividades
industriais, atividades de locomoção e transporte, geração de energia, entre
outras
(RUPPENTHAL, 2014:68)..
a)
Consequências
da Poluição Atmosférica
Como afirma SANTOS (2002: 98), entre as mais graves
conseqüências da poluição atmosférica, podemos citar a chuva ácida, o efeito
estufa e a diminuição da camada de ozônio.
Ainda autor supramencionado acrescenta que, a chuva
será considerada ácida quando tiver um pH inferior a 5,0, ocorrendo não apenas
sob a forma de chuva, mas também como neve, geada ou neblina.
Decorre da queimada de combustíveis fósseis,
produzindo gás carbônico, formas oxidadas de carbono, nitrogênio e enxofre.
Esses gases, quando liberados para a atmosfera, podem ser tóxicos para os
organismos. O dióxido de enxofre provoca a chuva ácida quando se combina com a
água presente na atmosfera, sob a forma de vapor. As
gotículas de ácido sulfúrico resultantes dessa combinação geram sérios danos às
áreas atingidas. Além dos sérios danos ao meio ambiente natural, as chuvas
ácidas também constituem séria ameaça ao patrimônio cultural da humanidade,
corroendo as obras talhadas em mármore, que por ser uma rocha calcária,
dissolve-se sob a ação de substâncias ácidas.
Para RUPPENTHAL (2014: 94), a poluição hídrica diz respeito às alterações que ocorrem nas características
físicas, químicas e/ou biológicas das águas, constituindo prejuízo à saúde, à
segurança e ao bem estar da população. Isso implica no comprometimento da fauna
e da utilização das águas para fins recreativos, comerciais, industriais e de geração
de energia .
Na
perspectiva de PENA, a poluição ambiental caracteriza-se pela degradação dos
recursos hídricos, resultando na poluição de lagos, rios, córregos e também dos
mares e oceanos.
Pode-se
afirmar que quando se fala de poluição hídrica refere-se ao lançamento de
dejectos humanos em rios, lagos e mares e por sua vez promove o aumento da
quantidade de nutrientes no ambiente aquático por consequente leva à ocorrência
da eutrofização.
Quando se fala em
poluição das águas, devem ser abrangidas não só as águas superficiais como
também as subterrâneas.
a)
Poluição
das águas superficiais
De acordo com RUPPENTHAL
(2014:95), a poluição das águas superficiais pode ser
classificada quanto às fontes, em pontuais ou difusas, em função das formas nas
quais os poluentes podem alcançar os mananciais. As fontes pontuais são aquelas
que possuem um local determinado de lançamento na água, como as tubulações de
esgotos domésticos e industriais ou de galerias de águas pluviais.
As fontes difusas
caracterizam-se por não apresentarem um ponto específico de descarga dos
poluentes na água, como exemplo, águas de escoamento superficial, drenagem de
sistemas de irrigação e infiltração, a partir do lançamento de resíduos sólidos
e líquidos no solo e lançamentos aleatórios de detritos na água.
b)
Poluição
das águas subterrâneas
A infiltração de água
contaminada pode causar a poluição de mananciais subterrâneos.Como afirma RUPPENTHAL (2014: 95), estas águas
podem originar-se de fossas sépticas, líquidos percolados em depósitos de lixo
(chorume), esgotos lançados no solo, sistemas de irrigação com águas servidas,
drenagem de áreas irrigadas com pesticidas e fertilizantes, injeção de resíduos
líquidos, domésticos ou industrias no subsolo, vazamento de tubulações e
depósitos subterrâneos, infiltração de águas superficiais poluídas.
conforme estabelece o Decreto n. 28.687/82, art. 72
citado por SANTOS (2002: 99) , poluição do solo e do subsolo consiste na
deposição, disposição, descarga, infiltração, acumulação, injeção ou
enterramento no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes, em
estado sólido, líquido ou gasoso.
Poluição
dos solos ocorre através da contaminação ou poluição generalizada dos solos,
afectando as actividades económicas e também o ambiente ao seu redor.
A degradação do solo pode dar-se por: desertificação,
utilização de tecnologias inadequadas, falta de práticas de conservação de água
no solo, destruição da cobertura vegetal. Já a contaminação dos solos dá-se
principalmente por resíduos sólidos e líquidos, águas contaminadas, efluentes
sólidos e líquidos, efluentes provenientes de atividades agrícolas, etc.
Segundo CETESB, em definição citada por SANTOS (2002:
99) “poluição sonora é a produção de
sons, ruídos ou vibrações em desacordo com as precauções legais, podendo
acarretar problemas auditivos irreversíveis, perturbar o sossego e a
tranqüilidade alheias”.
A poluição sonora pode causar ainda mau humor, doenças
cardíacas e, conseqüentemente, queda na produtividade física e mental.
A
poluição sonora é comum nos ambientes urbanos ou em grande aglomerações de
pessoas que geram um excessivo barulho, principalmente no trânsito,
equipamentos de construção e outros.
Fonte de Poluicao Sonora
Esse tipo de poluição tem
como causas principalmente o barulho de automóveis, aviões, obras, gritarias,
etc., podendo ser mais ou menos nociva, conforme sua duração, repetição e intensidade
(em decibéis) (SANTOS, 2002: 99). Aliás, ultimamente temos observado que a
imprensa em geral tem dado atenção às reclamações das pessoas com referência
aos ruídos ou barulhos principalmente em bares, casas noturna, o que torna as
pessoas expostas a todas as formas de barulho.
A poluição sonora dá-se per meio do ruído que é o som
indesejado, sendo considerada uma das formas mais graves de agressão ao homem e
ao meio ambiente.
Poluição
visual trata-se da degradação do ambiente natural ou artificial que provoca
incómodo visual (SANTOS, 2002:100).
Quando
aborda-se a questão da poluição visual olha-se na questão da colagem o
excessivo de outdoors, propagandas, cartazes, deixando assim a cidade suja ou
por outra poluída.
Fonte de poluição Visual
Como
afirma SANTOS (2002:100), o excesso de outdoors, propagandas, cartazes etc.,
faz com que a cidade fique visualmente poluída, pois estes além de deixarem a
cidade feia, ainda a torna cada vez mais suja, devido aos papéis que são
jogados na rua. Deve-se observar ainda que a gravidade deste tipo de poluição
será ainda maior se o bem lesado for um bem tombado.
Apesar
de ser aparentemente não agressiva, a poluição visual pode intensificar ou
gerar o stress, além de tornar o ambiente menos confortável para a ocupação
humana. Em período eleitoral, esse problema estende-se ao máximo, embora leis
recentes tenham sido elaboradas para atenuar esses efeitos.
Radiação é o efeito químico proveniente de ondas e
energia calorífera, luminosa, etc. Existem três tipos de radiação: raios alfa e
raios beta, que têm a absorção mais fácil, e raios gama, que são muito mais
penetrantes que os primeiros, já que se tratam de ondas eletromagnéticas. O
contato contínuo à radiação causa danos aos tecidos vivos, tendo como
principais efeitos a leucemia, tumores, queda de cabelo, diminuição da
expectativa de vida, mutações genéticas, lesões a vários órgãos etc (SANTOS,
2002:100).
Assim, poluição radioativa é o aumento dos níveis
naturais de radiação por meio da utilização de substâncias radioativas naturais
ou artificiais.
A poluição radioativa tem como fontes as substâncias
radioativas naturais que são as substâncias que se encontram no subsolo, e que
acompanham alguns materiais de interesse econômico, como petróleo e carvão, que
são trazidas para a superfície e espalhadas no meio ambiente por meio de
atividades das mineradoras, principalmente (SANTOS, 2002:100). E as substâncias
radioativas artificiais, as que não são radioativas, mas que nos reatores ou
aceleradores de partículas são “provocadas”.
4.
Impacto Ambiental
Segundo
a Resolução CONAMA nº 01/1986 citado por PEREIRA (2012:42),
considera-se impacto ambiental qualquer alteração nas propriedades físicas, químicas
e biológicas do ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetem: a saúde, a segurança e o
bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições
estéticas e sanitárias do ambiente e a qualidade dos recursos ambientais.
