Avançar para o conteúdo principal

IMPACTOS DA ACTIVIDADE INDUSTRIAL

Impactos Ambientais da Actividade Industrial

Conceitos Básicos

Poluição

Por poluição entende-se a introdução pelo homem, directa ou indirectamente, de substâncias ou energia no ambiente, provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos à saúde humana, aos seres vivos e aos ecossistemas.

Meio Ambiente

A “soma total das condições externas circundantes no interior das quais um organismo, uma condição, uma comunidade ou um objecto existe. O meio ambiente não é um termo exclusivo; os organismos podem ser parte do ambiente de outro organismo” (ART, 1998).

Impacto Ambiental

Considera-se o impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das actividades humanas que, directa ou indirectamente afecta. (CONAMA:1990).

Indústria

Na luz de (SPOSITO, 1988:42) a Indústria é o conjunto de actividades humanas que têm com o objectivo a produção de mercadorias, através da transformação dos produtos da natureza. Portanto a própria produção artesanal doméstica, a corporativa e a manufactureira representam formas de produção industrial, ou seja, um primeiro passo no sentido de transformar a cidade efectivamente num espaço de produção

Meio Ambiente e Indústria

Para efeito deste trabalho vai˗se ater a reflexão sobre os impactos ambientais causados pelas actividades industriais. Porém, não é por isso que ve˗se com menor importância os outros impactos existentes os quais merecem profunda reflexão, pois estão relacionados às acções indiscriminadas que levam à degradação ambiental e à exclusão social. Dentre estes, podem˗se citar: a poluição das águas, a desertificação, a destruição da Mata Atlântica e da Floresta Amazónica, a intensificação do uso dos agros tóxicos na agricultura, o analfabetismo, etc.

As actividades mais comuns são provenientes de indústrias petroquímicas, isto é, indústrias químicas que utilizam o petróleo, ou subprodutos de seu refinamento, como matéria-prima para fabricar plástico, tintas, e uma infinidade de itens sintéticos; uma enorme indústria siderúrgica que produz aço em larga escala, consumido como matéria-prima, principalmente o minério de ferro e o carvão mineral, também acompanhada de algumas indústrias que utilizam seus subprodutos na fabricação de cimento e outros materiais; indústria de celulose e papel etc. (BRANCO, 1988, p.39-40).

 

O facto ressaltado pelo autor, diz respeito à especialização da mão-de-obra e dos produtos exigidos pelo mercado consumidor cada vez mais exigente. O que antes levava dias para ser produzido artesanalmente, actualmente é produzido em minutos pelas indústrias. Além disso, ao criar o diferencial de produção, o processo torna-se mais complexo, devido à utilização de elementos químicos, e consequentemente mais perigosos.

 

Este processo, além de criar problemas sociais, por dispensar mão-de-obra, intensifica os problemas ambientais. Nas áreas industriais os impactos são constantes por estarem expostos a variantes específicas, em um processo conhecido como de pontuação. Este processo pode ser utilizado como critério na compreensão de alguns fenómenos locais, regionais ou globais, como por exemplo, o efeito estufa, o aumento do buraco da camada de ozono, a extinção de algumas espécies de animais, o ar adensado sobre uma mesma cidade, etc. (MESQUITA; SILVA, 1993).

 

Diante dos fatos elencados, consideramos o modo de produção capitalista responsável pela degradação ambiental, pois lança a mão de obras de diferentes estratégias, a fim de afirmar seus interesses. Aos governos resta maior empenho na preservação ambiental, pensando nas gerações futuras. É importante um cuidado especial com a produção industrial que, interessada em conquistar fatias cada vez maiores do mercado, ultrapassa as medidas relacionadas à preservação ambiental.

Percebe-se que a problemática ambiental não é algo novo, mas vem tomando proporções gigantescas, colocando a sociedade em choque. De um lado, antes que seja tarde, há necessidade de se encontrar uma saída para minimizar os impactos; de outro lado, os interesses sendo movidos em sentido contrário dão a sensação de que não haverá força suficiente para se encontrar uma saída.

Assim, considera-se a realidade, criada ao longo de décadas pelo homem e suas invenções, um fato que desencadeou um novo desafio. Este seria de como conciliar o crescimento económico com o meio ambiente, sem comprometer as reservas para as futuras gerações. O desfio entre a criação de perspectivas de crescimento com qualidade de vida e preservação ambiental seria o paradigma da actualidade.

