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HIGIENE E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS-PESCA

1.      Pescado

1.1.Fundamentação

De acordo com o Regulamento da Inspecção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura (RIISPOA) em seu Artigo 439, o pescado, em natureza, pode ser:

1) Fresco

2) Resfriado

3) Congelado

§ 1º: Entende-se por "fresco" o pescado dado ao consumo sem ter sofrido qualquer processo de conservação, a não ser a acção do gelo.

§ 2º: Entende-se por "resfriado" o pescado devidamente acondicionado em gelo e mantido em temperaturas entre -0,5ºC e -2ºC (menos meio grau centígrado e menos dois graus centígrados).

§ 3º: Entende-se por "congelado" o pescado tratado por processos adequados de congelação, em temperatura não superior a -25ºC (menos vinte e cinco graus centígrados).

O peixe é encontrado em todas as águas (doce e marinha), destacando-se entre os marinhos: namorado, robalo, atum, linguado, garoupa, corvina, tainha, badejo, pargo, pescada, sardinha, bacalhau, bonito, cavala, peixe-cascudo, etc., e dentre os de água doce: pintado, dourado, curimbatá, pacu, cascudo, tambaqui, tucunaré, bagre, lambari, traíra, etc (YSAO, 2001 citado por PEREIRA & FONSECA, 2011 pág.: 22).

1.2.Pescado como alimento

1.2.1.      Valor Nutricional

SANTOS, (2006) citado por SOARES & GONÇALVES, (2012), sob o ponto de vista nutricional, o pescado possui características específicas que o fazem um alimento benéfico. Entre estas características sobressaem as seguintes:


v  Rico em proteínas de alta qualidade e de rápida digestibilidade;

v  Rico em lisina e aminoácidos essenciais;

v  É uma importante fonte de vitaminas A e D, caso suas gorduras forem ingeridas. Também contem tiamina e riboflavina (Vitaminas B1 e B2). É fonte de ferro, fósforo e cálcio. O pescado marinho é fonte de iodo.

v  O pescado também contribui com ácidos graxos necessários ao desenvolvimento do cérebro e do corpo. O peixe gordo é rico em ácidos graxos polinsaturados, especialmente ômega-3.

Em uma dieta saudável recomenda-se incluir a maior quantidade de peixe possível, e destes, é essencial que se coma um peixe oleoso ao menos uma vez por semana. Os peixes oleosos mais conhecidos são o salmão, a truta, o arenque, a sardinha e o atum, sendo que alguns destes podem ser encontrados tanto frescos como defumados. Estes apresentam um alto valor proteico e um baixo teor de gorduras saturadas e um alto teor de gorduras não-saturadas, principalmente Ómega 3, também são ricos em vitamina B, essencial para que os tecidos e o sistema nervoso se mantenham em condições saudáveis; e ainda vitaminas A e D, assim como cálcio, zinco e magnésio (MARTIN, 2006).

Em nutrição humana, o peixe constitui fonte de proteínas de alto valor biológico, tão importante quanto a carne bovina. Devido a quantidade mínima de tecido conjuntivo, os peixes são de alta digestibilidade, a qual apresenta relação inversa com o teor de gordura, ou seja, os peixes considerados como magros são os mais digestíveis. Por outro lado, contêm quantidade significativa de fósforo, 250mg/100g de tecido, e de iodo (peixes do mar); pouco cálcio e ferro. Nos peixes com alto teor de gordura acima de 15% são encontrados níveis elevados de vitaminas A e D na musculatura (carne), nos demais, a concentração é sempre elevada no fígado (GERMANO, 2008).

O pescado é um importante constituinte da dieta humana, já que é fonte de diversos componentes, com significativo valor nutricional, como proteína de alta qualidade, vitaminas, minerais e lipídios, além de ser a maior reserva de ácidos graxos poliinsaturados, especialmente o eicosapentaenóico – EPA (C20:5) – e o docosahexaenóico – DHA (C22:6), da série ômega-3 –, aos quais são atribuídos numerosos benefícios ao organismo humano (STEVANATO etal., 2007 citado por FIGUEIREDOetal., 2012).

Estudos evidenciam que estas características nutricionais contribuem para a prevenção de várias doenças crónicas como o caso do acidente vascular cerebral (AVC). O ómega 3, consumido de forma adequada, contribui para a redução do risco de doenças coronárias. O pescado também poderá ser importante na prevenção de outras doenças crónicas como a depressão e a doença de Alzheimer.