Os
impactos das actividades estão relacionados à suas necessidades de existência,
que absorve, transforma e produz resíduo. A magnitude dessa relação no espaço
depende das questões culturais, de consumo de produtos mais ou menos
industrializados, com ou sem embalagens descartáveis e não descartáveis, assim
por diante.
A gestão de impactos
ambientais é de suma importância para a evolução do novo modelo econômico que
está moldando o cenário empresarial do mundo capitalista (CAJAZEIRA, 1997
citado por RODRIGUES).
O desenvolvimento que as organizações empresariais estão procurando se
enquadrar, é o modelo guiado pelo tripé da sustentabilidade, que busca atrelar
interesses sociais, ambientais e econômicos (MAIA, 2002 citado por RODRIGUES
).
Ao passo, que o mesmo autor,
considera que há necessidade de imposição de novos arranjos para os fluxos de
energia e materiais em sistemas industriais, tendo como princípios básicos a
busca de integração das atividades econômicas e a redução da degradação
ambiental.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
1. A Avaliação do Impacto Ambiental (AIA)
O impacto ambiental é um desequilíbrio
provocado pelo choque da relação do homem com o meio ambiente (SÁNCHEZ, 2006).
A
Avaliação de Impacto de Ambiental,
em princípio, é a abordagem sistemática utilizada na identificação e avaliação
dos impactos positivos e negativos que podem surgir a partir da implementação
de projectos, planos, programas ou políticas sobre o meio ambiente,
contemplando seus componentes físicos, biológicos e socioeconómicos (GILBUENA et
al. 2013).
Para
o grupo, avaliação de impactos ambientais – AIA, tem por finalidade a
identificação, a predição, a interpretação, a prevenção, a correcção e a
ponderação dos impactos ambientais que um projecto ou actividade produziria no
caso da sua realização, com a possibilidade de evitar ou reduzir os níveis
aceitáveis.
2. Etapas de Avaliação de Impacto Ambiental
Desse
modo, a AIA tem como objectivo principal o de prevenir e minimizar as
alterações ambientais e sociais que podem vir a ocorrer com a implementação de
determinada actividade ou projecto, pois é um instrumento de previsão de
impactos (CLAUDIO, 1987).
Pode-se
dividir o processo de AIA em três etapas, cada uma delas agrupando diferentes
actividades:
a) A etapa inicial;
b) a etapa de análise detalhada e c)
a etapa de pós-aprovação, no caso de a
decisão ter sido favorável à implantação do empreendimento.
a)
As etapas iniciais: visam determinar
a necessidade de uma avaliação detalhada dos impactos ambientais de uma futura
acção, e, caso necessário, definir o alcance e a profundidade desses estudos.
As actividades que utilizam recursos ambientais ou que tenham o potencial de
degradar a qualidade ambiental, devem obter previamente uma autorização
governamental, sem a qual não possuem permissão para funcionar. Dentre esse,
nos casos em que houver o potencial de ocorrência de impactos ambientais
significativos, será exigido a apresentação de um estudo de impacto ambiental
(EIA) (SÁNCHEZ, 2008).
Quando
determinada actividade tem o potencial de causar impactos significativos, aplica-se a fase de análise detalhada.
Esta é composta de uma série de actividades, iniciando-se com a determinação do
conteúdo do EIA até sua aprovação ou não. Finalmente, caso o empreendimento seja implantado, a AIA
continua, por meio da aplicação das medidas de gestão preconizadas no estudo de
impacto ambiental e do monitoramento dos impactos reais causados pela
actividade (SÁNCHEZ, 2008).
A
Avaliação do Impacto Ambiental representa um processo sistemático que examina
com antecedência as consequências ambientais das acções do projecto. A ênfase
da AIA é na prevenção, sendo de natureza mais proactiva do que reactiva.
O processo de AIA
envolve uma série de passos, que estão listados abaixo (NPTEL,
n.d.; OGOLA, 2007; SÁNCHEZ, 2008; VILLASBOAS, 2003; GALLARDO et al. 2016):
Apresentação da proposta; Etapa de triagem ou screening; Determinação do escopo
do EIA ou scoping; Elaboração do EIA; Análise Técnica do EIA; Consulta Pública;
Decisão e Monitoramento e Gestão Ambiental e Acompanhamento.
Ø Apresentação da proposta:
o primeiro passo do processo de licenciamento é a apresentação da proposta de
um projecto para análise por parte do órgão licenciador. Nesta etapa, deve-se
descrever a iniciativa em linhas gerais, informando sua localização e outros
detalhes relevantes.
Ø Triagem (Screening):
esta etapa é realizada para determinar se a proposta deve ser sujeita ao
processo de AIA e, em caso afirmativo, a que nível de detalhe. Envolve o
julgamento acerca dos impactos esperados da proposta sobre o meio ambiente, com
a finalidade de determinar se são ou não significativos.
Ø Determinação do escopo do Estudo de
Impacto Ambiental (Scoping): o objetivo da AIA é
não realizar estudos exaustivos sobre todos os impactos ambientais para todos
os projetos. Desse modo, deve-se determinar a abrangência e o escopo dos
estudos, a fim de identificar as questões-chave de interesse em um estágio
inicial no processo de planejamento (AHMED; SAMMY, 1987 apud OGOLA, 2007). O
resultado desta etapa irá fornecer um Termo de Referência (TR), que fornece as
diretrizes para a elaboração do EIA. Usualmente é elaborado por alguns órgãos ambientais
com a finalidade de fixar um conteúdo mínimo ao EIA definindo seu assunto,
abrangência, métodos e estabelecendo sua estrutura.
Ø Elaboração do EIA:
Esta etapa busca uma abordagem dirigida dos estudos ambientais, cujo objetivo é
levantar dados que serão realmente utilizados na análise dos impactos do
ambiente e que serão úteis para a tomada de decisão.
Ø Análise técnica do EIA:
Após a elaboração do EIA, os estudos devem ser analisados por uma equipe
técnica de terceiros, normalmente a do órgão licenciador, que irão verificar se
o estudo descreve adequadamente o projeto e seus impactos, e se as medidas
mitigadoras propostas são suficientes para atenuar os impactos negativos. Além
disso, devem verificar a conformidade do EIA com os termos de referência e a
legislação pertinente.
Ø Consulta pública:
a participação pública, na forma de Audiências Públicas, é uma etapa
obrigatória, como requisito legal para aprovação do EIA e consequente obtenção
da Licença Prévia (LP). Existem outras formas de consultas ao público, que
ocorrem de forma voluntária por parte do proponente do projecto, e tem o
objectivo de envolver a comunidade em todas as etapas da AIA.
Ø Decisão:
Três são as possíveis decisões a serem tomadas: (i) a não autorização do
empreendimento; (ii) a aprovação incondicional; ou (iii) aprovação com
condicionantes.
Pode-se
ainda solicitar modificações ou complementação dos estudos realizados. Essa
decisão final pode ser tomada pela autoridade ambiental, ou pela autoridade da
área de tutela à qual se subordina o empreendimento ou ainda pelo governo.
Ø Monitoramento e Gestão Ambiental e
Acompanhamento: Esta etapa visa monitorar o plano de
gestão proposto pelo EIA, a fim de assegurar sua implementação satisfatória.
Várias ferramentas de gerenciamento podem ser aplicadas nessa fase, tais como
acompanhamento, inspeções e auditorias, contribuindo para avaliar na prática os
impactos que foram previstos e gerir eficazmente os projetos de mitigação
desses impactos (PERDICOÚLIS et al. 2012 apud GALLARDO et al. 2016).
3. Componentes de Avaliação de Impacto Ambiental
De
acordo com Decretos n° 45/ 2004 são componentesda AIA:Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Estudo ambiental
Simplificado (EAS):
Ø Estudo de Impacto Ambiental (EIA):
é a componente do processo de avaliação do impacto ambiental que analisa
técnica e cientificamente as consequências da implantação de actividades de
desenvolvimento sobre o ambiente. O EIA é um documento de carácter
independente, devendo conter toda informação necessária para a avaliação de
impacte ambiental, na qual se inclui a consulta do público.
Ø Estudo ambiental Simplificado
(EAS): é a componente do processo de avaliação do impacto
ambiental que analisa técnica e cientificamente as consequências da implantação
de actividades de desenvolvimento sobre o ambiente, para actividades
classificadas como sendo de categoria B.