Impactos Ambientais Causados Pelas Indústrias

Os impactos ambientais são causados pela actividade humana. Mesmo os mais básicos, como moradia, já causam grandes efeitos no ambiente, através do desmatamento para a urbanização. Após esse impacto vem a poluição dos rios próximos à região urbana, através do saneamento, descargas de lixo e excrementos são depositados nos rios e córregos. Após isso vem a poluição do solo através do lixo não colectado e descartado de forma incorrecta. Isso é apenas um pequeno exemplo para abstrair o quanto a actividade humana pode impactar o ambiente. Além de tudo, o ser humano, além de prejudicar a si mesmo, prejudica a natureza, todo o ecossistema: o solo, a água, as plantações e os animais!

As actividades industriais, embora tenham trazido comodidade para essa nova sociedade urbana, oportunizando-lhe desde um frango limpo até aquecedores eléctricos, trouxeram os resíduos finais que são resultantes da produção. Estes resíduos provocam preocupações importantes, pois ocupam um certo espaço, tem seu tempo de vida útil e degradam o meio ambiente pela sua composição. Desta forma torna-se necessário o conhecimento, o transporte, a classificação e o condicionamento desses resíduos em ambientes específicos. Pois os resíduos provenientes das actividades industriais podem ser bem mais ofensivos ambientalmente aos organismos vivos.

O aumento da população, da industrialização e também do consumismo trouxeram junto riscos e alterações no sistema ambiental devastando ecossistemas, poluição do ar, do solo e das águas ocasionando perdas, algumas irrecuperáveis, como centenas de espécies de mamíferos e de aves extintos nas últimas décadas. Alem do grande impacto devastador provocado na flora e nos próprios seres humanos, através da poluição dos rios, desmatamento, degradação do solo, que causam a destruição da biodiversidade (GRYZINSKI, 2005:86-95).

Podemos afirmar que houve nos últimos anos uma tomada de consciência mundial referente à preservação e conservação do meio ambiente. A conscientização fez o homem perceber, que o progresso estava deixando atrás de si um rastro macabro de destruição e um trágico caminho de mortes. A partir dessa conscientização começaram a acontecer Conferências Internacionais para tratar e debater sobre o meio ambiente.

No entanto, há necessidade de um grande processo de transformação em todo o mundo para que essa consciência possa realmente exercer uma prática saudável de um relacionamento entre o ser humano e a natureza, que tenha mais eficácia e produza um verdadeiro efeito.

As novas tecnologias, ao criar novas maneiras de agregar valor às mercadorias - alterando cores, sabores, durabilidades e outras -, levam ao uso intensivo de elementos químicos, o que aumenta as preocupações com o meio ambiente. A indústria não só acompanha as novas tendências, também cria outras tendências com diferenciais maiores. Podemos citar como exemplo, a fabricação do jeans, antes azul, agora pré-lavado e às vezes manchado, rasgado etc.

 Os impactos causados pela actividade humana são tão graves, e tantos em quantidade que gera uma lista:

Poluição                                                       

O termo poluição deriva do latim poluere, que significa “sujar”. Poluição é qualquer alteração provocada no meio ambiente, que pode ser um ecossistema natural ou agrário, um sistema urbano ou até mesmo, em micro escala, o interior de uma casa. Essas alterações podem ser:

v  Inicialmente, apenas das proporções ou das características de um dos elementos que formam o próprio meio.

v  Resultado da introdução de substâncias naturais, porém estranhas, a determinados ecossistemas.

v  Causadas pela introdução de substancias artificiais e, portanto, estranhas a qualquer ecossistema.

 

Poluição do Ar

 A poluição atmosférica é um dos problemas mais sérios das cidades e também um dos que mais atingem os sentidos da visão e do olfacto. A poluição do ar é resultado do lançamento de enorme quantidade de gases e materiais particulados na atmosfera ou então de elementos ou partículas que naturalmente não aparecem na composição atmosférica, como é o caso do chumbo, das poeiras industriais.

 Em geral, os veículos automotores são os principais responsáveis pela poluição do ar, com destaque para milhares de automóveis particulares que rodam nas grandes cidades dos países desenvolvidos e em muitas cidades dos subdesenvolvidos.

