CONCEPTUALIZAÇÃO
Segundo JÚNIOR et
all,, citado por Fischer em 1918. Variância
v Este Termo foi introduzido por Fischer em 1918;
v Trata-se de uma medida de dispersão estatística;
–Com ela é possível determinar o quanto um valor
observado se diferencia do valor esperado (Média).
Análise de variância é a técnica estatística que
permite avaliar afirmações sobre as médias de populações. A análise visa,
fundamentalmente, verificar se existe uma diferença significativa entre as
médias e se os factores exercem influência em alguma variável dependente. (MILONE,
2009, p 23).
Um dos modelos
simples de ANOVA é o que analisa os dados de um delineamento complemente
casualizado ou ANOVA a um critério de classificação (One way ANOVA). Neste modelo a variação global é subdividida em
duas fracções.
a) A primeira é a variação entre as médias dos vários
grupos, quando compara das com a média geral de todos os indivíduos do
experimentos e representa os efeitos dos diferentes tratamentos.
b) A segunda é a
variação observada entre as unidades experimentais de mesmo grupo ou
tratamento, com relação a média desse grupo.
A variação Entre
grupos experimentais ou tratamentos é estimada pela variância entre tratamento
ou simplesmente variância Entre.
A variação
dentro do mesmo tratamento é estimada pela média das variâncias de cada grupo.
E por este motivo que é chamado de variância média dentro dos grupos ou variância
dentro. (CALLEGARI-JACQUES, 2003:154).
1.
A NOVA com um critério de classificação
Segundo CALLEGARI-JACQUES, (2003:155). Para se fazer
o cálculo de variâncias Entre e Dentro é muito trabalhoso, felizmente, foram
desenvolvidas fórmulas alternativas que facilitam bastante o cálculo. As
fórmulas apresentadas a seguir são validas tanto para delineamento em que as
amostras tem tamanhos iguais quanto nos casos nos quais os tamanhos variam.
Para facilitar o manuseio dos dados, eles são
organizados em uma tabela:
N: número de amostras
K: número de subpopulações
Fontes de
variacao |
Soma de
quadrados(SQ) |
Graus de
liberdades GL |
Quadrados
das medias (SQM) |
F |
Entre populacao/grupos |
SQe |
gle=k-1 |
|
|
Dentro das
populacoa/grupos |
SQd |
Gld =n-k |
|
|
Total |
SQT |
glt=n-1 |
|
|
Fonte:Pó (31).Tabela 2:Testes de variância e Análise de Variância (ANOVA)
Exemplo: quando se deseja comparar três drogas
analgésicas para reduzir a dor pós-operatória em pacientes submetidos a mesma
intervenção cirúrgica. As drogas foram distribuídas entre os pacientes por um
processo aleatório. E os índices de dor pós-operatórios obtidos estão
apresentados na tabela 3. Abaixo:
Tabela3: índices de dor pós-operatórias (variando de
0 = nenhuma a 10 = máxima) em pacientes com drogas analgésicas.
|
A1 (i=1) |
A2 (i=2)_ |
A3 (i=3) |
Total |
Grau de dor
(x) |
1 2 |
5 7 8 |
2 0 3 |
|
|
2 4 10 |
3 20 138 |
3 5 13 |
8 29 161 |
|
2 1,41 |
6,7 1,52 |
1,7 1,53 |
|
Fonte: ( Callegari-Jacques,
2003:155).
Portanto, para se realizar ANOVA entre os resultados
finais de análise, são organizados de forma a facilitar os cálculos e conclusão
em tabelas. A tabela 4: abaixo em que ela tem as causas de variação
consideradas nos modelos, as somas de quadrados (SQ) e os graus de Liberdade
(GL) de cada estimativa da variância, quadrados médios(QM=SQ/GL).
Tabela 4: análise da variância realizada com os dados
da tabela 2.