De acordo com SÁNCHEZ,
(2006), O EIA constitui, assim, um esforço para:
Ø Determinar
a forma como as acções antrópicas modificam as entidades que rodeiam o ser
humano (e em que condições) e a sua própria dinâmica;
Ø Estabelecer
critérios para avaliar o interesse de tais mudanças;
Ø Minimizar
algumas consequências através da optimização da técnica e dos métodos de
gestão.
4. Conteúdos de Avaliação de Impacto de Ambiental
Os
conteúdos mínimos da avaliação do impacto ambiental são:
Ø Caracterização do empreendimento
Segundo
AMORIM (2009:47), para cada uma das fases (planeamento, implantação, operação e
desactivação): Objectivos e justificativas do projecto, sua relação e
compatibilidade com as políticas sectoriais, planos e programas governamentais;
A descrição do projecto e suas alternativas tecnológicas e locacionais,
especificando: área de influência, matéria-prima, mão-de-obra, fontes de
energia, processos e técnica operacionais, prováveis efluentes, emissões,
resíduos de energia, geração de empregos.
Ø Área de Influência: Limitação
geográfica das áreas: directamente afectada e indirectamenteafectada; Sempre
considerar a bacia hidrográfica onde se localiza o empreendimento como unidade
básica para a AIA; Apresentar justificativas para a determinação das AI’s;
Ilustrar através de mapeamento.
Ø Diagnóstico Ambiental da Avaliação
do Impacto
Segundo IBAMA (1995),” O Diagnóstico
Ambiental é uma ferramenta base de suporte, que consiste num levantamento da
situação e percepção dos componentes ambientais de uma determinada área, com
vistas à verificação da conformidade legal, com indicação de medidas
preventivas e correctivas, se for o caso.
De
acordo com AMORIM (2009:49), Caracterização actual do ambiente natural, ou
seja, antes da implantação do projecto, considerando:
Ø As
variáveis susceptíveis de sofrer directa ou indirectamente efeitos em todas as
fases do projecto;
Ø Os
factores ambientais físicos, biológicos e antrópicos de acordo com o tipo e porte do empreendimento;
Ø Informações
cartográficas com as AI’s em escalas compatíveis com o nível de detalhamento
dos factores ambientais considerados.
5. Caracterização da Situação de Referência
A
caracterização da situação de referência refere-se a um conjunto de trabalhos
que tem como objectivo o levantamento arqueológico e patrimonial de uma
determinada área. Inclui uma fase de pesquisa prévia e uma fase de prospecção
arqueológica que conduzem à produção de um relatório final referentes aos
trabalhos realizados, onde será feita a avaliação sumaria das ocorrências
patrimoniais eventualmente identificadas e a sua hierarquização, de acordo com
a sua importância científica e patrimonial. A caracterização da situação de
referência, em termos de licenciamento de obras, constitui uma medida
necessária à definição das condicionantes a impor ou à exclusão quando o
relatório final informa sobre inexistência de bens patrimoniais de valor
significativos.
De
acordo com AMORIM, (2009:15), na caracterização da situação de base, muitos
componentes ambientais podem ser de interesse:
Ø Água:
Quantidade, qualidade acesso, sazonalidade;
Ø Solos:
Erosão, produtividade da cultura, salinidade, nutrientes;
Ø Flora:
Composição e densidade da vegetação natural produtividade, espécies chave;
Ø Fauna: Populações,
habitat; Ecossistemas Especiais;
Ø Saúde:
Vectores de Doença, Patogenias.
6. Caracterização do Projecto do Estudo do Impacto Ambiental
“Um
projecto é um empreendimento planeado que consiste num conjunto de actividades
inter-relacionadas e coordenadas, com o fim de alcançar objectivos específicos
dentro dos limites de um orçamento e de um período de tempo dados.” (ONU,
1984).
No
que se refere as características da apresentação do projecto em AIA, ressaltar
que o projecto apresenta as seguintes características:
Ø
LocalizaçãoFísica
e Geográfica;
Ø Identificação
da fase em que se encontra;
Ø Identificação do proponente do projecto;
Ø Identificação
da entidade licenciadora ou competente para a autorização;
Ø Identificação
do coordenador e dos responsáveis técnicos pelo EIA ou por cada factor
ambiental e a indicação do período da sua elaboração;
Ø Identificação
da metodologia e descrição geral da estrutura do EIA (referenciando o plano
geral ou índice do EIA).
Ø Identificação
e Descrição dos antecedentes do projecto.
Ø Verificação
da sua conformidade com os instrumentos de gestão territorial existentes e em
vigor, com planos sectoriais, enquadrando-o ao nível municipal, supra
municipal, regional ou nacional.
6.1.
Caracterização do Ambiente Afectado pelo Projecto
De
acordo com FIGUEIRA et al (2013), Caracterização do ambiente afectado na área
de influência do projecto, nas escalas adequadas, quanto a:
Ø Clima;
Ø Geologia,
Geomorfologia e Recursos Minerais;
Ø Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos.
Ø Qualidade
do Ar; Ambiente Sonoro;
Ø Fauna, Flora, Vegetação Habitats e Biodiversidade;
Ø Solo
e Capacidade de Uso do Solo; Ordenamento do Território;
Ø Socioeconómica;
Património Cultural, Paisagem; Análise de Risco, FERREIRA at el (2013).
7. Importância da Avaliação do Impacto Ambiental nas Obras de
Engenharia
De
acordo com SIMONETTI (2010:278)
Algumas
medidas podem ser tomadas de forma a evitar ou minimizar os impactos gerados
por construções. Podemos utilizar novos materiais ou simplesmente organizar o
canteiro de obras para que os resíduos da construção sejam menores e não tenham
um grande impacto, já que os materiais da construção civil não são renováveis.
Na
perspectiva de QUEIROZ (2012), Chama-se de Construção Civil ao conjunto
de actividades, no campo da engenharia, cuja finalidade é a realização material
e intencional de planos do homem para, segundo suas necessidades, adaptar a
natureza a si ou adaptar-se a ela, através de obras de construção.
De
acordo com AMORIM (2009:56-57-58), Os empreendimentos tendem a gerar
significativos impactos ambientais e são, em grande parte, obras de engenharia,
tais como:
·
Estradas de rodagem com duas ou mais
faixas de rolamento;
·
Rodovias e Ferrovias; são estruturas
complexas que tem como objectivo principal servir como via de transporte
terrestre para pessoas e cargas. Uma rodovia pode ser classificada como uma
obra de engenharia composta por uma pista e obras de arte.
·
Portos e terminais de minério, petróleo
e produtos químicos;
·
Aeroportos, conforme definidos pelo
inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18 de Setembro de 1966;
·
Extracção de combustível fóssil
(petróleo, xisto, carvão);
·
Extracção de minério, inclusive os da classe
II, definidas no Código de Mineração;
·
Aterros sanitários, processamento e
destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
·
Complexo e unidades industriais e
agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de
álcool, hulha, extracção e cultivo de recursos hídricos);
VIIoGrupo
1.Tecnologia Ambiental
Tecnologia
é o conjunto de saberes inerentes ao desenvolvimento e concepção dos
instrumentos (artefactos, sistemas, processos e ambiente) criados pelo homem
através da história para satisfazer as necessidades e requerimentos pessoais e
colectivos VERASTO (2009:38).
Na
perspectiva de KUER(2007:10)a tecnologia ambiental é uma tecnologia que surgiu
para satisfazer as exigências por tecnologias que combinassem o meio ambiente
com os processos, em termos de conservação dos recursos naturais.
Para
BIN e PAULINO (2004)fazem a classificação das tecnologias ambientais:
·
Tecnologias
ambientais limpas: que são as resultam em novos produtos
ou processos que previnem os impactos ambientais. Para o mesmo autor enfatiza
que as tecnologias mais limpas ou de conservação da poluição que diz respeitos
as modificações empreendidas para minimizar ou até mesmo eliminar qualquer
efeito prejudicial que um processo possa gerar no meio ambiente.