Para as crianças, estudos observacionais e ensaios clínicos têm demonstrado que os ácidos gordos ómega 3 presentes no pescado são importantes para o óptimo desenvolvimento do cérebro e sistema nervosos do bebé.

1.1.3        Características específicas do pescado

A maioria dos peixes tem estrutura corporal simétrica, que pode ser dividida em cabeça, corpo e cauda. A superfície do corpo é recoberta de pele e nela, na maior parte das espécies de pescado, assentam-se as escamas. O músculo do peixe é funcionalmente muito parecido com os dos mamíferos, mas há diferença importante quanto ao comprimento das fibras musculares (mais curta nos peixes) e à inserção das fibras no miocomata.

1.1.4.      Estrutura muscular do pescado

Segundo Peredaetal., (2005) citado por Argenta (2012), o tecido muscular do peixe é composto de músculos estriado cuja unidade é a fibra muscular, constituída de sacro plasma com núcleos, grãos de glicogénio, mitocôndrias, etc., e um grande número demio fibrilas.

Quanto a coloração do músculo dos pescados existem dois tipos de tecidos musculares que são: o branco ou claro e o vermelho ou escuro. Geralmente o tecido muscular do peixe é claro, mas, em muitas espécies, a porção de músculos escuro é significativa, e a porção entre músculo claro e músculo escuro varia de acordo com a actividade do peixe. O mesmo autor defende que, para Hibiyaetal., (1982), existem muitas diferenças na composição química dos dois tipos de músculos, destacando-se o maior conteúdo de gordura, mioglobina e glicogénio no músculo escuro.

1.1.5.      Composição química do pescado

A porção comestível do pescado (carne do pescado), que é a mais importante para o consumo humano, constitui-se principalmente de tecido muscular, conectivo e gordura. A composição química da carne do pescado depende de muitas variáveis, entre as quais se destacam: a espécie, a idade, estado fisiológico, época e região de captura (PEREDA etal. 2005). Para Argenta (2012) o peixe de mais idade geralmente é mais rico em gordura e, portanto, contem menor proporção de água.

ARGENTA (2012) diz que segundo BRESSAN (2001), não é necessário os valores da composição química para as principais espécies comerciais de pescado devido às variações sazonais, mas a título de orientação representa-se a composição média percentual na tabela a seguir:

Tabela 2. Composição química (em %) do pescado gordo, semi-magro e magro.

Composto

Gordo

Semi-magro

Magro

Água

68,6

77,2

81,8

Proteína

20

19

16,4

Lípidos

10

2,5

0,5

Carbohidratos

0

0

0

Fonte: Bressan (2001)

1.2.      Inspenção e Tecnologia dosPeixes e moluscos

1.2.1.      A pesca de um ponto de vista Legal

Existe um tamanho de captura mínimo estabelecido por lei, sendo que qualquer peixe que não corresponda ao comprimento pré-estabelecido, entre a parte superior da boca à extremidade da barbatana caudal, não poderá ser vendido legalmente. Isto justifica-se pela necessidade de equilíbrio da cadeia alimentar, isto é, se o peixe for pequeno de mais e ainda não tiver atingido a sua maturidade não se terá reproduzido. A pesca de peixes com tamanho inferior ao pré-estabelecido é considerada sobre-exploração dos recursos marinhos (LUTZ etal., 2012).

1.2.2.      Métodos de captura do Pescado

Conforme TANCREDI (2005) citado por BASTOSetal. (2006), a passagem de contaminação para o pescado é bastante comum por meio da poluição das águas. O pescado pode ser veiculador de uma gama enorme de microrganismos patogénicos para o homem, sendo grande parte deles, fruto da contaminação ambiental. O lançamento dos esgotos nas águas de reservatórios, lagos, rios e no mar é a causa poluidora mais comum registada no mundo inteiro. Na pesca marítima, a captura em águas costeiras oferece maiores riscos do que a realizada em alto mar, isso porque, na costa, é onde ocorre a eliminação de dejectos sem tratamento adequado, vazamento de petróleo, insecticidas, mercúrio, selénio etc. os métodos de captura, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala (IDPPE, 2010), são classificados de acordo com a arte de pesca que podem ser, Pesca por:

v  Arrasto para praia;

v  Linha de mão;

v  Emalhe de superfície;

v  Rede de cerco;

v  Gaiolas;

v  Caca submarina (Arpão);

1.3.      Inspecção dos Peixes e Moluscos

Segundo Silva Júnior (2002) citado por Figueiredo (2012) entre as principais fontes de contaminação estão o homem, os animais, os ambientes, os insectos e os pescados.