Fontes de variação |
SQ |
GL |
QM |
|
|
Entre
tratamentos |
44,55 |
2 |
22,28 |
9,82 |
5,79 |
Dentro (Resíduos) |
11,33 |
5 |
2,27 |
|
|
Total |
55,88 |
7 |
|
|
|
Fonte: Autores
do trabalho
Para a dedução da análise de variância em estudo utilizou se formulas que deram origem a estes resultados.
Neste contexto, para se testar a significância do valor deF obtido no experimento, isto é,
verificar se o valor de
Portanto para o calculo de
Dada a sequência de resolução de ANOVA, para
a)
b)
c)
d)
Então,
e).
f). Como
Portanto conclui - se que, existem diferenças entre
as drogas, ou seja pacientes submetidos a cirurgia que receberam diferentes
analgésicos e apresentam diferentes médias de níveis de dor.
2.
As condições de uso de ANOVA
ANOVA é um procedimentoestatístico robusto e fornece
resultados confiáveis mesmo com considerável heterocedasticidade.
v As variâncias amostrais sejam semelhantes nas
diferentes amostras;
v ANOVA deve ter distribuição normal;
v Amostras aleatórias simples.(CALLEGARI-JACQUES,
2003:157).
1._______________________
1.
Http://www.portalaction.com.br (anova-teste-de-dunnett),
acesso
em 28 de Setembro de 2015.
2.
Costa,
C. Silvano, Estatística Experimental
com o uso do software R, p, 67
3.
COMPARAÇÕES MÚLTIPLAS ENTRE MÉDIAS
Quando um valor de F significativo na ANOVA não indica quais são os tratamentos
significativamente diferentes entre si, quando comparados dois a dois; ele
apenas mostra que existe ao mesmo uma diferença entre os grupos estudados. Para
se identificar as diferenças entre as medias tomando as duas a duas e
necessário usar vários teste de comparações múltiplas entre médias, sendo elas
(teste de Tukey, Student-newman-Keuls SNK, correcção de Bonferroni, teste de
Dunnett e Teste de Scheffé), os quais analisam todas as comparações
possível.(CALLEGARI-JACQUES, 2003:158).
Tukey (1953), propôs um procedimento de comparação
múltipla que também é baseado na estatística da amplitude estudentizada. Para
obter o valor da diferença mínima significativa (D.M.S.).
Para realizar o teste de Tukey ira seguir se os
moldes proposto por Zar (1999:210) que indica os seguintes passos
exemplificados de acordo o exemplo da tabela 2-3.
1)
Inicialmente,
ordenam se as medias da maior a menor, anotando o tratamento e o tamanho
amostral correspondente.
Tratamento A2 A1 A3
2) Calcula se a diferenças entre as medias maior e as
demais, começando pelo par com diferenças maior (6,7-1,7) e prosseguindo com as
demais (6,7-2,0) em ordem, faz se o mesmo com a segunda media em tamanho
(2,0-1,7) assim por diante.
Tabela 5: teste
de tukey para dados do exemplo
Comparação |
|
|
EP(Tukey) |
|
|
Conclusão |
A2 vs A3 |
6,7-1,7=5,0 |
3;3 |
0,870 |
5,747 |
4,602 |
Médias diferem |
A2 vs A1 |
6,7-2,0=4,7 |
3,2 |
0,973 |
4,830 |
4,602 |
Médias diferem |
A1 vs A3 |
2,0-1,7=0,3 |
2;3 |
0,973 |
0,308 |
4,602 |
Medias não diferem |
Fonte: Autores
do Trabalho
3)
Estima se o erro padrão (EP) de cada diferenças
entre medias, do seguinte modo:
4)
Para cada
diferença entre médias, calcula se a estatística de teste q:
5)
Deve se testar se existem diferenças
significativas entre: (6,7-1,7=5,0) e se ter não se deve testar as demais.
(6,7-2,0) Nem (2,0-1,7).