·
Tecnologias
ambientais finais de círculo: que são aquelas que
servem para remediar os impactos ambientais já existentes ou se chama de
tecnologia de controlo da poluição a qual engloba o conjunto de processos e
materiais os quais foram desenvolvidos para neutralizar os impactos gerados
durante o ciclo produtivo, não implicando, necessariamente, modificações nos
processos originais.
·
Tecnologias
ambientaisde impacto nulo: são aquelas que de facto não
geram impacto algum ao meio ambiente durante seu processo de desenvolvimento e
utilização.
2. Ecoprodução
A Eco Produção é uma empresa que fabrica
e comercializa tijolos ecológicos. Através de seus produtos, de suas relações
com consumidores, colaboradores, sociedade, mercado e meio ambiente, a Eco
Produção foi constituída para ser a solução em fabricação de casas
ecologicamente correctas.
Na
perspectiva de NOVA (1994:18) infatiza que:
A
eco-produção e de extrema importância no meio ambiente visto que essa
tecnologia ambiental inviabiliza na Redução de uso de madeiras dando
sustentabilidade do próprio recurso. O uso de madeira para produção de tijolo
depende da queima de milhares de lenhas queimando em fornos e contribuindo demasiadamente
com o aquecimento global e com desmatamentos.
3.Gestão ambiental baseada no Geoprocessamento
Segundo MOURA, (2003:24) salienta que:
Geoprocessamento
é o conjunto de técnicas computacionais relacionadas com a colecta,
armazenamento e tratamento de informações espaciais ou georreferenciadas, para
serem utilizadas em sistemas específicos a cada aplicação que, de alguma forma,
se utiliza do espaço físico geográfico. Estes sistemas podem ser: SIG, GPS, Idem.
O
Ministério do Meio Ambiente utiliza essa tecnologia nos estudos técnicos que
desenvolve, procurando estar sempre actualizado em relação aos avanços
científicos nas áreas de obtenção, processamento e difusão de dados
espaciais.
Segundo
OLIVEIRAet al. (2008):
Com
a intensificação do uso dos recursos naturais em várias regiões, ampliaram-se
os riscos de degradação ambiental, principalmente a onde a capacidade de uso
destes recursos não vem sendo respeitada. O monitoramento desta degradação pode
ser realizado através das técnicas de tratamento de imagens que possibilitam
distinguir não só os tipos de impactos ambientais, mas também o grau de
degradação de uma determinada área.
3.1.Exemplos para aplicação do
Geoprocessamento
Desmatamento
pode ser acompanhado anualmente por meio do uso de imagens de satélite pelos
órgãos ambientais onde precisão da informação vai permitir avaliar o acréscimo
anual na quantidade de áreas desmatadas, e ainda identificar em qual o período
do ano o desmatamento é mais intenso.
De
acordo com TEIXEIRA e CASTRO (2003:19), A questão ambiental é actualmente uma
das grandes preocupações mundiais e está presente em praticamente em todas as
áreas, o que levou vários segmentos da sociedade a intensificar esforços
voltados à conservação do meio ambiente.
Uma
das ferramentas para Gestão ambiental é o SIG juntamente com GPS, que hoje é de
fundamental importância o seu emprego em estudos, controle e monitoramento
ambiental.
3.2.Geoprocessamento, GPS e SIG
Segundo
SILVA (2003), Geoprocessamento:
Representa
qualquer tipo de processamento de dados georreferenciados. Envolve técnicas e
conceitos de cartografia, sensoriamento remoto, e Sistema de Informações
Geográficas (SIG). De maneira sucinta, pode-se dizer que SIGs são ferramentas
que manipulam objectos (ou feições geográficas) e seus atributos (ou registros
que compõem um banco de dados) por meio de seu relacionamento espacial
(topologia).
O
GPS é uma peça imprescindível para funcionamento do SIG. Os dados e informações
obtidos no GPS são levados para o SIG, dando origem a novas informações que são
importantíssimas para tomadas de decisões para com meio ambiente.
Segundo
SILVA (2003), Gestão ambiental é um
aspecto funcional da gestão de uma actividade, que desenvolve e implanta
políticas e estratégias ambientais. O gerenciamento ambiental engloba estudos,
planeamento, controle e monitoramento ambiental.
É
vasta a aplicação do SIG na gestão ambiental, em ambientes antrópicos como
cidades e grandes centros urbanos, auxiliando como ferramenta essencial para
elaboração de projectos voltados a ocupações humanas, planeamento e
gerenciamento urbano, redes de infra-estrutura, e muitos outros, Idem.
Para
SILVA (2003) Enfatiza que:
A
utilização de um SIG torna-se uma ferramenta importante a ser usada na Gestão
de Bacias Hidrográficas, no Controle e Monitoramento Ambiental, na elaboração
de Estudos de Impactos Ambientais (EIA), Relatórios de Impactos Ambientais
(RIMA), Diagnóstico e Prognósticos Ambientais, Mapeamento Temático, Geomorfológico,
Pedológico, Geológico, Vegetacional, Hidrológico, etc., visto que pode
proporcionar, além do armazenamento de imagens e informações, o cruzamento
destes, permitindo assim uma visão mais ampla e precisa do local em estudo
4. Como utilizar o Geoprocessamento para minimizar os
impactos ambientais
De acordo com ROCHA (2007:28) salienta
que:
O
geoprocessamento é, basicamente, um sistema de sensoriamento e tratamento de
informações geográficas. A actividade é reproduzida através de softwares
específicos capazes de interpretar imagens e colectar dados de uma região,
podendo ser em imóveis urbanos ou rurais. Eles resultam em informações
espaciais que podem ser utilizadas na confecção de mapas, por exemplo.
A
metodologia do Geoprocessamento actualizou os sistemas da cartografia, como
análises minuciosas de planeamento urbano, comunicações, transporte, bem como
recursos naturais. Por isso, o Geoprocessamento tem sido cada vez mais
utilizado como uma ferramenta de combate a danos e impactos ambientais causados
pelo homem.
4.1.Métodos utilizados no
Geoprocessamento para minimizar os impactos ambientais
De
acordo com ROCHA (2007:32): salienta que:
Um
dos modelos propostos para averiguar os danos ambientais desenvolve-se a partir
de uma elaboração de mapeamento dos impactos ambientais. O método é baseado no
entendimento das características e dinâmicas do ambiente. Esse mapeamento
colabora para que o planeamento ambiental e processos de intervenção ecológica,
como projectos de engenharia, sejam sensivelmente calculados a fim de evitar
maiores danos.
Essa
metodologia para averiguar fragilidades ambientais ocorre por meio de duas
etapas. Em um primeiro momento, são realizados estudos acerca do relevo, solo,
geologia, vegetação, clima, entre outros. Logo após, todas as informações
colectadas são analisadas e geram uma síntese da fragilidade que o ambiente
possui.
Outro
modelo tecnológico é o Sistema de Informação Geográfico. É um instrumento de
elaboração electrónica que permite colecta, análise e representação de dados georreferenciados.
A utilização desse método é extremamente benéfica para constatar a organização
territorial de um todo. Com ele, pode-se mensurar os impactos ambientais
causados e obter novas interpretações de dados que justifiquem esses danos.
VIIIoGrupo
1. Tipos Territoriais da Protecção Ambiental
De acordo com NETO (2001:365) apud PAULINO (2010),
A área de protecção ambiental é, definida como
uma área em geral externa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de
atributos abióticos, bióticos ou culturais especialmente importantes para a
qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e em como objectivos
básicos proteger diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
A Área de protecção Ambiental é constituída por terras públicas ou
privadas e, respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas
normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em
uma área de protecção ambiental.
2. Instrumentos de planeamento ambiental
De acordo com FLORIANO (2004:45),
Planeamento Ambiental – Processo de organização do trabalho de uma equipe para
consecução de objectivos comuns, de forma que os impactos resultantes que
afectam negativamente o ambiente em que vivemos sejam minimizados e que os
impactos positivos sejam maximizados.
Visando uma
melhora da qualidade de vida humana, e dentro de uma ética ecológica, a
preservação de mananciais, qualidade de recursos hídricos, equilíbrio do ecossistema
e a manutenção de bancos de germoplasmas entram no conjunto de medidas em um
bom planeamento.
