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O fluxo dos alunos no sistema de educação moçambicano

Índice

LISTA DE CONTEÚDOS

1.O fluxo dos alunos no sistema de educação moçambicano. 4

1.1.Participação dos Alunos no Ensino Primário. 4

1.2.Equidade de género e regional 5

1.3.Investimentos. 5

1.4.Desafios. 5

1.5.Retenção até à 7ª Classe. 5

1.6.Prioridades para os próximos anos. 6

2.Ensino Secundário Geral 6

2.1.Progressos. 6

2.2. Turno Nocturno. 7

2.2.Rácio alunos por turma. 7

2.3.Absorção dos jovens no sistema educativo. 8

2.4.Prioridades para os próximos anos. 8

3.Estratégias principais. 9

3.1.Expansão das oportunidades educativas. 9

3.2.O ensino Particular 10

Bibliografia. 11




1.      O fluxo dos alunos no sistema de educação moçambicano

Na óptica de BUENO (2005:1), "A inclusão escolar, especialmente, após a promulgação da Declaração de Salamanca, é hoje uma proposta política de educação hegemónica em praticamente todo mundo".

Pode-se considerar que as políticas de inclusão escolar têm se voltado para uma enorme diversidade de sujeitos, de diferentes origens étnicas e culturais, de estratos pauperizados da população, de populações situadas em regiões distantes e sem infra-estrutura adequada, bem como de crianças e jovens.

Isto é, as políticas de inclusão escolar, dada à magnitude dos problemas de acesso ou de permanência qualificada, mesmo nos níveis de ensino considerados como obrigatórios, são, de certa forma, a constatação de que o ideal democrático de educação para todos ainda está muito longe de ser alcançado.

Entretanto, a progressão escolar sem a devida aprendizagem foi evoluindo, a ponto de se constatar que a redução significativa da defasagem idade/série não redundou em ensino de qualidade, mas, ao contrário, foi criando uma massa crescente de alunos que atingem séries mais elevadas de ensino, mas cujo aprendizado não corresponde absolutamente a esse nível/série alcançados.

De acordo com SALAMANCA (1994), a evolução das políticas de inclusão escolar ainda são bastante incipientes, mesmo que se possa verificar a existência de evidências em relação à massificação no ensino caracterizado pelo aumento no acesso, a destacar o crescimento, no período, do número de escolas e matrículas de alunos na Rede Pública Escolar em Moçambique.

Em um período de nove anos foram criadas 3.071 novas escolas na rede pública, cujo total passou de 7.711 em 1999, para 10.782 escolas em 2006, assim como um crescimento enorme do alunado: quase dois milhões de alunos, ou seja, 78,8% em relação a 1999.

1.1.Participação dos Alunos no Ensino Primário

O número de alunos no Ensino Primário passou de 3,6 milhões em 2004 para 4,6 milhões em 2007 e 5,3 milhões em 2011. A taxa de escolarização das crianças entre os 6 e os 12 anos é estimada em 93% (2011) contra 88% em 2007.

Anualmente, um número crescente de alunos conclui a 7ª classe. A taxa de conclusão aumentou de 34% em 2004 para 49% em 2010.

 

1.2.Equidade de género e regional

A paridade de género melhorou de 0,83 em 2004 para 0,90 em 2011 com reduções significativas na disparidade entre as províncias e os distritos com as mais altas e mais baixas percentagens de raparigas entre 2004 e 2011.

Os dados do Inquérito ao Orçamento Familiar de 2008 (IOF) revelam que a diferença entre os mais ricos e os mais pobres evoluiu de 43% em 2003 para 23% em 2008, como resultado da política de Ensino Primário gratuito para todos.

1.3.Investimentos

Foram feitos grandes investimentos para assegurar que o aumento do número de alunos fosse acompanhado pelos recursos necessários em termos de provisão de professores, livros escolares, materiais didácticos e o apoio financeiro directo às escolas. (MINED/DIPLAC, 2004-2010).

1.4.Desafios

Embora tenha havido grandes avanços nesta área, nem todas as crianças ingressam na escola aos seis anos. A escolarização aos 6 anos, na 1ª classe, estima-se em 70%, em 2010 e 2011. A escolarização aos 7 anos, em 2011, estima-se em 97%.

Estudos indicam que uma razão importante para a não participação das crianças aos 6 anos, principalmente nas zonas rurais, tem a ver com o facto de muitos pais considerarem que as crianças ainda são pequenas para ir à escola e, por isso, adiarem o seu ingresso na escola.

Na 1ª classe, cerca 200.000 alunos (16% dos alunos) tem 9 anos ou mais. Existe uma grande diferença entre as províncias de Nampula (25%) e de Maputo (7%).

1.5.Retenção até à 7ª Classe

Embora a maior parte dos alunos entre os 6 e os 12 anos frequentem a escola primária, a sua retenção até à 7ª classe ainda é baixa, estimando-se em 41%35, num intervalo de seis anos, entre 2004 e 2010.

Segundo a UNESCO, (2009) A entrada tardia poderá contribuir para as elevadas taxas de desistência. Misturar crianças de diferentes idades na sala de aula poderá afectar negativamente o desempenho dos alunos. Além disso, o currículo e os materiais escolares para a 1ª classe são desenhados para crianças que têm 6 ou 7 anos.




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