3.2.Teste
de Student-Newman-Keuls (SNK)
O teste de
Newman foi aperfeiçoado por Keuls e está sendo apresentado nos livros de
estatística, como teste de Student-Newman-Keuls (SNK).
O SNK é derivado
do teste de Tukey, sendo menos conservador (encontra mais diferenças). O teste
de Tukey controla o erro para todas as comparações, já o SNK controla apenas
para as comparações em consideração.(CALLEGARI-JACQUES, 2003:159).
O teste consiste no seguinte: suponha-se que o
experimento investigue a tratamentos. Deve-se ordenar pela ordem crescente, por
exemplo, as médias obtidas; isto é,:
A2 vs A3: 4,602 (k’ = 3, pois a amplitude 6,7-1,7
engloba as medias 6,7 ; 2,0 21,7);
A2 vs A1: 3,635 (k’=2, pois a amplitude engloba 6,7
e 2,0);
A1 vs A3: 3,635 (k’=2, pois amplitude engloba 2,0 e
1,7).
Este
procedimento consistem em corrigir o valor de
Onde:
A correcção de Benferroni é usada em muitos testes estatísticos:
no caso das comparações múltiplas realizadas após a ANOVA, o procedimento, consistem
em calcular uma diferença entre médias usando a fórmula:
Note que o denominador destafórmula é diferente do usado dos
testes de Tukey e SNK.
Dunnett (1955) foi pioneiro no conceito
de que, quando um controle está presente, as comparações de interesse
preliminar podem ser as comparações de cada novo tratamento com o controle, e Este
teste é utilizado para comparar uma média, geralmente a do grupo controle, com
as demais. Aplica se ao caso em que o pesquisador não esta interessado em
realizar todas as comparação possíveis. Mas apenas as (K-1) de cada tratamento
com o controle, aproveitando a vantagem de maior poder da análise de variância.1.
3.5. Teste de Scheffé
O método proposto por Scheffé (1959) é
também conhecido como teste de Scheffé da diferença completamente significativa
(fully significant difference (FSD))
e como teste de Scheffé da diferença globalmente significativa (globally significant difference (GSD)).
Apensar de ser um teste menos poderoso
que o de Tukey ou o SNK, pois e ainda mais conservador do que o primeiro, o
teste de scheffé éespacialmente útil no caso dos contrates múltiplos, quando se
quer comparar um grupo de tratamentos com outro, pro exemplo, A2+A3 contra A1.
Zar (1999, p.219).
Existem duas formas para apresentar os
resultados de uma comparação múltiplas entre médias.
A primeira consiste em ordenar os valores das
médias, anotar a que tratamentos se referem e sublinhar as médias que não
diferem significativamente entre si.
Segunda, colocam se letras ao lado das medias:
leituras iguais indicam médias que não diferem significativamente entre si.(CALLEGARI-JACQUES,
2003:p, 162).
As
duas formas estão ilustradas na tabela 6.
Tabela:6 duas formas de apresentar os resultados de
uma comparação múltiplas de médias dados do exemplo.
FORMA I |
|
|
|
|
FORMA II |
|
|
|
|
|
Analgésicos |
n |
Medias |
Droga (n) media |
A2 (3) 6,7 |
A1 (2) |
A3 (3) 1,7 |
A1 A2 A3 |
2 3 3 |
|
1.medias
sublinhadas não diferem significativamente Entre si pelo teste de Tukey ( |
2. Medias indicadas pela
mesma letra não difere significativamente entre si pelo teste de Tukey(
5.
ANOVA Com dois Critérios de classificação: delineamento em blocos casualizado
Experimento em blocos casualizados são
aqueles que levam em consideração os 3 princípios básicos da experimentação,
sendo que o controle local é feito na sua forma mais simples e é chamado de
blocos.