3. Principais Instrumentos de Planeamento Ambiental
Segundo ALMEIDA (2011), os instrumentos são:
·
Avaliação de Impacto Ambiental e
Relatório de Impacto Ambiental;
·
Planos de Manejo e de Gestão de Áreas
Protegidas;
·
Planos Directores Municipais;
·
Zoneamento ecológico económico;
Planeamento e gestão de áreas costeiras;
·
Licenciamento Ambiental.
3.1. Avaliação de Impacto Ambiental
Segundo SÁNCHEZ (2013), a Avaliação de
Impacto Ambiental tem sido vista como um “instrumento
de planeamento, isto é, como um instrumento de prevenção do dano ambiental e
como um procedimento definido no âmbito das políticas públicas, usualmente
associado a alguma forma de processo decisório, como o licenciamento
ambiental”.
Por exemplo, o processo de avaliação de
impactos ambientais pode ajudar a reduzir os custos e duração da implementação
do projecto, evitar custos de tratamento e o cumprimento das leis e
regulamentos ambientais obrigatórios. Uma AIA é, muitas vezes, exigida por lei
para grandes projectos de infra-estrutura, industriais ou propostas de
desenvolvimento urbano.
3.2. Licenciamento ambiental
O licenciamento
ambiental é instrumento importante para o desenvolvimento sustentável, pois,
com a sua aplicação, busca-se compatibilizar a implantação e operação das
actividades potencialmente modificadoras do meio ambiente com a preservação dos
recursos naturais, FRANCO etall (2002:50).
Segundo RUPPENTHAL, (2014). O objectivo do licenciamento
ambiental é regulamentar as actividades e os empreendimentos que utilizam os
recursos naturais e que podem causar degradação ambiental. É realizado em 3
partes: licença prévia, licença de
instalação e licença de operação.
1.
A
licença prévia é concedida na fase preliminar do
planeamento do empreendimento ou actividade. O Estudo de Impactos Ambientais
(EIA) pode ser exigido ou não.
2.
Oinício
da instalação do empreendimento ou actividade só
deve ocorrer após a expedição da licença de instalação.
3.
A
licença de operação é a que finalmente autoriza o
início das operações do empreendimento ou actividade objecto do projecto, após
a verificação do atendimento das condicionantes.
3.3. Fiscalização Ambiental
De acordo com
FRANCO etall (2002:52), a Fiscalização Ambiental tem como principal fundamento
actuar de forma educativa, orientando e alertando empreendedores quanto à
necessidade de compatibilização do desenvolvimento económico com a preservação
dos recursos naturais, objectivando garantir a sua própria existência
Com a finalidade
de conduzir o planeamento e a organização dos trabalhos de controle e de
fiscalização, no tocante ao uso adequado dos recursos naturais do Estado e ao combate
à poluição, tem como atribuições:
·
Identificar os principais problemas
ambientais do Estado e planejar, de forma integrada, as acções necessárias à
implantação das normas de controle;
·
Coordenar a aplicação dos dispositivos
da legislação relativos ao meio ambiente, resguardadas as atribuições legais e
regulamentares pertinentes a cada órgão e entidade do Grupo;
·
Estabelecer acções emergenciais
relativas a problemas ambientais de sua competência, que contribuam para a
obtenção de resultados imediatos, que possam evitar riscos iminentes de danos
ao ambiente. FRANCO etall (2002:52).
3.4. Zoneamento Ambiental
De acordo com
SANTOS & FERREIRA (2011:74), O zoneamento ambiental
é a divisão do território com o objectivo de indicar o uso adequado dos
recursos naturais para cada parcela. Por
exemplo: Exploração Mineral; Pesca; Uso especial.
A
acção da estrutura de FLORIANO (2004:35), O zoneamento ambiental pode ser
dividido em urbano e rural.
·
Planeamento
Físico Urbano – É representado pelo plano director
urbano municipal e pelos planos de parques e jardins, etc.
·
Planeamento
Físico Rural – É um plano com a classificação para uso
dos solos. Actualmente, fala-se em plano director rural municipal e alguns
municípios começam a realizar, mas é mais comum o planeamento de propriedades
rurais e unidades de conservação.
3.5. Zoneamento
Ecológico-Económico
O zoneamento
Ecológico-Económico é um instrumento de planeamento territorial elaborado a
partir de informações técnico científico e que contribui para o ordenamento do
território através de políticas, bem como orienta a aplicação de investimentos
necessários para a protecção ambiental, melhoria da qualidade de vida da
população e minimização de perdas do património natural.
Segundo
SANTOS & FERREIRA (2011), O ZEE está fundamentado em dois aspectos básicos:
·
Proporcionar base técnico/científica e
operacional ao planeamento estratégico em nível federal, propondo uma acção
sinérgica em termos institucionais, congregando órgãos públicos para a
consolidação das informações existentes, integrando e disponibilizando a
experiência de cada um deles a serviço dos tomadores de decisão no país;
·
Apoiar técnica e operacionalmente as
iniciativas de projectos de ZEE no país, nas dimensões sub-regionais, estaduais
e locais, incentivando as discussões sobre a ocupação do território, bem como a
geração de propostas sustentáveis de uso dos recursos naturais.
3.6. Educação, Extensão e Comunicação Ambiental
Educação
Ambiental é um processo que visa formar uma população mundial consciente e
preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma
população que tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as
motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permita trabalhar
individualmente e colectivamente para resolver os problemas actuais e impedir
que se repitam” (SEARA FILHO apud MARCATTO, 2002:14).
A informação é instrumento essencial para
orientar decisões e contribuir para ampliar a participação da comunidade no
processo decisório relacionado à sua qualidade de vida.
4. Processos de Decisão no uso dos Recursos Ambientais
De acordo com LEI n°
19/2007, Artigo 7, Utilização dos recursos naturais: o
ordenamento do território deve respeitar o uso e aproveitamento da terra e dos
recursos naturais nos termos da legislação em vigor, sem prejuízo da
preservação da propriedade do Estado. O ordenamento do território deve garantir
a organização do domínio público, designadamente: águas territoriais, as estradas, os caminhos públicos e
servidões, os lugares sagrados e cemitérios, as praias, zonas de protecção da
natureza, de uso e interesse militar e das fronteiras, portos, aeroportos,
monumentos nacionais e outros, nos termos da legislação em vigor.
União Internacional para a Conservação
da Natureza que estabelece três classes de unidades de conservação para o processo de decisão no uso dos recursos
ambientais, segundo as várias categorias de manejo permitidas:
·
Uso
Indirecto dos Recursos Naturais: exige a não ocupação
para fins de exploração directa dos recursos naturais, mas permite benefícios
indirectos, somente através de actividades educativas, recreativas e turísticas
e aquelas relacionadas à pesquisa científica.
·
Uso
Directo dos Recursos Naturais: permite a ocupação e
exploração directa dos recursos naturais e tem como objectivo proteger a
biodiversidade assegurando ao mesmo tempo o uso sustentável destes recursos.
·
Reservas
de Destinação: áreas de interesse ecológico cuja
ocupação e exploração ainda não foram definidas.
Segundo MOREIRA (1993), os
principais processos de decisão no uso dos recursos ambientais são:
Instrumentos de comando e controle, Controle ambiental, Estudos de Impacto
Ambiental, Licenciamentos, Zoneamento, Controles Directos (CD).
·
Instrumentos
de comando e controle (CC) são aqueles que se apoiam na
regulamentação directa, acompanhada de fiscalização e sanção para o
não-cumprimento das normas e padrões estabelecidos.
·
Controle ambiental o conjunto de acções tomadas visando
a manter em níveis satisfatórios as condições do ambiente. O termo pode também
se referir à actuação do Poder Público na orientação, correcção, fiscalização e
monitoração ambiental, de acordo com as directrizes administrativas e as leis
em vigor.