Para Vieira (2004), o pescado mantido em condições inócuas e com temperatura adequada não se deteriora por semanas em estocagem. O pescado pode sofrer contaminações não só pelas águas, mas também pelos pescadores, pela maneira como são arrumados em recipientes e locais inapropriados, pelas falhas no processo de resfriamento, congelamento e descongelamento e pela estocagem para venda a retalho (EVANGELISTA, 2005 citado por FIGUEIREDOetai., 2012).

1.3.1.      Controlo de qualidade

Os pescados por serem altamente perecíveis, exigem cuidados especiais na manipulação, armazenamento, conservação, transporte e comercialização. A qualidade do produto final dependerá de como a matéria- prima chegará ao estabelecimento e das condições que se deverá ter antes de se iniciar o processamento (RODRIGUES etal.,2004).

Portanto a qualidade do peixe fresco pode ser influenciada por equipamentos e utensílios não higienizados, superfícies contaminadas, que podem propiciar um ambiente não estéril e húmido, onde a água se acumula em cavidades e outros lugares, permitindo que grandes populações de microrganismos se desenvolvam e sejam transferidos directa ou indirectamente ao pescado (DAMS etal., 1996).Incluem algumas formas de inspeccionar os pescados as seguintes:

a)      Análises sensoriais

A acção de enzimas proteolíticas e a actividade bacteriana promovem o processo de alteração do pescado durante sua estocagem. Em meio aos géneros bacterianos que fazem parte da microbiota natural dos pescados, pode-se citar alguns como,Pseudomonas, Vibrio, Micrococcus, Bacilos, serem os principais culpados pelas alterações sensoriais do pescado e pela formação de odores pronunciados.As espécies mais importantes no processo de alteração são P. fluorescens, P.fragi, e S. putrefaciens(TANCREDI, 2005 citado por FIGUEIREDOetal., 2012). Segundo SANTOSetal.(2008), a inspecção de peixes deve se fazer necessário a apresentar-se com toda frescura e estar isento de qualquer inadequação ao consumo – a tabela a seguir descreve algumas condições que um peixe pode apresentar (deteriorado e não deteriorado):

 

 

 

 

 

 

 

Tabela 1. Alguns Parâmetros de inspecção de pescados visando a qualidade de pescados frescos e deteriorados

Peixe fresco

Peixe deteriorado

Pele brilhante e húmida, totalmente viva, sem lacerações.

Pele paliada e sem brilho.

Muco ausente, quando característico da espécie, deve ser aquoso.

Muco presente e com espessura aumentada.

Escamas unidas entre si, fortemente aderidas a pele, translúcidas e com brilho

Escamas soltam-se facilmente, são opacas e sem brilho

Carne firme, elástica e aderida aos ossos

Carne leitosa, amarelada e com ma aderência aos ossos

Opérculo (membrana que reveste guelras) rígido, deve oferecer resistência a sua abertura

Opérculo não oferece resistência a abertura

Órgãos internos bem definidos, odor suave

Órgãos internos manchados, odor acido

Odor suave ou ausente

Odor intenso, desagradável, característico da alteração

Olhos salientes, transparentes e brilhantes

Olhos fundos, opacos e sem brilho

Fonte: Figueiredo etal., 2012.

b)      Conservação por frio

Os peixes deverão ser acondicionados sob refrigeração a bordo o mais rápido possível, sendo aplicadas, também, as boas práticas de higiene (higienização das mãos, utensílios etc.) para uma operação mais segura (SENAI, 2000). O processo de refrigeração (temperaturas entre -1ºC e 10ºC) não apresenta acção esterilizante, apenas retarda as actividades microbianas já existentes e impede o surgimento de novos agentes deteriorantes (CORDEIRO, etal., 2007).

c)      Congelamento

No congelamento utilizamos temperaturas mais baixas do que na refrigeração, e, por isso, inibimos o crescimento microbiano e retardamos praticamente todo o processo metabólico (GAVA, 1998). O pescado conservado sob condições estéreis e a temperaturas de congelamento não se deteriora durante várias semanas de armazenagem (VIEIRA, 2003).

É usual a utilização de gelo picado misturado intimamente com o produto da pesca. É ideal que este alcance temperatura de 0ºC, até sua comercialização ou se adoptem outras medidas destinadas a preservá-lo. Uma delas é a eliminação da cabeça, cauda, barbatanas e a extracção das vísceras para efectuar um congelamento a -20 ºC, forma em que pode ser comercializado. Isto exige uma cadeia de frio que permita ampla distribuição entre o mercado consumidor, fato que nem sempre é possível (SALINAS, 2002).