Sempre que não houver homogeneidade das
condições experimentais, deve-se utilizar o princípio do controle local,
estabelecendo, então, sub-ambientes homogéneos (blocos) e instalando, em cada
um deles, todos os tratamentos, igualmente repetidos. Como cada bloco deve
receber todos os tratamentos uma só vez, diz-se que blocos são repetições. Se
receber mais de uma vez cada tratamento, diz-se experimentos em blocos
casualizados com repetições dentro de blocos. 3.
Variação
total = variação entre tratamento + variação entre blocos + variação residual
(Drogas)
(Idade) (Entre indivíduos)
Um modelo experimental deste
tipo é denominado delineamento em blocos casualizado e a analise chama se ANOVA
a dois criterio de classificacao(Two way ANOVA). É importante ressaltar que o critetio de
aleatorizacao, que faz parte de todos planejamento experimental bem feito.
Tambem dever ser observado aqui: embora os pacientes tenham sido reunidos em
grupos homogeneos quanto a ideade, os tratamentos foram atribuidos ao acaso
entre as pessoas pertencentes ao mesmo bloco e todos os tratmentos foram
estudando em cada bloco.
Uma
consequência do delineamento em blocos é que se pode agora estimar a variação
devida a idade, que pode ser subtraída da variação residual. Assim o valor
numérico do QM Resíduo Diminuirá,
restando apenas uma variação aleatória entre as pessoas, a qual não pode ser
atribuída nem a droga nem a idade, que já foram levadas em consideração.
Para
tal iremos apresentar os resultados obtidos em 12 pacientes, reunidos em n=4
faixas etárias, que receberam um de K=3 diferentes analgésicos (A1 - A3).(CALLEGARI-JACQUES,
2003:p, 163).
Tabela 7: Comparação entre três Analgésicos (A) na
redução de dor pós-operatório, controlando por classes de idades dos pacientes
(Dados fictícios)
Analgésicos |
A1 (i=1) |
A2 (i=2) |
A3 (i=3) |
Total
( |
Classe de idade (j=1) I (j=2)II (j=3) III (j=4) IV |
0 1 2 3 |
5 5 7 8 |
1 0 3 3 |
6 6 12 14 |
Total ( |
6 14 1,5 |
25 163 6,25 |
7 19 1,75 |
38 196 |
K=3 Tratamentos (Drogas) n= 4 blocos (faixa etária)
As
formulas abaixo indicam o modo de obter os elementos necessários para realizar
a ANOVA a dois critério de classificação, cujo resultado esta indicando na
Tabela 6.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Depois
faz se a comparação entre tratamentos (drogas) por meio da seguinte fórmula:
Tabela 8: ANOVA para comparar três analgésicos (tratamentos) em
um delineamento em blocos casualizados (os blocos são as faixas etárias).
Fontes de variação |
SQ |
GL |
QM |
|
|
Conclusão |
Entre
tratamentos (drogas) |
57,17 |
2 |
28,59 |
114,36 |
5,14 |
Drogas diferem |
Entre blocos
(faixa etária) Dentro
(Resíduos) |
17,00 1,50 |
3 6 |
5,67 0,25 |
22,68 |
4,76 |
Blocos diferem |
Total |
75,67 |
11 |
|
|
|
|
Fonte: Autores do Grupo
Os
graus de liberdade para este teste são: GL numerador =GL Entre e GL denominador
= GL Resíduo, que pode ser obtido diferentes na tabela 7 de a análise de
variância.
De acordo o exemplo, os graus de
liberdade são 2 e 6, respectivamente,
Quando se pretende
calcular as variação entre blocos pode se testar em particular o F, Calculado
do seguinte modo:
Em que o GL Numerador = GL Blocos(3) e GL
denominador=GL Resíduo (=6).
Assim na tabela 6:vê se que o
Conclui-se que, independentemente do analgésico utilizado,
existe diferenças significativa entre classes de idade quanto ao nível de dor
pós-operatórios.
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