·
Estudo
de Impacto Ambiental (EIA) consiste de um conjunto de
actividades, pesquisas e tarefas técnicas com a finalidade de avaliar as
principais consequências ambientais potenciais de um projecto, visando atender
à decisão de implantação (ou não) do projecto. MOREIRA (1993)
·
Licenciamento
(LIC) consiste numa autorização a ser concedida pela
autoridade ambiental para a exploração económica de áreas de relevante
interesse ambiental em propriedades privadas. MOTTA & REIS, (1994),
4.1. Controles Diretos (CD)
Para FIELD (1996), Controles Directos consistem em
regulações limitando níveis de emissões de poluentes ou, ainda, especificações
obrigatórias para equipamentos ou processos produtivos, buscando estimular um
comportamento considerado ambiental e socialmente adequado. Componente básico
do CD, o padrão ambiental é um
nível estabelecido de desempenho que se aplica através do instrumento legal.
Assim, um padrão ambiental é um nível que nunca deve ser ultrapassado por
um determinado poluente, um padrão de
emissões corresponde à taxa máxima de emissões legalmente permitida e um
padrão tecnológico determina a
técnica ou prática que devem adoptar os poluidores potenciais.
5. Estratégias in-situ e ex-situ
·
Estratégia in-situ
Na perspectiva de BURLEY & NAMKOONG (1980), na
conservação in-situ“as espécies são deixadas em seus habitats naturais de
origem, para garantir a protecção dos genes destas espécies, pode ser
necessário preservar seu ecossistema inteiro”. Esta medida, para ser efectiva,
precisa do conhecimento científico da biologia reprodutiva, ecologia e padrão
de distribuição das espécies envolvidas.
·
A estratégia ex-Situ
De acordo com BURLEY e NAMKOONG, 1980
apud ZOBEL &TALBERT, (1984), A conservação ex-situ refere-se à de genes ou
complexos de genes em condições artificiais fora de seu habitat original. A
conservação do material genético, neste caso, poderia ser feita em colecções
permanentes de pólen, sementes, cultura de tecidos e plantas vivas (pomares,
arboretos e jardins botânicos).
As duas formas de
conservação, in-situ, e ex-situ, são complementares e formam, estrategicamente,
a base para a implementação dos três grandes objectivos da Convenção sobre
Diversidade Biológica: i) conservação da diversidade biológica; ii) uso
sustentável dos seus componentes e iii) repartição dos benefícios derivados do
uso dos recursos genéticos. ZOBEL &TALBERT, (1984).
1.Aspectos institucionais e legais, nacionais e internacionais
1.1.Direito Ambiental
Segundo
MACHADO, (2000 p.32) Direito é o conjunto de normas ou regras jurídicas que
regem a conduta humana, prevendo sanções para casos de descomprimido.
Direito
ambiental é o ramo do direito relacionado ao conjunto das
normas, tanto substantivas como procedimentais, vinculadas à protecção do meio
ambiente, incluindo-se aí a protecção dos recursos naturais. (COELHO, 2004
p.50).
1.2.Princípios gerais do direito ambiental
Na
perspectiva do PAVI, ( 2000 p.51) os princípios gerais que estão formando e
orientando a implementação do direito ambiental são:
Ø Meio
ambiente equilibrado;
Ø Sadia
qualidade de vida;
Ø Acesso
equitativo aos recursos naturais, inclusive das futuras gerações;
Ø Usuário-pegador
e poluidor-pegador;
Ø Precaução;
Ø Prevenção;
Ø Informação;
Ø Participação;
Ø Obrigatoriedade
da intervenção do poder público.
2.lei do ambiente
Lei
6938/81
Lei
do Ambiente estabelece os princípios básicos gerais da política ambiental,
dentre outros, a utilização egestão racionais dos componentes ambientais de
forma a promover a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a valorizar as
tradições e o saber das comunidades locais.
3.lei da floresta
A Lei n.º 10/99, de 07 de Julho, Lei de
Florestas, estabelece os princípios e normas básicos sobre a protecção,
conservação e utilização sustentável dos recursos florestais.
Os Parques e reservas nacionais são
criados, alterados ou extintos por decreto do conselho de ministros, verificando-se
uma ou mais das seguintes circunstâncias:
Ø A
existência de um ecossistema natural com características únicas ou
representativo do património nacional;
Ø A existência de espécies de flora raras,
endémicas, em declínio ou em vias de extinção;
Ø A existência de ecossistemas frágeis, bem como
os localizados em declividade superior a 45 graus;
Ø A existência de fontes naturais de água, áreas
degradadas com características ambientais especiais e passíveis de recuperação;
Ø A existência de condições paisagísticas únicas
e beleza cénica excepcional.
A proposta de criação das zonas de
protecção referidas neste artigo deve ser acompanhada de:
Ø Delimitação
da área;
Ø Parecer
do Administrador do Distrito ou dos Distritos abrangidos, baseados em consultas
às comunidades locais;
Ø Parecer do Governador da respectiva província;
Ø Parecer do Ministério da Coordenação da Acção
Ambiental.
Capitulo III
3.2. Exploração sustentável dos recursos florestais
Artigo 9
Por exploração florestal entende-se o
conjunto de operações ou medidas ligadas à extracção dos produtos florestais
para a satisfação das necessidades humanas, de acordo com as normas técnicas de
produção e conservação do património florestal.
Artigo17
3.3.Período do licenciamento
O licenciamento
para a exploração dos produtos florestais madeireiros referidos no artigo 9 do
presente Regulamento, é feito anualmente, devendo os respectivos pedidos ser
submetidos ao Governador Provincial através dos Serviços Provinciais de
Florestas e Fauna Bravia, no período que vai de 2 de Janeiro a 15 de Fevereiro,
do ano em que o requerente pretende realizar a exploração.
4. Lei da fauna
Decreto no
12/2002 Aprova o Regulamento da Lei n o 10/199,
de 7 de Julho. Lei de Florestas e Fauna Bravia.
Os Parques e Reservas Nacionais são criados,
alterados ou extintos por Decreto do Conselho de Ministros, verificando-se uma
ou mais das seguintes circunstâncias:
Ø A
existência de um ecossistema natural com características únicas ou representativo do património nacional;
Ø A
existência de espécies de fauna raras, endémicas, em declínio ou em vias de
extinção;
Ø A
existência de fontes naturais de água, áreas degradadas com características
ambientais especiais e passíveis de recuperação.
4.1.Exploração Sustentável da Fauna Bravia
ARTIGO
43
Objecto
da caça
Constitui objecto de caça toda a fauna
bravia que habite ou transite pelo território Nacional, enquanto nele se
encontrar, com excepção dos protegidos por Lei.
Para
efeitos do presente Regulamento, as espécies a que se refere agrupam-se em:
Ø Caça
miúda;
Ø Caça
grossa;
Constituem caça miúda:
as aves, com a excepção da avestruz, os cabritos, os répteis; os roedores e os
carnívoros, com a excepção do crocodilo, do leão, do leopardo, da hiena, do
mabeco e da chita.
Constituem caça grossa:
os animais não abrangidos pelo número anterior.
ARTIGO 44
4.2.Restrições à prática de caça
Não constituem objecto de caça:
Ø Os
animais protegidos;
Ø Os
animais não adultos de quaisquer tipos de caça;
Ø As
fêmeas prenhes ou acompanhadas das crias e as distinguíveis de quaisquer tipos
de caça;
ARTIGO
46
4.3.Tempo e lugar
de caça
Ø Para
efeitos do presente Regulamento, considera-se época de defeso geral, o período
que decorre entre 1 de Outubro a 31 de Março.
Ø Só
será lícito caçar de dia, entendendo-se como tal o período que decorre desde o
romper da aurora até ao pôr-do-sol, salvo nos casos expressamente previstos no
presente regulamento.
Ø Exceptuam-se
do regime estabelecido no número anterior a caça ao leopardo, leão, crocodilo e
porco-bravo.
É proibido o exercício da caça, nos
seguintes locais e circunstâncias:
Ø Zonas
de protecção;
Ø Dormidas
preferidas pelas aves;
Ø Locais
de nidificação das aves;
Ø Bebedouros
dos animais bravios;
Ø É proibido caçar
ou transportar arma de caça, no período de defeso.
Os
crimes contra a fauna estão previstos nos artigos. 29 a 35 da Lei 9.605/98, que
abarcam tanto condutas relacionadas à caça como à pesca.
Dentre
eles, seleccionamos tecer comentários sobre os seguintes dispositivos legais,
que tratam directamente da fauna silvestre:
Artigo.29.