 

Os principais poluentes lançados na atmosfera

v  Monóxido de carbono (CO), produto da queima incompleta dos combustíveis;

v  Dióxido de enxofre (SO), produto da combustão do enxofre presente nos combustíveis fósseis;

v  Monóxido de nitrogénio (NO) e dióxido de nitrogénio (NO), também conhecido como óxidos de azoto (NO), resultante de qualquer combustão que ocorra na presença de ar atmosférico;

v  Chumbo (Pb), que costuma ser adicionado a gasolina para aumentar sua octanagem.

 

 Os graves efeitos do monóxido de carbono sobre os seres humanos são amplamente conhecidos. No processo de respiração, o monóxido de carbono forma com a hemoglobina, uma ligação mais estável. A ligação monóxido de carbono-hemoglobina reduz a oxigenação do cérebro e das células, provocando, em pequenas concentrações, dores de cabeça, vertigens.

 

O dióxido de enxofre e os óxidos de azoto causam ou agravam os problemas respiratórios: asmas, bronquite, pneumonia.

 A elevação dos níveis de poluentes na atmosfera traz consigo uma série de problemas as pessoas, tais como irritação nos olhos e na garganta e problemas respiratórios, principalmente para as pessoas que já tem predisposição a eles, como os portadores de doenças crónicas do tipo asma e bronquite.

 Há alguns fenómenos naturais que agravam a concentração de poluentes na atmosfera, tais como a inversão térmica, os baixos índices pluviómetros, além da disposição do relevo, que pode dificultar a circulação atmosférica.

 A inversão térmica

 Trata-se de um fenómeno natural que pode ocorrer em qualquer parte do planeta. Quando a temperatura próxima ao solo cai abaixo de 4 grau, o ar frio, impossibilitado de elevar-se, fica retido em baixas altitudes. Camadas mais elevadas da atmosfera são ocupados com ar relativamente mais quente, que não consegue descer. Ocorre, assim, uma estabilização momentânea da circulação atmosférica em escala local, caracterizada por uma inversão das camadas: o ar frio fica em baixo e o ar quente acima, fenómeno definido como inversão térmica. Um ambiente muito favorável para a ocorrência da inversão térmica é justamente as grandes cidades. Pelo fato de se apresentarem grande área construída, portanto desmatada e impermeabilizada, as grandes cidades absorvem grande quantidade de calor durante o dia.

A temperatura média da terra elevou-se em 1 grau nos últimos 120 anos, fazendo derreter o gelo das calotas polares e aumentando a intensidade dos furacões, 840 espécies catalogadas de seres vivos foram extintas nos últimos 500 anos. A concentração de gás carbónico na atmosférica cresceu 30% nos últimos 150 anos e as mortes relacionadas ao ar poluído chegam a 3 milhões por ano. O consumo de energia aumentou 32 vezes no último século. Propaga-se, por exemplo, a noção de que está em curso a sexta extinção em massa (GRYZINSKI, 2005, p.86-95).

           

A noite, no entanto, perde calor rapidamente. Com a concentração do ar frio nas camadas mais baixas da atmosfera, o que impede sua dispersão, ocorre também a concentração de toneladas de poluentes emitidos por várias fontes, o que agrava sobremaneira o problema ambiental da poluição em baixos extractos da atmosfera, constituindo um sério problema ambiental apenas em centros urbano-industriais.

 

 A ilha de calor

 A “ilha de calor” é um fenómeno típico de grandes aglomerações urbanas. Resultado da elevação das temperaturas médias nas zonas centrais da mancha urbana, em comparação com as zonas periféricas ou com as rurais.

 A substituição da vegetação por grande quantidade de casas e prédios, ruas e avenidas, pontes e viadutos e uma serie de outras construções, que é tanto maior quanto mais se aproxima do centro das grandes cidades, faz aumentar significativamente a irradiação de calor para a atmosfera. Além disso, na atmosfera das zonas centrais da cidade, é muito maior a concentração de gases e materiais particulados, lançados pelos automóveis e fabricas, responsáveis por um efeito estufa localizado, que colabora para aumentar a retenção de calor.