A vida útil do pescado é determinada pelas reacções enzimáticas e pelo número de espécies de microrganismos presentes, factores estes dependentes de sua microbiota natural e pelo modo de manuseio desde sua captura até a armazenagem, ou seja, os factores relacionados com as boas práticas de manipulação ou fabricação. Outro factor determinante da vida de prateleira ou vida útil do pescado é a temperatura de armazenagem (NEIVA, 2008).

No entanto, os inspectores precisam ter que verificar o que é regido do Ministério da Agricultura e Pecuária do pais sobre os parâmetros que definem padrões técnicos de identidade e qualidade do pescado fresco, para avaliar as condições de armazenamento no gelo. As quais determinam que, no acondicionamento do pescado, deverá empregar-se quantidade de gelo finamente triturado, suficiente para assegurar temperatura próxima ao ponto de fusão do gelo na parte mais interna do músculo.

d)      Higiene na área de comercialização e condições de estocagem

Em relação às condições de higiene deve ser observado,se:

v  os manipuladores apresentam ferimentos ou sintomas de enfermidades que podem comprometer a qualidade higiénico-sanitária dos pescados;

v  os manipuladores têm higiene pessoal, apresentando-se com uniformes compatíveis à actividade, conservados e limpos;

v  os manipuladores lavavam as mãos ao chegar ao trabalho, antes e depois de manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, depois de tocar materiais contaminados, após usar os sanitários;

v  no local havia cartazes afixados orientando os manipuladores sobre a correta lavagem e anti-sepsia das mãos e demais hábitos de higiene; se os manipuladores não fumavam,falavam desnecessariamente, cantavam, assobiavam, espirravam, cuspiam, tossiam,comiam, manipulavam dinheiro ou praticavam outros actos que pudessem contaminar o pescado;

v  durante o desempenho das actividades, se os manipuladores usavam cabelos presose protegidos por redes, toucas ou outro acessório apropriado para esse fim, não poderiampossuir barba, as unhas deveriam estar curtas e sem pintura e deveriam estar sem objectos deadorno pessoal e maquiagem.

e)      Nas áreas de exposição

Deve-se observar:

v  os pescados estão sendo mantidos em apropriadas condições higiénico-sanitárias e se os equipamentos necessários à exposição ou distribuição dos mesmos estão sob temperaturas controladas, em adequado estado de higiene, conservação e funcionamento;

v  Se o equipamento de exposição do alimento dispõe de barreiras de protecção que previnem a contaminação do mesmo em decorrênciada proximidade ou da acção do consumidor e de outras fontes.

1.3.2.      Conservas

Para ser considerado conserva, o produto deve ser elaborado a partir de matéria-prima fresca ou congelada, acrescida ou não de líquido de cobertura, acondicionada em recipiente hermeticamente fechado o qual sofrerá tratamento térmico, quando se realiza a esterilização do produto (BRASIL, 2012 citado por ARGENTA, 2012).O processo de fechamento hermético do recipiente evita toda e qualquer nova contaminação do produto, tornando-o passível de consumo por um longo período de tempo, sendo a grande maior preocupação o processo térmico, pois o calor aplicado deve ser suficiente para efectuar a esterilização sem alterar características organolépticas, evitando um cozimento excessivo do produto (MACHADO 1984 citado por ARGENTA, 2012).

 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.      ARGENTA, F. Fernando; Tecnologia de Pescado: Características e Processamento da Matéria-prima. Porto Alegre. 2012.

2.      DANIEL, M. Tapia; Tecnologia de Produtos de Origem Animal; Brasil 2007.

3.      FIGUEIREDO, A. Ferreira; RIBEIRO, P. Roberto; FRAGIORGE, E. José; TOMÉ, P. H. Ferreira; Inspecção da Qualidade de Pescados Comercializados no Município de Uberlândia. Brasil, 2012.

4.      LUTZ, R. Adolfo; Soares K. M. Pereira, Gonçalves A. Augusto; Qualidade e segurança do pescado. São Paulo, 2012.

5.      PEDROSA, L. F. Campos; COZZOLINO, Sílvia M. Franciscato; Composição Centesimal e de Minerais de Mariscos Crus e Cozidos da Cidade de Natal/Rn1 Campinas; 2001, pág. 156.

6.      SOARES, K. M. de Paiva; GONÇALVES, A. Augusto; Qualidade e segurança do pescado. Brasil, 2012.


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