Matar, perseguir, caçar,
apanhar, utilizar espécies da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória,
sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa:
Ø
Quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em
desacordo com a obtida;
Ø
Quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;
5. Lei da Terra
Lei nº 19/9 de 1
de Outubro
Como
meio universal de criação de riqueza e do bem-estar social, o uso e
aproveitamento da terra é direito de todo o povo moçambicano.
CAPÍTULO
II
5.1.Propriedade da terra e domínio público
ARTIGO 3
5.2.Princípio geral
A terra é
propriedade do Estado e não pode ser vendida ou, por qualquer forma
alienada,hipotecada ou penhorada.
ARTIGO 6
5.3.Domínio público
São do domínio
público as zonas de protecção total e parcial.
ARTIGO
7
5.4.Zonas de protecção total
Consideram-se
zonas de protecção total as áreas destinadas a actividade de conservação ou
preservação da natureza e de defesa e segurança do Estado.
ARTIGO 8
5.5.Zonas de protecção parcial
Consideram-se
zonas de protecção parcial:
Ø O
leito das águas interiores, do mar territorial e da zona económica exclusiva;
Ø A
plataforma continental;
Ø A
faixa da orla marítima e no contorno de ilhas, baías e estuários, medida da
linha das máximas preia-mares até 100 metros para o interior do território;
Ø A
faixa de terreno até 100 metros confinante com as nascentes de água;
Ø A
faixa de terreno no contorno de barragens e albufeiras até 250 metros;
ARTIGO
20
5.6.Licenciamento e direito de uso e aproveitamento da terra
A aprovação do
pedido de uso e aproveitamento da terra não dispensa a obtenção de licença ou
outras autorizações exigidas por:
a)
Legislação aplicável ao exercício das actividades económicas pretendidas,
nomeadamente agro-pecuárias ou agro-industriais, industriais, turísticas,
comerciais, pesqueiras e mineiras e à protecção do meio ambiente;
b)
Directrizes dos planos de uso da terra.
ARTIGO 21
5.7.Prazo das licenças
As licenças
terão o seu prazo definido de acordo com a legislação aplicável,
independentemente do prazo autorizado para o exercício do direito de uso e aproveitamento da terra.
6.Lei da Água
Lei nº 18/91:Aprova a Lei de Águas.
A Lei de Águas surge como instrumento
fundamental para a realização e satisfação de interesses do povo moçambicano.
ARTIGO 1
6.1.Propriedades das águas
As águas interiores, as superficiais e os
respectivos leitos, as subterrâneas, querem brotem naturalmente ou não, são
propriedade do Estado, constituído domínio público hídrico:
Ø Constituem
ainda domínio público hídrico, as obras, equipamentos hidráulicos e suas
dependências realizadas pelo Estado ou por sua conta com o objectivo de utilidade
pública.
ARTIGO
7
6.2.Princípios de gestão de águas
A acção do Estado no sector de gestão das
águas será realizada pelo Ministério de Construção e Águas com recurso ao
Conselho Nacional de Águas e inspira-se nos princípios seguintes:
Ø Unidade
e coerência de gestão das bacias hidrográficas do país, isto é do conjunto de
cursos de águas que confluem para um mesmo curso de água principal e das áreas
por eles drenadas, bem como dos aquíferos subterrâneos;
Ø Coordenação
institucional e participação das populações nas principais decisões relativas à
política de gestão das águas;
Ø Compatibilização
da política de gestão de águas com a política geral de ordenamento do
território de conservação ao do equilíbrio ambiental.
As obras hidráulicas não poderão ser aprovadas
sem prévia análise dos seus efeitos e impactos sociais económicos e ambiental.
ARTIGO 13
6.3.Esquema Geral de Aproveitamento dos Recursos Hídricos
O Esquema Geral de Aproveitamento dos Recursos
Hídricos visa, nomeadamente:
Ø Melhorar
a satisfação das necessidades de água mediante o correcto aproveitamento das
disponibilidades e da racionalização do seu uso;
Ø Equilibrar
e harmonizar o desenvolvimento nacional, regional e sectorial;
Ø A
defesa do meio ambiente, garantindo que os usos e aproveitamento de água se
realizem sem prejuízo do caudal mínimo e do caudal ecológico e respeitando, na
medida do possível, o regime natural dos depósitos e cursos de água;
Ø A
protecção da qualidade da água.
Artigo 2.
A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição
essencial de vida de todo ser vegetal, animal, ou humano. Sem ela, não
poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a
agricultura.
O direito a água é um dos direitos fundamentais do ser
humano: o direito a vida, tal qual é estipulado do Art. 3º da Declaração dos
Direitos do Homem. (ONU- Declaração dos Direitos Humanos).
7.Lei da Mina
Lei
no 20/2014 de 18 de Agosto
ARTIGO
4
7.1.Propriedade dos recursos minerais
Os recursos minerais situados no solo e
subsolo, nas águas interiores, no mar territorial, na plataforma continental e
zona económica exclusiva, são propriedades do estado.
ARTIGO 13
7.2.competências do governo
Compete ao
governo:
Ø Proteger
e administrar o património nacional de recursos minerais;
Ø Aprovar
os demais regulamentos que se mostrem necessários à boa implementação da
presente lei, ouvida a alta autoridade da indústria extractiva;
Ø Declarar
áreas reservadas para a actividade mineira;
Ø Proteger
o prazo fixado na presente lei, para inicio da produção mineira, com a devida
fundamentação;
Ø Inventariar
as receitas resultantes da actividade mineira e publica-las periodicamente e de
forma desagregada;
Ø Celebrar
contratos mineiros com titulares mineiros;
Ø Proteger
as comunidades onde as actividades de exploração mineira estão autorizadas e
promover o desenvolvimento sócio económico em prol do bem-estar das
mesmas.
1.Aspectos Institucionais e Legais, Nacionais e
Internacionais
O uso e aproveitamento da terra é
direito de todo povo moçambicano " (artigos 96 e 109).
A lei de terras estabelece um
direito de uso e aproveitamento da terra, que é largamente reconhecido pelas
iniciais, DUAT. Um DUAT pode ser adquirido:
Ø Por
uma" comunidade " que ocupa a terra;
Ø Por
indivíduos moçambicanos que usam a terra de "boa fé" e durante pelo
menos dez anos;
Ø Ou
em resultado de um requerimento. Uma " comunidade" é qualquer grupo
que vive a mesma área e inteiramente auto-definida.
a)Lei da água (Nacional e
Internacional)
Lei número 16/91, de 3 de Agosto
A importância dos recursos hídricos
em todos os sectores da vida tem originado um aumento cada vez maior de
necessidades da sua utilização. A água é utilizada para diversos fins consoante
as necessidades e as quantidades que cada utente entender. Para que o uso da
água pelos os múltiplos interessados não prejudique as necessidades de alguns,
torna - se indispensável criar mecanismos conducentes a sua distribuição ou
fornecimento na medida das necessidades de cada um. Fonte: (Boletim da
República, sábado, 3 de Agosto de 1991, I serie - número 31).
b)
Artigo 22
(Realização de direito de acesso à
água)
Ø As
águas, quanto ao uso, classificam-se em águas de uso comum e águas de uso
privativo, sendo o uso comum é aquele que resulta da lei e que se realiza sub
condição natural, sem formalidades contratuais ou administrativas e uso
privativo aquele que requer uma licença ou concessão, excepção do disposto no
artigo vigésimo sexto da presente lei.
Ø Uso
comum tem prioridade sobre o uso privativo.
c)A lei de Mina de 2002, (Nacionais
e Internacionais)
A lei número 20/2014, de18 Agosto (lei
de minas), que entrou em vigor na mesma data e que revoga a lei numero 14 /2002
pretende ajustar o quadro jurídico-legal da actividade mineira a actual ordem
económica do país, assegurar maior competitividade e transparência, preservar o
meio ambiente, garantir a protecção dos direitos e definir obrigações dos
titulares dos direitos mineiros, bem como salvaguardar os interesses nacionais
e a partilha de benefícios pelas comunidades.
Segundo SILVA (2011:3), ‘’ a ISO 14000 é um
conjunto de normas voluntarias, definidas pela ISO, para padronizar a gestão
ambiental nas empresas’’.