 

 A elevação da temperatura nas áreas centrais da mancha urbana facilita a ascensão do ar, quando não há inversão térmica, formando uma zona de baixa pressão. Isso faz com que os ventos soprem, pelo menos durante o dia, para essa região central, levando, muitas vezes, maiores quantidades de poluentes. Assim, sobre a zona central da mancha urbana forma-se uma “cúpula” de ar pesadamente poluído.

 

 O efeito de estufa

 Efeito de estufa trata-se de um fenómeno natural e fundamental para a vida na Terra. Consiste também na retenção de calor irradiado pela superfície terrestre, pelas partículas de gases e de água em suspensão na atmosfera, garante a manutenção do equilíbrio térmico do planeta e, portanto, a sobrevivência das várias espécies vegetais e animais.

 O efeito de estufa resulta, de um desequilíbrio na composição atmosférica, provocado pela crescente elevação da concentração de certos gases que tem capacidade de absorver calor, como é do caso do metano, dos clorofluorocarbonos, mas principalmente do dióxido de carbono. Essa elevação dos níveis de dióxidos de florestas, desde a Revolução Industrial.

 

 Assim, segundo recentes pesquisas, admite-se que uma duplicação de concentração de dióxido de carbono na atmosfera pode provocar uma elevação média de 3 grau na temperatura terrestre, o que poderia elevar em uns 20 centímetros, em média, o nível dos oceanos.

 

 Esse fenómeno é chamado de efeito estufa porque, nos países temperados, é comum a utilização de estufas durante o inverno para abrigar determinadas plantas. A estufa feita de vidro ou plástica transparente tem a capacidade de reter calor, mantendo a temperatura interna mais elevada que a temperatura ambiente.

Destruição da camada de ozono

 Outro problema ambiental de carácter global que vem assustando muitas pessoas é a gradativa destruição da camada de ozono existente na estratosfera.

 Ela tem um papel fundamental na regulação da vida na terra, ao filtrar a maior parte dos perigosos raios ultravioletas emitidos pelo sol. Sabe-se que esses raios podem causar no homem, entre outros problemas, câncer de pele e perturbações da visão.

 Em 1979, pela primeira vez, verificou-se que a concentração de ozónio estava se tornando rarefeita sobre a Antárctida.

 Já são bastantes conhecidos os grandes vilões da destruição de ozónio, os gases CFCs usados como fluidos de refrigeração, como solventes, nas embalagens de aerossóis e nas espumas plásticas. Além dos CFCs, outros produtos químicos também foram responsabilizados: compostos bromados, tetracloreto de carbono e clorofórmio de metila.

 O buraco na camada de ozono é maior sobre o pólo sul, porque as baixíssimas temperaturas registadas na Antárctida ao formarem nuvens estratosféricas de gelo, favorecem a transformação dos clorofluorocarbonos estáveis em cloro activo, que catalisa a reacção de destruição de parte do ozono, diminuindo sua concentração.

 

 As chuvas Ácidas

 É importante ressaltar que as chuvas, mesmo em ambiente não poluído, são sempre ácidas. A combinação de gás carbónico presente na atmosfera produz ácido carbónico que embora fraco, já torna as chuvas normalmente ácidas. Assim, as chuvas ácidas que causam graves problemas, são resultantes da elevação exagerada dos níveis de acidez da atmosfera, em consequência do lançamento de poluentes produzidos pelas actividades humanas.

O desmatamento dos sistemas naturais apresenta muitos aspectos, mas o que caracteriza o homem moderno e o distingue das sociedades não industriais é sua agressão total. Enquanto os estragos causados pelas culturas primitivas (anteriores) eram limitados e localizados, permanecendo a maior parte do globo intacta, hoje nada escapa. A crise ecológica que actualmente abala o planeta não mais se resume na morte deste ou daquele rio, no desmatamento de um ou de outro bosque, na perda desta ou daquela espécie ou no envenenamento do ar das grandes cidades. O mal afecta a ecosfera como um todo (LUTZEMBERG apud CUNHA; GUERRA, 2002 p.12).

 

Segundo Santos (1994) um factor de atracção de indústrias para a área é a presença de mão-de-obra em seu entorno, isto beneficia o empresário que não precisará fazer despesas com refeitório e não terá que pagar vale transporte e vale alimentação para os trabalhadores. Este factor, disponibilidade de mão-de-obra, oferece uma perspectiva de lucro nos empreendimentos implantados na área. Ainda ressalta que esse factor aliado de outras condições criadas pelo sistema de produção capitalista vai delineando mudanças económicas e sociais resultantes do controle privado do processo de produção do espaço.