Na
óptica de GONÇALVES (1993), A ISO 14000 é um conjunto de normas organizadas
pela ISO que propõe directrizes e parâmetros para gestão sustentável no que diz
respeito ao factor ambiental.
a)
Os objectivos da ISO
Os objectivos da ISO se resumem em
elaborar normas que representam e traduzem 0 consenso dos mais diferentes
países do mundo para uma unificação de procedimentos ambientais
ü Redução
de riscos com multas, indemnizações;
ü Melhoria
da imagem da empresa em relação performance ambiental;
ü Melhoria
da imagem da empresa quando ao cumprimento da legislação ambiental;
ü
Prevenção
de poluição;
ü Redução
dos custos a disposição influentes através do seu tratamento;
2.1. Normas ISO da Série 14000
As normas da série ISO 14000
estão sendo desenvolvidas desde 1993 pelo Comité Técnico (TC) 207 da InternationalStandardizationOrganization
(ISO) com a finalidade de fornecer as empresas e demais organizações uma
abordagem comum da gestão ambiental. Em seu conjunto, a série aborda o
estabelecimento de Sistema de Gestão Ambiental (SGA), Auditoria Ambiental,
Avaliação de Desempenho Ambiental, Rotulagem Ambiental, Avaliação do Ciclo de
Vida e Aspectos Ambientais em Normas e Produtos, além da terminologia utilizada
para a compreensão do conjunto das próprias normas, (NASCIMENTO, 2002).
As normas da série 14000 são normas de
gestão que não se aplicam a um tipo específico de sector ou empresa, mas dão
orientações sobre aspectos fundamentais da gestão do ambiente, tais como a sua
definição, objectivos e âmbito. A nova
série de normas ISO 14000foi elaborada para abranger:
ü Sistemas
de gestão ambiental;
ü Auditoria
ambiental;
ü Avaliação
de desempenho ambiental;
ü Rotulagem
ambiental;
ü Avaliação
de ciclo de vida;
ü Aspectos
ambientais de normas sobre produtos.
Ø Sistemas de gestão ambiental
- (ISO 14001) - A norma ISO 14001 é uma ferramenta criada para auxiliar
empresas a identificar, priorizar e gerenciar seus riscos ambientais como parte
das suas práticas usuais. A ISO 14001 exige que as empresas se comprometam com
a prevenção da poluição e com melhorias contínuas, como parte do ciclo normal
de gestão empresarial.
A norma é baseada no
ciclo PDCA do ingles ‘’ Plan- do- Check-Acet’’ planejar, fazer, checar, agir- e
utiliza terminologia e linguagem de gestão conhecida.
*Auditorias
ambientais (ISO 14010, 14011, 14012)
a)
ISO 14010: os principios gerais para execução de auditorias;
b)
ISO 14011: os procedimentos para o planeamento e execução de auditorias num
sistema de gestão ambiental;
c)
ISO 14012: directrizes para auditoria ambiental critérios de qualificação de
auditores.
*Avaliação de desempenho ambiental (14031):
ISO 1431: 1999 gestão ambiental fornece orientações sobre a concepção e a
utilização da avaliação do desempenho ambiental e sobre a identificação e
selecção de indicadores de desempenho ambiental para a utilização por todas as
organizações, independentemente do tipo, tamanho, localização e complexidade.
Ø Rotulagem ambiental (14020, 14021,
14024), ISO 14020: A norma ISO 14020: contem princípios
básicos, aplicáveis a todos tipos de rotulagem ambiental, recomenda que, sempre
que apropriado seja levada em consideração a analise ciclo de vida – ACV.
a) ISO 14021: ela
descreve, ainda termos seleccionados usados em declarações ambientais e fornece
qualificações para o seu uso. Uma metodologia de avaliação e verificação geral
para auto-regulação ambiental e métodos específicos de avaliação e verificação
das declarações relacionadas nesta norma.
b) ISO 14024:estabelece
os princípios e procedimentos para o desenvolvimento de programas de rotulagem
ambiental, incluindo a selecção de categorias de produtos, critérios ambientais
dos produtos e características funcionais dos produtos, para avaliar e
demostrar sua conformidade.
Ø Análise do ciclo de vida do produto
(14040): ISO 14040:2006 descreve os princípios e
procedimentos necessários para avaliação do ciclo de vida do produto (ACV). A
análise do ciclo de vida do produto (ACV) aborda todos os potenciais aspectos e
impactos ambientais ao logo de tudo de um ciclo de vida de produto,
compreendido as actividades de extracção e aquisição de matéria-prima, bem como
a produção, utilização, reciclagem, e por ultimo a disposição final.
3.Metodologia Resumida da Implantação
A empresa
precisa se adequar a legislação ambiental para possa receber a certificar que
só pode ser concebida mediante a empresa certificadora especializada para isso.
O processo de treinamentodecolaboradoresestá inserido na adequação da empresa
de um modo geral. (DAVID: S/d).
Depois
de
recebida a certificação a cada determinado período de tempo a empresa passará
auditoria que serão realizadas por órgãos competentes.
4. Vantagens de Normas ISO da Série 14000
Segundo PILZ
(2011), apud (NASCIMENTO &
POLEDNA, 2002), as empresas com certificação da ISO 14000 têm mais oportunidades
de conquistar mercados onde questões relativas ao meio ambiente são
consideradas fundamentais para tomada de decisão comercial além de conquistar
alguns benefícios, como:
ü Redução
de custo com energia seguro de investimentos e disposições dos resíduos sólidos
e desperdícios;
ü Habilidade
de identificar problemas antes que os mesmos causem danos ambientais;
ü Proporciona
uma melhoria da imagem da empresa, bom relacionamento com os clientes e com
autoridades regulamentadoras;
ü Redução
de riscos de responsabilidade de despoluição;
ü Aumento
da eficiência e eficácia dos processos produtivos e de serviços através de uma
ferramenta gerencial;
ü
Colaboradores treinados e qualificados no cumprimento de suas funções.
Por outro lado, já no
que diz respeito aos clientes, temos como vantagens a confiança na
sustentabilidade do produto;
ü Acompanhamento da vida útil do
produto;
ü Cuidados com a disposição final
do produto;
ü Incentivo à reciclagem, se for o
caso;
ü Produtos e processos mais limpos;
ü Conservação dos recursosnaturais;
ü Gestão dos resíduosindustriais;
ü
Gestão racional do uso da energia e redução da poluição global.
5. A Adopção
Empresarial das Normas ISO da Série 14000
·
No
âmbitoeconómico
A implementação do SGA nas
empresas, tem como diferenciação desde a imagem dela, que passa a ser
considerada uma empresa verde, assim como acesso a novos mercados, redução de
acidentes ambientais o que gera uma redução considerável nos custos de remediação,
incentivo ao uso racional de energia e de recursos naturais, desperdício de
água além de possíveis contaminações de lençóis freáticos, redução de sanções
do poder público, e também acesso mais fácil a linhas de crédito.
·
No âmbito ambiental
Conforme CASTRO (1996:s/p), a
partir do SGA a empresa passa a incentivar a reciclagem, buscar matérias-primas
e processos produtivos menos prejudicial, passando a racionalizar o uso dos
recursos naturais renováveis e não renováveis, ou seja, a empresa passa a ter o
desenvolvimento dos seus processos de forma mais limpa, assim como, produtos
menos nocivos ao meio ambiente.
Podemos concluir com
isso que as empresas estão buscando cada vez mais racionalizar o uso de
recursos naturais e a redução dos dejectos e resíduos que são jogados no meio
ambiente passando assim ser considerada uma empresa sustentável.
·
No
âmbito social
Dependendo do ramo empresarial, a
implantação do SGA, a empresa obtêm melhoria nas condições de trabalho, como
por exemplo, melhoria de odores desagradáveis, diminuição de materiais
articulados, além de melhorar a qualidade dos circunvizinhos.
De acordo com ABNT-NBR ISSO 14000
(1996) destaca, também que como potenciais benefícios a SGA, a diminuição de
incidentes com implicância civil, através de reduções de conflitos jurídicos
locais, regionais e estaduais e nacionais e/ou internacionais decorrentes das
consequências negativas vindas de erros nos processos produtivos.
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