O mesmo autor, ao analisar a economia mundial, coloca que os impulsos sofridos pela economia dos países em desenvolvimento se alteram ao estímulo dos países desenvolvidos. Afirma, também, que este processo resulta na desvalorização da mão-de-obra, condiciona a força de trabalho a baixos salários e cria dependência que, com o passar do tempo, se transforma em factor condicionante da economia. Essas alterações podem ser encontradas reflectidas no plano regional, no qual as pessoas são submetidas a baixos salários, a intermináveis horas de trabalho, a condições insalubres das empresas.

 

 

 

 

A actividade industrial nos Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos

Nos Países Desenvolvidos

Os países desenvolvidos são nações em que o desenvolvimento económico e industrial estão associados ao um padrão de qualidade de vida elevado. Por esta definição, percebemos que um país para ser classificado como desenvolvido, depende de bons indicadores económicos e sociais e não apenas de um grande volume de produção industrial e económica.

Desenvolvimento económico e social

O elevado grau de industrialização e a reduzida dependência financeira são as principais características económicas dos países desenvolvidos. Ter economia estável e em crescimento distingue estes países dos considerados subdesenvolvidos.

Embora os indicadores económicos tenham peso significativo na classificação dos países quanto ao desenvolvimento, esta não é condição única para colocar uma nação, no selecto grupo dos países considerados desenvolvidos. Elevada expectativa de vida e baixas taxas de mortalidade infantil, por exemplo, são atributos que as nações desenvolvidas devem ter.

Características dos países desenvolvidos

As nações listadas na categoria de países com alto nível de desenvolvimento, não revelam o mesmo padrão de vida e nem a mesma condição económica. No entanto, existem particularidades comuns à nações desenvolvidas. Vejamos:

v  Algumas foram nações colonizadoras, no período de expansão do capitalismo comercial.

v  Significativa parcela do PIB – Produto Interno Bruto é constituída por actividades económicas ligadas à indústria, comércio e serviços.

v  Agricultura é especializada e há grande investimento em mecanização e tecnologia.

v  Possuem balança comercial favorável – importam produtos agrícolas e primários e exportam produtos industrializados.

v  No cenário global, ocupam posição de dominação económica – as nações menos desenvolvidas dependem tecnológica e economicamente desses países.

v  A ciência e tecnologia são prioritárias e por isso, desenvolvidas. Há investimento público e privado expressivo em pesquisa.

v  As redes e serviços de transporte e comunicação são avançados e eficientes.

v  A população é altamente urbanizada e por isso, a concentração de pessoas nas actividades agropecuárias é reduzida.

v  As taxas de escolarização são elevadas e o analfabetismo é reduzido, se comparados aos países subdesenvolvidos.

v  As cidades possuem boa infra-estrutura de mobilidade, lazer, moradia e segurança.

v  Com excepção de alguns países, como os Estados Unidos, o crescimento populacional é bastante reduzido. As taxas de fecundidade também são baixas.

v  Taxas reduzidas de mortalidade infantil e elevadas de expectativa de vida são típicos desses países com padrão de vida superior.

Os países desenvolvidos

v  No continente americano: Canadá e Estados Unidos

v  No continente asiático, países como: Japão, Rússia, Singapura, Coreia do Sul e Taiwan.

v  Na Oceânia, as ilhas da Nova Zelândia e Austrália.

v  Continente Europeu: Países da Europa Ocidental como Inglaterra, França, Alemanha, Suíça, Áustria, Mónaco, Holanda entre outros.

 

A actividade industrial nos Países Subdesenvolvidos

Os países considerados subdesenvolvidos – também chamados de “periféricos” ou “em desenvolvimento” – pautaram os seus respectivos desenvolvimentos nacionais a partir de uma relação de limitações económicas ocasionadas pelos mais diversos motivos: dominação colonial, influência externa, problemas políticos internos, desenvolvimento tardio, dependência económica, corrupção, entre outros. No que tange ao desenvolvimento industrial desses países, é importante salientar que cada um apresentou esse processo de maneira diferenciada. O objectivo deste texto, no entanto, é encontrar alguns padrões gerais sobre o processo de industrialização em países subdesenvolvidos, resguardando as devidas particularidades.

Praticamente todas as economias periféricas do planeta são conhecidas por seus históricos económicos marcados por uma produção puramente rural. A industrialização, nesses casos, ocorreu de forma mais consolidada a partir da década de 1950, de modo que em muitos países esse processo ainda se encontra em fase inicial, como é o caso de alguns territórios da África e da Ásia. Em outros, como boa parte da América Latina, o norte africano e a África do Sul, bem como uma fracção dos países asiáticos, o processo de industrialização encontra-se em etapas mais avançadas, embora tenha se constituído de maneira tardia em relação aos países desenvolvidos (SPOSITO, 1988).

É nesse contexto que surgem várias expressões para designar essa dinâmica, tais como: Novos países industrializados (NICs), Novíssimos Países Industrializados, Tigres Asiáticos, Novos Tigres Asiáticos, Países subdesenvolvidos industrializados, Economias emergentes, entre muitos outros termos. Em suma, a maior parte dessas economias, apesar de apresentar um parque industrial diversificado, caracteriza-se pela predominância de empresas estrangeiras e baixo domínio de bens tecnológicos mais avançados.

Os principais países subdesenvolvidos industrializados por área continental e regional

v  América Latina – Brasil, Argentina e México;

v  África – África do Sul, Egipto e, em menor grau, a Nigéria;

v  Ásia – China, Índia, Turquia, Coreia do Sul, Singapura, Hong Kong, Vietname, Indonésia e outros.

O predomínio de tecnologia e empresas estrangeiras nesses países deve-se ao processo de Globalização económica e a consequente expansão das empresas multinacionais, também chamadas de empresas globais ou transnacionais. Essas empresas migraram para esses locais em busca de mão-de-obra mais barata e qualificada, melhor acesso ao mercado consumidor e outras vantagens oferecidas em termos de factores locacionais.

Outra característica do desenvolvimento industrial do mundo subdesenvolvido foi a necessidade de intervenção do Estado no que tange aos investimentos em infra-estruturas e, em alguns casos, até em indústrias de base, como a siderúrgica, o sector petroquímico e outros. Mesmo assim, muitos desses países privatizaram essas empresas, ou seja, transferiram-nas para o capital privado, a exemplo do Brasil com a siderúrgica e mineradora Vale do Rio Doce.

De todos os países considerados emergentes ou subdesenvolvidos industrializados, a China foi o que apresentou o mais peculiar processo de crescimento no sector secundário, fortemente marcado pela presença e controle do Estado, factor característico da economia planificada que se auto denominou “socialista”. Mesmo com a abertura posterior para o capital estrangeiro, a presença e actuação do Estado na China ainda são elevadas, controlando as áreas onde as fábricas se instalam, mantendo a propriedade estatal de várias companhias e intensificando Joint Ventures (associações) entre empresas estrangeiras e indústrias nacionais.

No cerne desse processo de industrialização do mundo subdesenvolvido, alguns países expressaram de forma mais evidente a grande dependência em relação ao capital externo, tanto em termos tecnológicos quanto em virtude das relações de importação e exportação. É o caso, por exemplo, do México, que em sua região norte – mais próxima da fronteira com os Estados Unidos – instalaram-se muitas indústrias chamadas “maquiladoras” ou montadoras, empregando mão-de-obra local a baixo custo e exportando a preços relativamente baixos.

No caso brasileiro, todas essas características acima foram reproduzidas, inclusive no que se refere à grande dependência – ainda predominante – para com o capital estrangeiro. No país, assim como em toda a América Latina, predominou o modelo de industrialização substitutiva de importação (ISI), com abertura de mercado, investimentos em infra-estruturas, atracção de capital estrangeiro e alto endividamento da máquina pública.

No entanto, como consideramos no início do texto, é impossível generalizar todas ou a maioria das características da industrialização em países emergentes. Os Tigres Asiáticos, por exemplo, já apresentam um amplo domínio de tecnologia de ponta – principalmente a Coreia do Sul –, além de possuírem muitas empresas multinacionais que expandiram suas actividades pelo mundo, a exemplo da montadora de carros Hyundai e a empresa de tecnologia Samsung.

De toda forma, o que se pode observar é que mesmo com um parque industrial diversificado e um sector terciário crescente (tal como nos países centrais), os mercados subdesenvolvidos ainda não foram capazes de converter essa geração de riquezas em benefícios sociais e melhoria do desenvolvimento humano.

Embora o título “país desenvolvido” seja designado com base em múltiplos factores, nenhum país da América Latina ou do Continente Africano está classificado no grupo das nações desenvolvidas.

A China possui o segundo maior PIB do mundo – no topo da lista está os Estados Unidos mas não é, em geral, colocada na categoria dos países desenvolvidos por ainda possuir indicadores sociais reduzidos.



Referências bibliográficas

ART, W. H. Dicionário de ecologia e ciências ambientais. São Paulo: UNESP/Melhoramentos, 1998. 583p.

BRANCO, Samuel Murgel. O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna, 1988.

GRYZINSKI, Vilma. Perigo real e imediato. SP, ano 38, n 41, p. 86-87, 12 de Outubro de 2005.

MESQUITA, Olindina Vianna; SILVA, Solange Tietzmann (coord.). Geografia e questão ambiental Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coordenação. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 1993.

SPÓSITO, M. E. B. Capitalismo e urbanização. São Paulo: Contexto, 1988.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

HISTORIAL DA PLANIFICAÇÃO EDUCACIONAL E ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE A HISTORIA DE UM CONCEITO

                        1.1 - Planificação Ø   Planificação é um processo que consiste na determinação dos objectivos do desenvolvimento da educação (Matangue 2008). Ø   Planificação é um exercício de se antecipar o futuro da instituição, de traçar o caminho a seguir, de definir rumos, de preparar o desenvolvimento para vencer as condições diversas do mercado 1.2 - Educação Educação é uma componente imprescindível na dinâmica do desenvolvimento do povo, na reprodução social e na formação de ideias na medida em que ensina, ou instrui a sociedade em diferentes níveis de vida económica política e social.   2 . Algumas observações sobre a história de um conceito     Em primeiro lugar, seria necessário recordar sistematicamente os diferentes aspectos de uma evolução que, durante vinte ou vinte e cinco anos, absorveu-se uma boa parte das reflexões e dos esforços consagrados à educação em numerosos países. Mas, sobretudo, seria muito útil proceder uma análise crítica relativam

ANTROPOLOGIA CULTURAL

ANTROPOLOGIA CULTURAL DE MOÇAMBIQUE  1.Conceitos Na luz de MALINOWSKI (2003:s/p), refere que Antropologia “ uma ciência que se dedica ao estudo do ser humano de forma holísta”.   Antropologia é ciência integrada, que estuda o homem no âmbito da sociedade e da cultura a que pertece, combinando perspectiva das ciências naturais, sociais e humanas. A cultura é um conjunto de valores crenças, conhecimentos, instrução, normas, comportamento, produção artistica e técnícos partilhado pelos membros de uma sociedede, transmissivel às gerações seguintes e resultante de interação social (MARCONI e PRESOTO, 2005). Cultura é o conjunto de informação e do conheimento adquirido por aprendizagem social. Para GALLAHER (2008:5), Colonial “é relativo ao colonialismo consiste numa política de exerçer o controle ou autoridade sobre um território ocupado e administrado por um grupo de indivíduo com poder miliitar”. Represetante do governo de um país ao qual esse território não pertencia, contra

SISTEMA SOLAR

O QUE É SISTEMA SOLAR?     Sistema solar é nome se dá ao conjunto formado pelo sol e por todos os astros que orbitam à sua volta. O sistema solar é constituído pelo sol, rodeado por oito planetas e seus   satélites   naturais, os asteróides, os cometas e a matéria interplanetária. O sol move-se como todas as outras estrelas da galáxia. Sol O sol é a estrela central do sistema planetário solar. Em torno dele sabe-se que gravitam oito planetas dos quais quatro menores (anões), 1600 asteróides, 138 satélites e um grande numero de cometas. Planetas Os planetas são astros iluminados que giram em torno do sol, descrevendo uma orbita elíptica pouco alongada. Planetas menores/ telúricos Do ponto de vista físico os planetas: Aqueles que estão entre o sol e a cintura de asteróides, nomeadamente: mercúrio, Vénus, terra e Marte. São pequenos e densos com poucos satélites e sem anéis. Planetas gigantes ou gasosos São localizados após a cintura de asteróides, nomeadamente: Júpiter